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Crônicas sobre Amizade

Belas crônicas que falam sobre amizade, companheirismo, amor, carinho, e explicam sobre o verdadeiro significado da amizade!

Amizade Vanda Dias da Cruz

Amizade quer dizer companheirismo, cumplicidade, lealdade, compreensão, altruísmo e muito mais...
Nela só pode conter coisas boas, senão não seria Amizade...
Ter um amigo é poder confiar plenamente, é estar sempre disposto a ajudar nos momentos de dificuldade, é poder contar os nossos segredos, sabendo que, apesar do amigo ter outros amigos, nossa confidência estará segura e ninguém mais saberá o que foi dito.

É estar sempre pronto a dar o ombro para que possamos chorar sem constrangimento e ouvir palavras de consolo e de apoio, se não for possível ajudar de outra forma.
Não precisamos ver o amigo todos os dias, mas temos a certeza que ele está em algum lugar, nos esperando quando a necessidade surgir.

O amigo nos encoraja, nos dá ânimo e nos levanta quando caímos.
Entram em nossa vida silenciosamente, porque é um enviado de Deus, um anjo para nossos momentos de tristeza...
Tem um sorriso aberto e as mãos sempre estendidas, dispostas à doação.
Mesmo estando longe de nossas vistas, estará sempre em nosso pensamento e em nosso coração.


A amizade é um tesouro inesgotável, e temos que saber preservar e cultivar como a uma planta, que só permanecerá viva se cuidarmos com carinho, amor e lealdade.
Seu significado é igual ao amor fraterno, sincero quando verdadeiro, e que maldade alguma pode destruir!
A amizade é um sentimento sublime, um cristal raro de se encontrar, mas que ainda não se perdeu, apesar do mundo em que vivemos, onde o egoísmo e o egocentrismo estão entorpecendo as pessoas, tornando-as insensíveis.

Não podemos e nem devemos perder um amigo, por uma leviandade nossa, se isto acontecer, o cristal terá se quebrado e, já não será como antes, mesmo que consigamos colar os pedacinhos..
O verdadeiro “amigo” é aquele em que podemos confiar, sem medo, que caminha ao nosso lado, e terá sempre o seu lugar guardado em nosso coração.
Não precisamos ter muito amigos, um é suficiente para nos consideramos privilegiados.


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Tipo de Amor Márcia Canedo

Amigo é aquela pessoa que de tão íntimo você admite que te chame a atenção, quando vê que você está passando dos limites. É a quem você recorre quando toma aquele fora do gato(a) porque sabe que ali encontrará um ombro pra chorar e conselhos a receber. É quem escuta suas reclamações sobre o chefe ou como sua mãe/pai estão pegando no seu pé. Te faz rir de coisas sem nexo, zomba de você se fica de pileque numa festa, mas liga todo preocupado no outro dia para saber se acordou bem. Tenta te ajudar nas horas difíceis, quando você está com a cabeça tão cheia que não consegue achar solução , mas te confronta se achar que a culpa é sua pelo acontecido. Isto é ser amigo.... saber reconhecer nossas qualidades, mas nos amar com todos os defeitos que possuímos. E sejam eles "reais" ou "virtuais" não deixam de nos tocar menos o coração e agradecer ao Criador por tê-los colocado em nosso caminho.

Sou feliz por poder dizer que possuo muitos amigos, alguns que já carregam a alcunha de irmãos de tanto que os considero. Gosto de cada um de forma única por esse motivo não citarei nomes, seria injustiça se deixasse de falar algum. Mas saibam todos aqueles que carinhosamente chamo de AMIGO(A) que podem contar sempre comigo e que moram em meu coração! Obrigada por existirem no jardim de minha existência!


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Amizade e outros relacionamentos Vilto Reis

Parte dos meus amigos estranha minha incapacidade de se apaixonar. O interessante é que apesar de ter certa introspecção não sou alguém acanhado. Mesmo na adolescência, quando vira e mexe eu acabava gostando de alguém, não tinha dificuldade alguma em chegar até esta pessoa; simplesmente o fazia com naturalidade; é o tipo de pessoa que eu sou.

No entanto, esta parcela de amigos não compreende minha indiferença quanto à paixão, como alguém que conheceu o sentimento, bebeu dele, mas não tem qualquer saudade ou abstinência. Vago pelas ruas observando o grau de dependência afetiva que as pessoas têm; e isto me dá repulsa. Toda relação entre homem e mulher precisa necessariamente virar um romance? Não tenho certeza disso, pois isto não se aplica a mim.

Há poucos dias, passei um final de semana com vários amigos num sítio, bastante afastado da cidade, sem internet. Entre estas amizades, L. se destaca pelo carinho que tenho por ela. Podemos passar até meses sem nos ver ou se falar, mas quando estamos juntos, as conversas fluem quase como se a palavra não fosse um empecilho. Minha mente ficcional e abstrata às vezes imagina como nossa sociedade se comportaria caso dialogássemos sem palavras, apenas trocando pensamentos; e acredito que seria encantador, pois eliminaríamos as traiçoeiras palavras, que por vezes não conseguem carregar o sentido que gostaríamos de dar a elas. Quando estou com L., sinto-me livre da limitação das palavras. Neste final de semana específico, enquanto a maioria estava em volta a uma fogueira, esperando o pinhão que assava, eu e ela, à parte, conversávamos, ou melhor, desmanchávamos-nos em lágrimas, sim, os dois; colocando para fora todas as nossas angústias e medos.

Quando voltei ao cotidiano, na segunda-feira, fiquei a pensar que valores definiam o que era uma amizade para mim; e graças a L. e outros amigos que estavam ali, cheguei a conclusão que um amigo é aquele que conhece meus problemas.

Esta afirmativa deu novo tom de gravidade a alguns relacionamentos que possuo; fez-me pensar sobre o quanto sei sobre as pessoas que estão próximas a mim.

E tive a certeza que sei pouco; e os poucos que sei é que são realmente meus amigos.


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Amigos Vinícius de Moraes

Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos. Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles.
A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor, eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade.
E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!
Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências...
A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem.
Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida.
Mas, porque não os procuro com assiduidade, não posso lhes dizer o quanto gosto deles. Eles não iriam acreditar.
Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem que estão incluídos na sagrada relação de meus amigos.
Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure.
E às vezes, quando os procuro, noto que eles não tem noção de como me são necessários, de como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente, construí e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida.
Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado. Se todos eles morrerem, eu desabo!
Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles. E me envergonho, porque essa minha prece é, em síntese, dirigida ao meu bem estar. Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.
Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles.
Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos, cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando daquele prazer...
Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos, e, principalmente os que só desconfiam ou talvez nunca vão saber que são meus amigos!

A gente não faz amigos, reconhece-os!


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A amizade e os gatos Bernadette Lyra

Tenho um amigo querido que quer que tudo tenha explicação. Meu amigo é um desses seres para quem a ciência é a máxima deusa. Uma deusa com olhos de coruja que não deixa passar a sua frente nem mesmo um ratinho sem que de pronto voe em sua direção e o engula até a migalha mais ínfima. Ou seja, meu amigo tem aquilo que alguns denominam de “mente científica”. E se não chega a ser um chato é porque, no mais profundo de sua cientificidade, ele sabe ser terno. Embora tenha pudores de se mostrar assim.
Porém eu sei que ama o cheiro das samambaias molhadas; a cabeleira revolta de uma mulher que anda debaixo do vento; a risada de uma criança que corre pela areia da praia; os lamentos de um blues ouvidos depois que chega do trabalho em casa e lá fora a cidade se aquieta de sua faina ruidosa.

Sei disso porque passamos muitas coisas juntos. Faz muitos anos. Outrora. Quando éramos muito mais jovens e muito mais dispostos a revirar o mundo de ponta-cabeça.

Houve um tempo em que cortávamos as ruas andando a esmo pela cidade quase deserta, rondávamos pelo mel escuro das noites, viajávamos pelos bares mais escondidos em que nos serviam uma vodca nem sempre cristalina ou um uísque duvidoso, mas que tinham o gosto e o encanto de uma reunião de velhos camaradas sentados em volta do fogo, em uma roda de afeto.

Belos tempos, quando a gente podia ir por aí sem temer os assaltos e as abordagens espúrias de agora, que sempre terminam em tragédias e mortes ou deixam aquele sabor amargo na boca, aquela sensação de que nos levaram uma parte de nossos sonhos e de nossas esperanças na humanidade.

O que me dá mais certeza de que esse meu amigo é um poço de ternura escondido debaixo da fria manta da razão é que ele tem um gato. Ou melhor, uma gata. Uma gata que o tem. Porque os gatos não se deixam ser tidos por quem quer que seja. A meu ver, nada é mais sintomático que a presença de um gato para determinar um humano que faz concessão respeitosa ao fantástico e ao maravilhoso. Os gatos sempre foram testemunhas e participantes de muitos mistérios, lendas, amores, medo e superstições.

Não sei muito bem onde li que os gatos não existiam antes da arca de Noé. Mas os ratos existiam. Um casal de roedores lá se multiplicou de tal forma que os filhotes passaram a dizimar os grãos e as reservas de alimentos. Noé implorou a Deus uma solução. Foi então que o Senhor lhe ordenou que esfregasse o focinho do leão. Isso foi feito e o leão espirrou. De suas narinas pulou um casal de gatos, que imediatamente devorou a rataria, fazendo uma limpeza na arca.

Nem mesmo Buda escapou ao charme felino. Dizem que o Iluminado era gatófilo. Que tinha um gato sábio e de estimação com quem conversava e com quem aprendia mais um pouco sobre a transitoriedade da vida. Em compensação, Torquemada, o inquisidor, odiava os bichanos. Mandou milhares deles para assar nas fogueiras, alegando que eram demônios que as bruxas acolhiam em casa, disfarçados em quatro patas, focinho, rabo e uma capa de pelos.

A História registra alguns outros caras que tinham horror a gatos. Nenhum deles foi gente decente, que eu saiba. Adolf Hitler, por exemplo, dava pitis e gritinhos ao ouvir um miado. E Mussolini era gatofóbico de carteirinha.

Mas, voltando ao meu amado amigo, esqueci de dizer que ele é também escritor. E, como todos sabem, escritores se identificam com os gatos. Talvez porque o gato seja um bicho que grafa e arranha. Nada mais apropriado para quem gosta de grafar as palavras e de criar histórias, arranhando o papel.


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Personagem

Olá, permitam apresentar Henrique personagem dessa crônica.

Ele nasceu em uma família bastante religiosa que sempre o ensinaram a amar o próximo como a si mesmo, o amor fraternal, etc., mas por muito tempo não teve irmãos e quase não interagia com crianças. Isso fez com Henrique tivesse muita carência de amigos e durante toda a juventude ele buscou na escola, na igreja e em todos os ambientes por onde passou o amigo que seria para vida toda, o amigo que se formariam juntos, namorariam, casariam e morariam próximos e seus filhos também fossem amigos.

Com alguns acontecimentos da vida, mesmo depois de adulto ele continuava sozinho e se dedicou a ajudar as pessoas quando elas precisavam e quando não precisavam também.

Gostava de reunir as pessoas que conhecia em sua casa para almoços e jantares. Adorava estar em grupos por isso sempre que ia fazer algum passeio levava alguém, mesmo que precisasse pagar todas as despesas sozinho. Henrique sonhou em montar uma nova família, uma família de amigos escolhidos pelo coração.

As pessoas sempre o diziam que ele era um grande amigo, que era prazerosa sua companhia, era um irmaozão, etc.

Mas um dia Henrique estava só e procurou por um e por outro e não encontrou ninguém. Ele foi compreensível, estavam todos ocupados em suas vidas, mas a semana passou, o mês, o bimestre e ele percebeu que se ele não corresse atrás, ninguém ligava para ele. Seu celular não tocava, nem um sms procurando saber se ele estava vivo.

E os monstros da infância apareceram dizendo que não adiantava o amor fraternal, todo o esforço para arrumar amigos de verdade, isso não era para ele. Provavelmente ele sufocava as pessoas querendo tratar tão bem delas quando elas não queriam isso. Ele questionou porque as pessoas não diziam isso a ele e os monstros riram fartamente e perguntaram se ele realmente acreditava na coragem e na sinceridade das pessoas.

Dessa vez ele não teve como vencer os monstros. Só quem poderia derrota-los era a ligação ou um sms espontâneo, mas mesmo assim ele tentou. Mandou um sms para o ultimo amigo a se afastar, mas não teve resposta.

Henrique então se rendeu ao inimigo. Dedicou-se ao trabalho e estudos, esse sim o distraia, divertia-o embora de vez em quando o aborreça também, mas uma coisa ele aprendeu, jamais deixou alguém lhe dizer que o amava ou o considerava como amigo ou ate mesmo da família.

Não que ele não soubesse que existem verdadeiros amigos, seu coração estava muito ferido e ele escolheu se proteger.

Não é bom, nem gostoso ser só, mas é melhor não ter ninguém do que perder tanta gente.


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Amizade Platônica Gregorio Duvivier

Fiquei melhor amigo do Antonio Prata sem que ele soubesse. Li o livro "Douglas e Outras Histórias", presente do Fernando Caruso, amigo meu que já era melhor amigo do Prata sem que ele soubesse. Não parecia que eu tinha lido o livro, parecia que eu tinha sentado num bar com o Prata e ele tinha me contado o livro inteiro. E falando assim parece que foi chato, mas não foi. Foi muito legal. Tanto é que a gente ficou melhor amigo à primeira vista. Sem que ele soubesse, é claro.

Tive algumas oportunidades de conhecê-lo, mas preferi não chegar às vias de fato, porque isso poderia abalar a nossa relação. Vai que ele tem 1,90 m. Eu não posso andar ao lado de um cara de 1,90 m. Vai parecer que eu tenho 1,30 m. Eu sou muito criterioso em relação à altura das pessoas com quem eu ando. Na amizade platônica, a pessoa tem a altura que você quiser. Você só tem os benefícios da amizade, sem aquela obrigação de ir no chá de panela ou liberar no "Candy Crush".

Caso vocês estejam se perguntando, ele não é o meu único amigo platônico. Tenho alguns, entre eles o Paul McCartney e o Fred do Fluminense. Mas o Prata era o mais íntimo, mesmo.

Até que, outro dia, preparando-me pra lançar meu segundo livro, "Ligue os Pontos", o pessoal da Companhia das Letras sugeriu que eu e o Prata lançássemos o livro juntos. E me mandaram o livro dele: "Nu, de Botas". E descobri que a gente não era melhor amigo. A gente era a mesma pessoa. Li as memórias dele com a impressão estranhíssima de que eram as minhas memórias. E eu garanto que isso vai acontecer com você também. Por mais louca e específica que tenha sido a vida do Prata, por mais louca e específica que tenha sido a sua vida, quando o Prata fala da vida dele, parece que é a sua vida, parece que ele é você e sempre foi. Volta e meia tinha que fechar as páginas e lembrar da minha própria vida, pra não misturar com a vida dele.

Cheguei ao Rio determinado a findar essa relação platônica. Em primeiro lugar, é muito narcisismo você ser melhor amigo de você mesmo. Em segundo lugar, a gente teria que se conhecer, pra lançar o livro juntos.

Aí a gente se conheceu. E parecia que a gente já se conhecia há muito tempo. Porque a gente já se conhecia há muito tempo. E tem coisas que a amizade platônica não pode te dar. Ele tem 1,69 m, igualzinho a mim. Na verdade ele tem 1,68 m e mente que tem 1,69 m. Igualzinho a mim. Viva a amizade. A platônica e as outras.


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