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Frases e Reflexões de Tenzin Palmo

Diane Perry foi a terceira mulher ocidental a se tornar monja do budismo tibetano. Virou Tenzin Palmo e ficou conhecida após passar 12 anos em retiro em uma caverna no Himalaia. Hoje a inglesa tem o título de Jetsunma, que quer dizer venerável mestre. Inspire-se com seus ensinamentos.

Precioso tesouro Jetsunma Tenzin Palmo

A questão é que quando nossa mente está cheia de generosidade e pensamentos de bondade, compaixão e contentamento, a mente se sente bem. Quando nossa mente está cheia de raiva, irritação, auto-piedade, ganância e apego, a mente se sente doente. E se nós realmente investigarmos isso, podemos ver que temos a escolha: podemos decidir amplamente que tipo de pensamentos e sentimentos irão ocupar nossa mente. Quando pensamentos negativos aparecem, podemos reconhecê-los, aceitá-los e deixá-los ir. Podemos escolher não segui-los, o que só colocaria mais lenha na fogueira. E quando pensamentos bons vêm à mente – pensamentos de bondade, cuidado, generosidade e contentamento, podemos aceitar e encorajar isso, mais e mais. Podemos fazer isso. Somos o guardião do precioso tesouro que é nossa própria mente.


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Só depende da sua mente Jetsunma Tenzin Palmo

Quaisquer que sejam nossas circunstâncias externas, no fim das contas a felicidade ou infelicidade depende da nossa mente. Considere que uma companhia com quem nós ficamos, continuamente, dia e noite, é nossa mente. Você realmente gostaria de viajar com alguém que ficasse reclamando o tempo todo e ficasse dizendo quão inútil você é, quão sem jeito você é, alguém que lhe lembre de todas as coisas horrorosas que você já fez? Ainda assim, para muitos de nós, esse é o jeito que vivemos – com esse crítico incansável, difícil de agradar e sempre nos rebaixando que é nossa mente. Ela ignora totalmente nossas qualidades e é genuinamente uma companhia muito triste.


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Retiro espiritual Jetsunma Tenzin Palmo

Um retiro, é, de uma certa forma, uma reparação rápida. Lembro-me muitas vezes das freiras da ordem da Madre Teresa: não estão a pegar nos mortos e a morrer o dia inteiro — metade do dia é passado a rezar. Se damos sem parar, sem respirar, ficamos estressados e queimamo-nos.


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Bondade genuína Jetsunma Tenzin Palmo

Um coração genuinamente bom é fundamentado no entendimento da situação como ela realmente é. Não é uma questão de sentimentalismo. E um bom coração também não é uma questão de sair por aí num tipo de euforia de falso amor, negando o sofrimento e dizendo que tudo é benção e alegria. Não é assim. Um coração genuinamente bom é um coração que é aberto e é ávido por compreensão. Ele ouve as tristezas do mundo. Nossa sociedade está errada ao pensar que a felicidade depende da satisfação dos nossos próprios desejos e vontades. Por isso nossa sociedade está tão miserável. Somos uma sociedade de indivíduos, todos obsessivos com o esforço por nossa própria felicidade. Estamos desconectados de nosso sentido de interconexão com os outros, estamos desligados da realidade. Porque na realidade estamos todos interconectados.


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Rio Jetsunma Tenzin Palmo

Assim, tudo o que vem à nossa mente, se o reconhecemos, no momento em que aparece, se o aceitamos, podemos depois deixar ir. Não temos que nos agarrar a isso, não temos que lhe dar energia, não temos que ser arrastados por isso. Nós estamos na margem de um rio, olhando a correnteza do rio, não estamos no meio do rio sendo arrastados.


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Budismo Jetsunma Tenzin Palmo

Os nossos problemas fundamentais são a ignorância e o agarrar do ego. Agarramo-nos à nossa identidade, enquanto uma personalidade, memórias, opiniões, julgamentos, esperanças, medos, conversa fiada —tudo gira à volta deste eu, eu, eu, eu. E acreditamos que esse eu é realmente uma entidade sólida e imutável que nos separa de todas as outras entidades lá fora. Isto cria a ideia de um eu permanente e imutável no centro do nosso ser, que temos de satisfazer e proteger. Isto é uma ilusão. "Quem sou eu?", esta é a questão central do Budismo. Está a ver? Geralmente o que fazemos é tentar proteger este falso eu, o meu, o mim. Pensamos que o ego é o nosso melhor amigo. Não é. Não se interessa se estamos felizes ou infelizes. Na verdade, o ego fica muito feliz por estar infeliz. E temos de estar conscientes para não usar o caminho espiritual como outro canal para o ego — um maior, melhor, mais espiritual eu. Há práticas que podemos usar contra esta adulação do ego. Na companhia de pessoas muito doentes que estão a sofrer, podemos visualizar-nos a tomar a sua dor e sofrimento, sob a forma de uma luz ou fumo escuros, retirando a doença e karma negativos, e dirigindo-os para a pequena pérola negra do nosso egocentrismo. E começará a desaparecer, porque, realmente, a última coisa que o ego quer, são os problemas dos outros. Se nós próprios sentimos dor e sofrimento, podemos usá-lo. Estamos condicionados a resistir à dor. Pensamos nela como um bloco sólido que temos de empurrar, mas não é. É como uma melodia, e por detrás da cacofonia há um espaço imenso.


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Caminhos Jetsunma Tenzin Palmo

Falar sobre o tempo que passei na gruta é muito aborrecido; foi há séculos atrás. Mas não, nada me amedrontava ou preocupava. Centenas de milhares de eremitas ao longo dos séculos fizeram exatamente a mesma coisa, e noventa e nove porcento deles estavam ótimos. Estamos muito ocupados com as práticas — não passamos o dia a brincar com os polegares — e fica-se num estado mental em que se aceita que o que está a acontecer, está a acontecer. Mesmo que surjam as piores coisas, se estiveres centrado, ficas bem. Se não, a coisa mais trivial pode abalar-te. Não tem nada a ver com a experiência ou a circunstância: a atitude é que é importante. Temos de parar de nos agarrarmos ao caminho condicionado e aprender a abrir-nos ao caminho não-condicionado.


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Problemas Jetsunma Tenzin Palmo

Os pensamentos não são o problema. Os pensamentos são a natureza da mente. O problema é identificarmo-nos com eles.


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Porque não estamos iluminados Jetsunma Tenzin Palmo

Se alguém refletir genuinamente sobre renúncia, não se trata de desistir de coisas externas como dinheiro, deixar a casa ou a família. Isso é fácil. A renúncia verdadeira é abrir mão de nossos queridos pensamentos, de todo nosso deleite nas memórias, esperanças e devaneios, nossa tagarelice mental. Renunciar a isso e ficar nu no presente, isso é renúncia.
O fato é que dizemos que queremos a iluminação, mas na verdade não queremos. Apenas porções de nós quer a iluminação: o ego que pensa como isso seria bom, confortável e prazeroso. Mas realmente abandonar tudo e ir atrás? Poderíamos fazer isso em um instante, mas não fazemos.
E a razão é que somos muito preguiçosos. Ficamos paralisados pelo medo e letargia — a grande inércia da mente. A prática está lá. Qualquer pessoa no caminho budista certamente conhece essas coisas. Então, como é que não estamos iluminados? Não temos ninguém para culpar a não ser nós mesmos.
É por isso que ficamos no Samsara, porque sempre achamos desculpas. Em vez disso, devemos nos despertar. Todo caminho budista é sobre despertar. Ainda assim, o desejo de continuar dormindo é tão forte. Independente de quanto dizemos que iremos despertar para ajudar todos os seres sencientes, na verdade nós não queremos isso. Gostamos de sonhar.


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Generosidade Jetsunma Tenzin Palmo

O Buda disse que é a cobiça e não a cólera, que nos mantém na roda. Ninguém nos acorrenta: agarramo-nos com as nossas próprias mãos. Muitas pessoas vêm ter comigo dizendo que querem erradicar a cólera; é fácil de ver que a cólera nos faz sofrer. Mas muito raramente as pessoas me perguntam como se livram do desejo. Precisamos de cultivar contentamento com o que temos. Nós não precisamos de muito. Quando sabemos isso, a mente aquieta-se. Cultivemos a generosidade. Tiremos prazer de dar. Aprendamos a viver de uma maneira mais leve. Desta forma podemos começar a transformar o que é negativo em positivo. É assim que começamos a crescer.


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Segurança Jetsunma Tenzin Palmo

A verdadeira segurança provém apenas do conforto com a insegurança. Ficarmos à vontade com o fluxo das coisas, ficarmos à vontade ao estarmos inseguros, essa é a maior segurança, pois nada pode nos tirar do prumo.


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Prática Jetsunma Tenzin Palmo

É certo que temos de praticar a meditação. É até impressionante o número de desculpas que podemos inventar para não nos sentarmos. Esta ideia que temos que quando as coisas forem perfeitas, aí começaremos a praticar — as coisas nunca serão perfeitas. Isto é o samsara!
Lembro-me de uma vez em que estava na gruta toda deprimida porque a neve ia derreter na primavera e a água ia infiltrar-se pela parede de trás, tornando tudo molhado. Até que finalmente pensei: "Mas, não foi o que o Buda disse? Que era assim? O que é a primeira nobre verdade, afinal? De que é que estamos à espera? Por que tanto estrilho quando sofremos?". Depois disso, não tive mais complicações. Chama a uma coisa um obstáculo, é um obstáculo, chama-lhe oportunidade, é uma oportunidade. Nada é estranho à vida espiritual. Compreender isto é muito importante.


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Amor romântico e amor genuíno Jetsunma Tenzin Palmo

O problema é que nós sempre confundimos a ideia de amor com apego. Sabe, nós imaginamos que o apego e o ciúmes que temos em nossas relações demonstram que amamos. Quando na verdade é só apego. E isso nos causa dor. Porque quanto mais nos agarramos a algo, mais temos medo de perder.
E então, se nós perdermos, vamos sofrer. O que quero dizer é que amor genuíno é… Bem, o apego diz: “Eu te amo, por isso quero que você me faça feliz”. O amor genuíno diz: “Eu te amo, por isso quero que você seja feliz. E se isso me incluir, ótimo. Se não me incluir, eu só quero a sua felicidade.”. E são dois sentimentos diferentes.
O apego é como segurar com muita força. Mas o amor genuíno é como segurar muito gentilmente, alimentando aquilo, mas permitindo que as coisas fluam. Não é ficar preso com amarras. Quanto mais amarrarmos o outro, mais nós sofremos.
É muito difícil para as pessoas entenderem isso porque elas acham que quanto mais se agarram a alguém, mais elas demonstram que se importam com essa pessoa. Mas não é assim. Elas realmente estão apenas tentando prender alguma coisa, porque se for de outra maneira, acham que elas é que se ferirão.
Em qualquer tipo de relacionamento no qual pensamos que podemos ser preenchidos pelo outro está fadado a ser complicado. O ideal seria que as pessoas se juntassem já tendo esse sentimento de preenchimento próprio, e se juntassem para apreciar a companhia do outro em vez de esperar que o outro supram a necessidade de preenchimento que elas não sentem sozinhas.
E isso gera um monte de problemas. E com isso vem a projeção do romance e do amor, em que idealizamos nossas ideias, desejos e fantasias românticas do outro. E possivelmente o outro não será capaz de corresponder a essas expectativas. Quando começamos a conhecer o ouro, reconhecemos que ele(a) pode não ser o Príncipe Encantado ou a Cinderela. É apenas uma pessoa comum, que também está lutando. E a menos que sejamos capazes de enxerga-las, de gostar delas e de sentir desejo por elas, e também ter compaixão e ternura, será um relacionamento difícil.


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Apego x Amor Jetsunma Tenzin Palmo

O apego é exatamente o oposto do amor. O amor diz: quero que sejas feliz. O apego diz: quero que me faças feliz.


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Doze anos em uma gruta Jetsunma Tenzin Palmo, sobre seu retiro de 12 anos

Cada um de nós tem algo a fazer nesta vida; temos de descobrir o que é e fazê-lo. Nasci para o retiro. Era extremamente feliz na gruta e estava muito grata por ali estar. Era uma oportunidade rara.


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Preguiça Jetsunma Tenzin Palmo

A cruz da matéria é a preguiça. Mesmo quando sabemos o que deveríamos fazer, escolhemos o que parece o caminho mais fácil. Somos deuses a agir como macacos. Erguemos-nos na nossa própria luz: não vemos quem realmente somos.


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Chave Jetsunma Tenzin Palmo

A nossa mente é um tesouro. Mas é muito absorvente, portanto temos de usar de descriminação em relação ao que ouvimos, lemos e vemos. E na vida espiritual, a nossa defesa é a ética. Se soubermos que vivemos eticamente, dando o nosso melhor, a nossa mente torna-se mais tranquila. Atrairemos o mesmo tipo de pessoas. Se a nossa mente está perturbada, atrairemos perturbação para as nossas vidas. Portanto, temos de purificar o nosso estado mental, pois tudo o que está no interior se projeta no exterior. Atraímos pessoas pela nossa prática e pelo nosso karma. Temos de estar preparados, quando alguém de um grau mais elevado está diante de nós, para nos encontrarmos. Mas se o Buda aqui estivesse, tudo o que faria, era encorajar-nos a praticar. Ninguém pode fazer o trabalho por nós —cabe a nós fazê-lo ou não. Nadar contra a corrente em direção à fonte exige esforço e determinação. Lamento, não há uma reparação rápida. Mas no final é a única coisa que vale a pena. A chave é a prática. Mas não a ponhas no altar: pega na chave, abre a porta, e sai da prisão. Não há obstáculos.


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Agarrando com as duas mãos Jetsunma Tenzin Palmo

Não estamos presos à roda da vida. Nós é que a agarramos com força, com as duas mãos. Há uma história que sempre se conta sobre uma forma particular de aprisionar macacos na Índia. Toma-se um coco com um pequeno buraco. Por esse buraco, com tamanho suficiente para passar apenas a mão do macaco, coloca-se um pedaço de doce de coco. O macaco se aproxima, sente o cheiro do doce, coloca a mão no buraco e agarra o doce. Ele fecha a mão para agarrar o doce. e dessa forma não consegue mais tirar a mão do coco. E então o caçador consegue pegá-lo. Nada prende o macaco ali. Tudo o que ele precisava fazer era abrir a mão e estaria livre para fugir. Ele fica ali preso apenas por desejo e apego, que não o permitem seguir. É dessa forma que a nossa mente funciona. O problema não é o doce de coco. O problema é que não conseguimos soltá-lo. Vocês entendem? O problema não é o que temos ou o que não temos, mas o quanto nos agarramos às coisas.


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