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Frases de Liliane Prata

Formada em jornalismo e ex-colunista da revista Capricho, Liliane Prata vem se destacando depois dos lançamentos de três livros infanto-juvenis e dois adultos. Mais livros já estão agendados para lançamento e seus fãs aguardam com ansiosidade!

20/10/1980
O que fazer Liliane Prata

Às vezes a gente sabe exatamente o que não fazer, não é que a gente desconfie, a gente sabe, e mesmo assim faz – e no fogo dessas clareiras invisíveis, jogamos, satisfeitos, mais um telefonema indevido, mais um erro prazeroso, mais palavras de uma boca já arrependida.


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Dez mil anos Liliane Prata

O velhinho era o da música de Raul. O velhinho tinha nascido dez mil anos atrás. Diferentemente da música, porém, ele tinha uma certidão de nascimento, num pergaminho de bezerro dado como legítimo por arqueólogos ligados a uma importante universidade: aquela tinta tinha pelo menos dez mil anos de idade, aquele pergaminho tinha pelo menos dez mil anos de idade, sim, aquele velhinho havia nascido dez mil anos atrás.


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Amor Liliane Prata

Absorvam isso de verdade. O que quero dizer é que, no fundo, todos querem ser amados. A criança que pede para a mãe olhar sua cambalhota quer ser amada. A menina que posta fotos no Instagram quer ser amada. A criança que bate na outra está ansiosa para ser amada. Práticas sexuais estranhas: a pessoa que precisa fazer fezes na outra para sentir prazer, não façam cara de nojo, prestem atenção, ela quer desesperadamente ser amada, ela quer ser aceita em todas as suas partes, quer ser abraçada em toda a sua sujeira. O michê que sai com cinco sujeitos por noite quer ser amado. O estuprador precisa desesperadamente ser aceito, ser respeitado, mostrar sua força, porque quer ser amado. O menino quer fazer o gol para ser admirado. O sujeito que comprou uma Ferrari e paga uma garrafa de Champanhe importado para a mesa também. A mulher de vestido curto. A mulher que quer chamar atenção pela inteligência. O erudito que fala coisas eruditas. O cara que faz piada o tempo todo. O aluno que quer ser o melhor da classe. O aluno que faz pouco do menino de óculos. O menino de óculos. O hipocondríaco que vai para o hospital para chamar a atenção, para ser amado. O filósofo que chama atenção pelas suas ideias interessantes. O outro filósofo que chama a atenção por sua agressividade. Ser amado. Ter valor aos olhos do outro: todos nós queremos ser valorizados. Eu. Você. Todos nós desejamos profundamente ser acolhidos pelo outro, ser admirados, respeitados, ouvidos. Percebidos. Precisamos disso. Todos nós somos assim, desde crianças. Uns mais, uns menos: todos nós passamos a vida carregando conosco essa necessidade inata de ser amado. De querer que as mães olhem nossas cambalhotas. Todos nós queremos importar para os outros. Precisamos sentir que importamos. Todos nós. Por isso, se querem dar alguma coisa material para outra pessoa, deem, mas deem antes isto: amor. Deem ouvidos. Deem interesse. Voz. Olhar. Cuidem assim das suas crianças: elas precisam se sentir amadas, assim como você precisa. A criança que cresce sem amor vai precisar de mais amor do que todos nós já precisamos, e o amor de que todos nós precisamos já é muito. Se vocês querem pessoas mais ou menos equilibradas e uma sociedade um pouco menos caótica, então verifiquem a distribuição de algo tão fundamental como saneamento básico: amor.


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Decisão Liliane Prata

Acho que, quando a gente admite que uma decisão não é complicada coisa nenhuma, tudo simplifica para o nosso lado. Objetivando nosso raciocínio, em vez de falar “ai, é tudo supercomplicado”, fica mais fácil tomar uma decisão, por mais difícil que ela seja.


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Morrer ou recomeçar Liliane Prata

E o pior é que a gente nem sabe direito o que é isso, morrer. A gente só sabe que vai. Mas o que é? Está mais para Paulo Coelho ou Richard Dawkins? Para onde vamos, o que acontece, ganhamos asas, viramos pó? Muito se especula, nada se sabe, a não ser que não importa se temos dentista marcado, casa de praia alugada ou reunião na terça: um dia, vamos morrer. Acabou para sempre. Ou recomeçou: vai saber.


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Morte Liliane Prata

“Um dia vamos morrer”, sempre tem alguém disposto a nos lembrar. A deixa varia, o tom também – “Um dia vamos morrer” funciona tanto num tom mais dramático como num mais formal, meramente informativo, como o do atendente que apenas narra o próximo passo – aqui está seu tíquete, vou transferir sua ligação, um dia vamos morrer.


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Brasil Liliane Prata

Só reclamar não muda nada. Só ter uma postura pessimista não muda nada. Mas, na boa, penso que uma população tão reclamona e até meio sombria estava LONGE de estar tirando um cochilo. O brasileiro não estava dormindo, estava engolindo: qualquer brasileiro do saco sabe disso. Não é que não se interessava por política: é que se sentia, e se sente, impotente. Brasileiro sabe o que é isso, está lá no saco: sensação forte de impotência, gosto enorme de injustiça.


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Intensamente Liliane Prata

Transformar cada refeição numa oportunidade. E cada olhar num encontro inesquecível? E cada dia num recomeço? Imagine: cada passo, um desejo. Em cada esquina, uma surpresa. Em cada abraço, uma avalanche de sentimentos.


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Egoísmo Liliane Prata

Você pode procurar a melhor pessoa fazendo a melhor coisa, que não vai adiantar – ela entra no balaio de egoísmo desses sujeitos. Deu esmola para o mendigo? Egoísmo. Mudou o caminho para dar carona para o colega de trabalho? Egoísmo. Acorda cedo todo sábado para fazer trabalho voluntário? O cúmulo do egoísmo. Para o pessoal que pensa assim, os legais fazem coisas legais só porque se sentem bem fazendo o bem, ou seja: porque não passam de bando de egoístas como todo mundo.


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Solitários Liliane Prata

Somos uma multidão de solitários. Mas só nesse sentido. Porque, se você for parar para pensar, a solidão quase sempre é ilusória. Penso nisso sempre que vejo alguém falando desse “individualismo” dos dias de hoje – cada vez mais, acho que esse ele não passa de uma invenção desesperada da modernidade.


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Vida e morte Liliane Prata

Podemos furar o pacto do esquecimento quantas vezes forem que continuaremos sem entender direito essa história de morte. Mas o que é que tem, não entendemos direito a vida também e cá estamos.


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Em paz Liliane Prata

Deus me livre que cada refeição do meu dia seja uma espécie de porta da esperança que revele mais imperativos disfarçados de vidas fantásticas. Às vezes, um beijo cansado, um casaco desbotado e uma maçã comum é o mais longe que podemos ir. E vamos em paz.


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Vamos morrer Liliane Prata

Um pacto coletivo de esquecimento nos une, até que o maldito amigo, o filme, o quase acidente, o banho, até que alguém ou alguma coisa vem estragar aquele viral idiota que estávamos vendo tão felizes, tão sem incomodar ninguém. “Um dia vamos morrer”: sim, eu sei, eu só queria terminar meu cappuccino em paz.


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Paixão Liliane Prata

Eu me apaixono com certa facilidade. Ta, com MUITA facilidade. Tudo bem, eu consigo amar até uma berinjela. E faço mil planos, e sofro quando acaba, e tenho certeza de que não me apaixonarei mais, e me apaixono de novo e , bem, volto á primeira casa do tabuleiro.


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Brasileiro típico Liliane Prata

O brasileiro típico não tem esperança. Falta esperança nesse saco onde colocamos os brasileiros. Dizem que o brasileiro é otimista, mas acho que só diz isso quem não olhou direito. Dentro do saco, se debatendo, estão os brasileiros que acham que tudo vai continuar uma merda.


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