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Crônicas sobre Amor

Amor nunca é demais e para isso separamos as melhores crônicas sobre amor para você se emocionar e compartilhar!

Escolhas Chico Garcia

A vida é feita de escolhas. O amor também. Podemos escolher entre a felicidade plena e linear, ou a vulnerabilidade da paixão. Mesmo quando temos a chance de optar pela serenidade de um sentimento maduro, concreto e estável, há quem prefira aquela dúvida de um olhar correspondido. Não tem jeito, algumas pessoas não se adaptam ao outono de uma relação duradoura. Preferem o fogo no vão da incerteza, o desafio constante da autoestima.

Não é fácil escolher entre o calor que incendeia e o morno que aquece. É uma armadilha do destino, que instiga as nossas vontades urgentes. Uma paixão que desatina nos faz refletir sobre tudo que nos envolve. Somos tomados por um desejo de eternidade daquela sensação flutuante de êxtase. O problema é que a paixão nunca será eterna. O fogo que queima a pele é inebriante, porém efêmero, como todo ápice da vida. Nem sempre temos a maturidade necessária para entender isso.

A adrenalina do caos emociona. Mais do que isso: ensina. Estar envolvido num turbilhão de sentimentos, dúvidas e sorrisos, permite uma visão além do corpo. Lidarmos com a tempestade nos prepara para as adversidades do tempo. Enfrentar obstáculos é mais do que edificante. É recompensador.

Muitas vezes fazemos escolhas erradas. Escolher é também renunciar, abdicar algo que não consideramos o ideal para aquele momento. A resposta se acertamos ou não pode vir muito tempo depois, mas o segredo é sempre tomar uma decisão com o coração, jamais com a cabeça. Se a razão lhe cobrar depois, responda que a sua consciência emocional está tranquila. O que não podemos fazer é insistirmos numa escolha equivocada. Não existem decisões definitivas.

Nenhuma escolha é fácil, especialmente na vida amorosa. Aquele cara que mexe comigo como ninguém, ou aquela pessoa que me completa e me entende? Uma vida suspeitando daquela mulher que não sei se posso confiar, ou aquele homem bem sucedido, gentil e que me faz rir?

Nossa felicidade depende das nossas escolhas. Quero ser feliz agora ou pra sempre?

Você escolhe!


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Amor Platônico Chico Garcia

Amor platônico é juvenil, não importa a idade. É uma vulnerabilidade constante, insegurança para qualquer passo em direção à pessoa desejada. É uma certeza de que tudo pode e vai dar errado no momento em que tentarmos quebrar essa fria distância entre os corpos. Amor platônico é amor só no nome. Sentimento indecifrável, mais parecido com encantamento e ilusão. Ocorre pela vontade de se apaixonar. É a idealização da paixão num biotipo específico, a necessidade de projetar em alguém o desejo por ser feliz. Amor platônico sonha ser correspondido e então desperta para uma realidade distante.

Ele não me olha. Ela nem sabe meu nome. Sofremos com isso na escola, na adolescência, com o vizinho gato, com a prima impossível, mais velha e atraente. Mal conhecemos e já amamos. Amor na forma de falar, um amor totalmente condicional, que sobrevive apenas na fantasia da realidade.

Platônico de Platão, que idealizava um amor sem cunho sexual. Da história, dos livros e da poesia para os dias de hoje. Um amor amador, que ainda tenta amadurecer, mas que vive uma efêmera eternidade. Sem sexo. Sem nexo. Ama-se pelo olhar, pelo jeito de passar a mão no cabelo, pelo barulho do salto alto no corredor. Ama-se pela calça jeans desbotada, pelo boné virado pra trás, pelo perfume que ficou na pele durante um abraço inesquecível quando fomos apresentados. Ama-se pela forma e não pelo conteúdo. Não conhecemos a história, tampouco os defeitos, porém amamos as qualidades que inventamos para aquela pessoa.

Um amor platônico será sempre platônico. Inalcançável. E é isso que o torna poético. A ilusão não conhece a dor. Enquanto sonharmos que podemos estar com aquela pessoa, existirá uma rasa felicidade - muito melhor do que uma profunda tristeza.

Amor platônico é a certeza da dúvida. Descobrimos ali o quanto podemos nos entregar. É a nossa iniciação emocional. Amor platônico parece frio, mas não é. Aquece a nossa alma infante, revela como um sentimento pode ser tão puro e como podemos nos descobrir sempre um pouco mais.

Amor platônico faz parte da vida. Ensina e alimenta o sonho de um dia sermos felizes no amor. Amor platônico faz a gente ter esperança, faz a gente amar antes mesmo do amor acontecer.


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Sentir-se amado Martha Medeiros

Sentir-se amado

O cara diz que te ama, então tá. Ele te ama.

Sua mulher diz que te ama, então assunto encerrado.

Você sabe que é amado porque lhe disseram isso, as três palavrinhas mágicas. Mas saber-se amado é uma coisa, sentir-se amado é outra, uma diferença de milhas, um espaço enorme para a angústia instalar-se.

A demonstração de amor requer mais do que beijos, sexo e verbalização, apesar de não sonharmos com outra coisa: se o cara beija, transa e diz que me ama, tenha a santa paciência, vou querer que ele faça pacto de sangue também?

Pactos. Acho que é isso. Não de sangue nem de nada que se possa ver e tocar. É um pacto silencioso que tem a força de manter as coisas enraizadas, um pacto de eternidade, mesmo que o destino um dia venha a dividir o caminho dos dois.

Sentir-se amado é sentir que a pessoa tem interesse real na sua vida, que zela pela sua felicidade, que se preocupa quando as coisas não estão dando certo, que sugere caminhos para melhorar, que coloca-se a postos para ouvir suas dúvidas e que dá uma sacudida em você, caso você esteja delirando. "Não seja tão severa consigo mesma, relaxe um pouco. Vou te trazer um cálice de vinho".

Sentir-se amado é ver que ela lembra de coisas que você contou dois anos atrás, é vê-la tentar reconciliar você com seu pai, é ver como ela fica triste quando você está triste e como sorri com delicadeza quando diz que você está fazendo uma tempestade em copo d´água. "Lembra que quando eu passei por isso você disse que eu estava dramatizando? Então, chegou sua vez de simplificar as coisas. Vem aqui, tira este sapato."

Sentem-se amados aqueles que perdoam um ao outro e que não transformam a mágoa em munição na hora da discussão. Sente-se amado aquele que se sente aceito, que se sente bem-vindo, que se sente inteiro. Sente-se amado aquele que tem sua solidão respeitada, aquele que sabe que não existe assunto proibido, que tudo pode ser dito e compreendido. Sente-se amado quem se sente seguro para ser exatamente como é, sem inventar um personagem para a relação, pois personagem nenhum se sustenta muito tempo. Sente-se amado quem não ofega, mas suspira; quem não levanta a voz, mas fala; quem não concorda, mas escuta.

Agora sente-se e escute: eu te amo não diz tudo.


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A Impontualidade do Amor Martha Medeiros

Você está sozinho. Você e a torcida do Flamengo. Em frente a tevê, devora dois pacotes de Doritos enquanto espera o telefone tocar. Bem que podia ser hoje, bem que podia ser agora, um amor novinho em folha.

Trimmm! É sua mãe, quem mais poderia ser? Amor nenhum faz chamadas por telepatia. Amor não atende com hora marcada. Ele pode chegar antes do esperado e encontrar você numa fase galinha, sem disposição para relacionamentos sérios. Ele passa batido e você nem aí. Ou pode chegar tarde demais e encontrar você desiludido da vida, desconfiado, cheio de olheiras. O amor dá meia-volta, volver. Por que o amor nunca chega na hora certa?

Agora, por exemplo, que você está de banho tomado e camisa jeans. Agora que você está empregado, lavou o carro e está com grana para um cinema. Agora que você pintou o apartamento, ganhou um porta-retrato e começou a gostar de jazz. Agora que você está com o coração às moscas e morrendo de frio.

O amor aparece quando menos se espera e de onde menos se imagina. Você passa uma festa inteira hipnotizado por alguém que nem lhe enxerga, e mal repara em outro alguém que só tem olhos pra você. Ou então fica arrasado porque não foi pra praia no final de semana. Toda a sua turma está lá, azarando-se uns aos outros. Sentindo-se um ET perdido na cidade grande, você busca refúgio numa locadora de vídeo, sem prever que ali mesmo, na locadora, irá encontrar a pessoa que dará sentido a sua vida. O amor é que nem tesourinha de unhas, nunca está onde a gente pensa.

O jeito é direcionar o radar para norte, sul, leste e oeste. Seu amor pode estar no corredor de um supermercado, pode estar impaciente na fila de um banco, pode estar pechinchando numa livraria, pode estar cantarolando sozinho dentro de um carro. Pode estar aqui mesmo, no computador, dando o maior mole. O amor está em todos os lugares, você que não procura direito.

A primeira lição está dada: o amor é onipresente. Agora a segunda: mas é imprevisível. Jamais espere ouvir "eu te amo" num jantar à luz de velas, no dia dos namorados. Ou receber flores logo após a primeira transa. O amor odeia clichês. Você vai ouvir "eu te amo" numa terça-feira, às quatro da tarde, depois de uma discussão, e as flores vão chegar no dia que você tirar carteira de motorista, depois de aprovado no teste de baliza. Idealizar é sofrer. Amar é surpreender.


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Estranho Amor

Tão estranho a forma de amar,
amamos e sentimentos ciúmes,
ciúmes bobo, muitas vezes inconveniente.
Amamos e sentimos medo,
um medo de um dia estar só, de que a pessoa amada siga em viagem sem lhe presentear com uma passagem para o mesmo lugar.
Amamos e sentimos raiva,
raiva de não sermos entendidos, como se a pessoa amada tivesse a obrigação de ter o dom da premonição, e pudesse nos compreender pelo menos naquele momento que mais estamos chateados.
Amamos e sentimos muitas vezes rejeição,
pelo simples fato de não ser notado o novo corte de cabelo, a nova roupa, a nova investida.
Amamos e nos tornamos loucos,
loucos pela felicidade a dois, um mundo colorido feito para apaixonados.
Loucos pela vida, como se o hoje fosse um dos dias dos milhões que ainda viveremos.
Tão estranho a forma de amar,
Somos muitos em um só, muitos sentimentos, muitos desejos, muitos planos...
Não quero dominar o amor, quero que o amor nos domine.
Pois amor que é AMOR, é tudo... é certeza, é companhia, é amizade, é paixão, é criança, é eterno.
Tão estranho esta forma de amar,
que me perco até nos versos mais simples de um poema,
pois tem tantas formas de se escrever sobre o amor, algumas simples outras complexas,
mas todas com o mesmo sentido,
que o amor tudo supera.


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Crônica do Amor Arnaldo Jabor

Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta.

O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar.

Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais.

Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca.

Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.

Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco.

Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina Natal e ela detesta o Ano Novo, nem no ódio vocês combinam. Então?

Então, que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome.

Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha. Ele não tem a menor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não consegue despachá-lo.

Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama este cara?

Não pergunte pra mim; você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor.

É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura por computador e seu fettucine ao pesto é imbatível.

Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desse, criatura, por que está sem um amor?

Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados.

Não funciona assim.

Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível.

Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó!

Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é! Pense nisso. Pedir é a maneira mais eficaz de merecer. É a contingência maior de quem precisa.


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