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Poemas de coração apaixonado

Rimas perfeitas para momentos perfeitos. E claro, tudo isso com o sentimento mais perfeito de todos: o amor!

Te Espero Gloria Salles

O tempo parece não correr
E as horas passam lentas
Alheias a minha saudade
Ignoram minha vontade...
Vem logo, não demora
Meus olhos anseiam
Ver a saudade no teu olhar
E o desejo no seu rosto
Vem me matar a fome.
E assim, protegida no teu peito,
Não preciso de mais nada
Apenas do seu sorriso
E ouvir seu respirar
Perfume envolvente
Que me desmonta
Deixa-me tonta, inebria
Vem depressa...
Sem pressa de ir embora
Tira-me os sentidos
Esquece as horas
Pensemos no agora...
Quebremos as amarras
Revivamos os momentos
Presos na memória
Entre risos e gemidos
Fomos felizes
Violando sentidos
Inconsequentemente felizes
E fico pensando agora
Porque me deixou ir?
Quando trancou a porta...
Jogasse a chave fora.


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Amar Carlos Drummond de Andrade

Que pode uma criatura senão,
entre criaturas, amar?
amar e esquecer,
amar e malamar,
amar, desamar, amar?
sempre, e até de olhos vidrados amar?

Que pode, pergunto, o ser amoroso,
sozinho, em rotação universal, senão
rodar também, e amar?
amar o que o mar traz à praia,
o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha,
é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?

Amar solenemente as palmas do deserto,
o que é entrega ou adoração expectante,
e amar o inóspito, o cru,
um vaso sem flor, um chão de ferro,
e o peito inerte, e a rua vista em sonho, e uma ave
de rapina.Este o nosso destino: amor sem conta,
distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma completa ingratidão,
e na concha vazia do amor a procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor.

Amar a nossa falta mesma de amor, e na secura nossa
amar a água implícita, e o beijo tácito, e a sede infinita...


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No Coração,Talvez José Saramago

No coração, talvez, ou diga antes:
Uma ferida rasgada de navalha,
Por onde vai a vida, tão mal gasta.
Na total consciência nos retalha.
O desejar, o querer, o não bastar,
Enganada procura da razão
Que o acaso de sermos justifique,
Eis o que dói, talvez no coração...


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Fim da Linha...

A viagem tinha destino, só seguir o roteiro
Curtir a paisagem rumo ao trajeto sonhado
Porém em seu longínquo e confuso mundo
Partiu do trem em movimento aos braços de Deus.

O teto, antes aparentemente estável e firme
De repente são escombros e cacos espalhados
Nos trilhos da inquietação a alça soluça...
Margeando o coração, sangra a ferida aberta.

A dor da perda nos aprisiona os sentidos
Faz-nos impotentes, ata os movimentos
Ressentidos, queremos de volta o passado.
Nem lento e dolorido voo, burlar o calendário.

Na frustada tentativa de atrasar o relógio
Só resta o baque insano e o choro côncavo...


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Amor é bicho instruído Carlos Drummond de Andrade

Amor é bicho instruído
Olha: o amor pulou o muro
o amor subiu na árvore
em tempo de se estrepar.
Pronto, o amor se estrepou.
Daqui estou vendo o sangue
que escorre do corpo andrógino.
Essa ferida, meu bem
às vezes não sara nunca
às vezes sara amanhã...


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Vem! Teresa Cordioli

Vem!
Olhe para mim,
Para ganhar um sorriso,
Por favor, sorria pra mim também,
porque o teu sorriso,
é tudo o que preciso
para te chamar de amigo(a)...
Sou, sou sim, facin, facin...
Vem!
Vem dizer sim
ao abraço apertado,
á mão estendida,
para que, ao chegar ao final da lida,
possa dizer que tudo valeu a pena!
E que pra ser feliz:
É facin, facin!
Vem comigo!
Me chame de amiga!
É tudo que precisa
Para ouvir: TE AMO!
É facin, facin,
Vem!


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Decisão Gloria Salles

Queria tocar teu rosto e sentir
a barba por fazer.
No teu peito encostar a cabeça
e sentir o teu cheiro.
Sentir os dedos da tua mão entre os meus.
Saber se os teus traços
se assemelham aos meus.
Queria olhar você nos olhos e sorrir.
Ouvir a tua voz sussurrar ao ouvido
e fechar os olhos.
Queria conhece-lo como mais ninguém.
Conhecer o teu sabor.
Ouvi-lo falar dos seus sonhos.
Dançar contigo noites sem fim e acabar
entre beijos, abraços, cumplicidade e desejo.
Algo me prende a você de um modo
que não consigo entender.
Às vezes parece que te conheço,
E algo completa toda a parte que desconheço de você.
De tal modo, que consigo te ver
à minha frente, a me olhar nos olhos...
Barba por fazer, lábios entreabertos,
enquanto que a palma da tua mão
se aproxima do meu rosto e limpa a lágrima
que escorre até os lábios.
O destino nunca nos uniu, e não creio que o fará.
Mas se não há caminhos pré-definidos no mundo,
alguma força existe para que nenhum de nós
entre no esquecimento.
Queria você pra mim...
Essa é a decisão do coração.


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Amor - pois que é palavra essencial Carlos Drummond de Andrade

Amor - pois que é palavra essencial
comece esta canção e toda a envolva.
Amor guie o meu verso, e enquanto o guia,
reúna alma e desejo, membro e vulva.
Quem ousará dizer que ele é só alma?
Quem não sente no corpo a alma expandir-se
até desabrochar em puro grito
de orgasmo, num instante de infinito?
O corpo noutro corpo entrelaçado,
fundido, dissolvido, volta à origem
dos seres, que Platão viu completados:
é um, perfeito em dois; são dois em um.
Integração na cama ou já no cosmo?
Onde termina o quarto e chega aos astros?
Que força em nossos flancos nos transporta
a essa extrema região, etérea, eterna?
Ao delicioso toque do clitóris,
já tudo se transforma, num relâmpago.
Em pequenino ponto desse corpo,
a fonte, o fogo, o mel se concentraram.
Vai a penetração rompendo nuvens
e devassando sóis tão fulgurantes
que nunca a vista humana os suportara,
mas, varado de luz, o coito segue.
E prossegue e se espraia de tal sorte
que, além de nós, além da prórpia vida,
como ativa abstração que se faz carne,
a idéia de gozar está gozando.
E num sofrer de gozo entre palavras,
menos que isto, sons, arquejos, ais,
um só espasmo em nós atinge o climax:
é quando o amor morre de amor, divino.
Quantas vezes morremos um no outro,
nu úmido subterrâneoda vagina,
nessa morte mais suave do que o sono:
a pausa dos sentidos, satisfeita.
Então a paz se instaura. A paz dos deuses,
estendidos na cama, qual estátuas
vestidas de suor, agradecendo
o que a um deus acrescenta o amor terrestre...


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Ao Amor Antigo Carlos Drummond de Andrade

O amor antigo vive de si mesmo,
não de cultivo alheio ou de presença.
Nada exige nem pede. Nada espera,
mas do destino vão nega a sentença.

O amor antigo tem raízes fundas,
feitas de sofrimento e de beleza.
Por aquelas mergulha no infinito,
e por estas suplanta a natureza.

Se em toda parte o tempo desmorona
aquilo que foi grande e deslumbrante,
a antigo amor, porém, nunca fenece
e a cada dia surge mais amante.

Mais ardente, mas pobre de esperança.
Mais triste? Não. Ele venceu a dor,
e resplandece no seu canto obscuro,
tanto mais velho quanto mais amor...


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