
Não deixe a maré te levar
Você já se sentiu acomodado com uma situação e percebeu a vida te levando para os próprios caminhos? A verdade é que esse estado de acomodação pode ser muito perigoso! Mexa-se antes que você acabe indo parar onde não queria.
Por quê?

Por que tanto tempo sem escrever?
Por que escrever de mim se, às vezes, nem sei quem sou?
Por que escrever aquilo que sinto se o que sinto quero esquecer?
Por que escrever o que quero sentir se o que sentirei continuará sendo a mesma coisa?
Por vezes, me isolo tão intensamente, que nem mesmo o papel quero como companhia...
Como companheiro tenho o silêncio; este eu sei que jamais vai me trair ou me machucar porque eu sempre escuto o que está falando e não preciso decifrar.
O tempo...

Será que eu tenho que me achar ou somente o tempo tomará conta disso? O tempo… Ah, o tempo... Tomar conta? Às vezes, o tempo só bagunça ainda mais aquilo que deve ser arrumado. Não sei. Essa sensação de querer estar longe, longe de tudo e de todos, longe de mim mesma… Resta uma dúvida: será que tudo e todos já não estão longe? Talvez, quem insista em continuar perto sou eu mesma; talvez, nem eu mesma esteja tentando quando tudo que resta em mim de certeza é somente uma dúvida e uma sensação de vazio que me deixa... Vazia!
Hoje...

Hoje, tudo parece tão diferente que nem sei dizer ao certo como é.
Hoje, tudo que eu acreditava existir transformou- se na realidade onde nada existe.
É como acordar de um sonho depois de anos dormindo e sonhando com o “para sempre” sem me lembrar de que o “para sempre” um dia sempre vai acabar.
É uma sensação que oscila entre alegria e a tristeza, entre a dor e a beleza, entre o alívio e o aperto.
Hoje, aquele amor que era tão perfeito mostra-se tão distante e imperfeito.
Hoje, tudo é simplesmente tão diferente que eu não sei por onde começar a dizer tudo o que mudou.
Quem sabe amanhã eu consiga descobrir a realidade daquilo que se faz tão real...
Hoje, somente hoje

Hoje é somente hoje…
Hoje é tudo o que eu tenho
Hoje é o único momento que me traz a certeza de existir.
Hoje eu sou assim.
Amanhã já não sei.
O hoje é o que conheço.
O hoje é minha única arma.
O hoje é somente o hoje.
O hoje está distante demais do amanhã.
E hoje eu me sinto leve.
E hoje eu me sinto completa.
E hoje eu me sinto feliz.
Resta esperar

Parece que neste instante meu coração aperta-se no peito, enrolando-se em seus próprios medos, trazendo consigo grande angústia.
O amanhã é tão incerto, que a dúvida me atormenta e a cabeça gira em busca de um relógio, não sabendo ao certo se a vontade é de que o tempo passe rápido ou se demore mais um pouco.
Porém, a única coisa a ser feita é esperar; somente esperar!
Às vezes...

Às vezes, tudo o que eu mais quero é sumir, sumir para bem longe, para o nada que existe em algum lugar neste universo.
Às vezes, tudo o que eu quero é estar só, comigo mesma, no meu eu que só existe em mim.
E, às vezes, tudo que eu quero é estar com alguém, em algum lugar onde tudo faça parte do universo.
Quando você parece cair e cair

Por que existem momentos em que o chão parece feito de ar e você se sente caindo, caindo, caindo, como se a vida fosse feita de areia movediça e te afundasse pouco a pouco sem que você pudesse fazer nada e sem que ninguém estivesse ali para lhe estender a mão?
E, quando você abre os olhos, vê que não tem ar e não tem areia, que existe o chão, mas que você já está no fundo.
Recomeço da vida

A vida recomeça e começa de maneiras diferentes a cada dia. Ela não para, ela passa e começa e recomeça num ciclo de “eças” que não sabemos quando está começando ou apenas recomeçando.
Por quê? Sei lá!

Por que tem momentos em que eu pareço viver sozinha no planeta? É como se eu sentisse que poderia sumir de repente e só notariam minha falta na hora em que precisassem de algo. Ultimamente, não sei muito bem para que sirvo, mas ainda devo ter alguma utilidade...
Por que tem instantes em que eu desejo ser uma borboleta e voar, voar, voar para bem longe, longe de todos, longe de mim mesma! Por quê?
Aliás, por que eu sempre tenho como resposta às minhas dúvidas ou outro “por quê”?