Mani-oca
Lenda Indígena (versão)
Era uma vez uma pequena curumim, que amava muito a sua tribo e por quem também era muito amada. Seu nome era Mani. A menina cresceu livre e bela, conhecendo cada pessoa e cada pedaço de sua aldeia, ajudando a todos e espalhando alegria por todos os lugares onde passava. Um dia, uma grande seca assolou a região. E a menina, já uma moça, ao perceber que a tribo provavelmente passaria fome muito em breve, caiu doente de tristeza. Apesar de todos os esforços, cuidados e carinhos, ela veio a falecer, pois dizia que só poderia ser feliz, se tivesse certeza de que ninguém passaria fome na aldeia. Como era costume naquela tribo, Mani foi sepultada em frente à oca (casa) em que morava. Todos os dias, era possível ver alguém em prantos sobre o local. Um dia, Mani apareceu em sonhos para a sua mãe e disse-lhe que finalmente estava feliz, pois sabia que ninguém passaria fome. Ao acordar, a mãe de Mani viu que, no lugar onde sua filha fora sepultada, nascera uma árvore. E, quando a seca chegou, a tribo precisou arrancar o pé da oca de Mani para comer. E foi assim que, surpresos, viram que suas raízes eram fortes e capazes de alimentar toda a aldeia. E passou a ser chamada de "mani-oca", a deliciosa e nutritiva raiz que hoje conhecemos como mandioca.