Aqueles que pertenceram ao ontem, mas seguem junto a você até o dia de hoje, trazem consigo um peso de experiências que refletem como foi a vida. Quantos haviam antes e quantos permaneceram, quantos novos vieram e porque alguns se foram. Por isso mede-se níveis de bondade e importância. Pode-se balizar muitas coisas ao olhar aqueles que estão ao redor.
Não podemos acreditar veementemente que aquilo que fizemos há tempos possa definir por completo aquilo que somos agora. Afinal o que se foi, não volta, e o que será depende do agora. Lógico que temos que pesar tudo aquilo pelo que passamos na nossa experiência mundana, mas acreditar que tudo depende do pretérito é uma sentença que não necessariamente temos que cumprir.
A compaixão deveria ser mais usada por nós durante o dia a dia. Ela, aliada ao perdão, pode operar maravilhas em toda a sociedade. Diminuiriam os problemas sociais, por mais que resolvê-los seja ainda uma questão muito distante. Estender a mão ao próximo e injetar novas perspectivas a quem tem tão poucas. A compaixão mostra que o mundo não está perdido, mas, por mais que olhemos através do tempo, ela mal consegue se mostrar de uma forma minimamente suficiente.
O olhar de uma criança sobre o mundo é algo puro que nunca deveríamos esquecer. Ele fomenta possibilidades nas quais o impossível não existe. O homem não é um simples centro do mundo, mas com certeza é um objeto transformador. Não sabemos ao certo, ainda que pensemos hoje, qual será o nosso futuro, mas é fato que a vida é mais bela se mantemos o olhar de uma criança.
Viver não é simplesmente existir e a vida ensina isso, quem não aprende é porque não deseja se empenhar. O que passamos é uma arranca rumo ao que se taxa de felicidade. Nunca podemos parar, pois os bons momentos são plenos apenas na memória. Desvios e dificuldades sempre aguardam em uma esquina, mas isso não significa que se esbaldar em corridas de simples vitórias não faça desse mundo um bom lugar para se viver.
Esse pensamento atribuído a Sócrates é uma verdade que todos deveriam compreender, pois por mais que passemos pelas mais escabrosas situações e que nos percamos várias vezes antes de pode achar qualquer resquício de luz, uma vida é muito pouco para o real saber. Não pode um ser deter todas as informações, por isso cada um tem um pouco para dar, logo, por mais que tenhamos o domínio de algo, ainda assim nada sabemos.
Não importa a religião que cada um escolhe, mesmo que a escolha seja não a ter. Em algum momento o ser humano deve olhar para a vida que vem tendo e pensar sobre a possibilidade de existir um Deus. Se ele é bom ou não cresce de uma observação e sentimento que são particulares a cada um. Mas ver-se nesse tipo de situação demonstra crescimento e amadurecimento, pois essa está entre as principais reflexões profundas da vida.
Muitas concepções do que seria gênio existem por aí, mas na verdade uma pessoa que consegue romper limites é genial. Talvez isso pareça muito pouco, mas olhe ao redor e veja aqueles que realmente conseguiram transcender dentro de suas próprias possibilidades. Infelizmente são muito poucos! Aquele que aprende com tudo o que passa, coloca em prática e consegue sempre se tornar melhor é genial, nem que seja ao menos um gênio no esforço.
Ao encarar a sua imagem no espelho de casa, procure pelo reflexo de alguém que te representa e não uma farsa moldada para atuar e entreter terceiros. Olhe para sua vida e verá que isso não traz felicidade, aprenda com a sabedoria que o tempo fornece para sua alma. Ao ceder aquilo que os sentimentos desejam te mostrar, ao se olhar no espelho o orgulho sempre prevalecerá.
Precisamos aprender com tudo o que passamos no decorrer da vida e, para que isso seja possível, momentos de reflexão necessitam ser criados. Olhar para dentro de nós e para todas as cicatrizes que carregamos, alimenta a consciência sobre tudo que está na bagagem e a compreensão disso nos torna pessoas melhores.
Temos que aprender com tudo o que passamos para sempre tirar o melhor daquilo que ainda está por vir. A vida realmente ensina, mas devemos nos permitir aceitar esse conhecimento, assim como faz a esponja com a água. Quando a idade avançar nunca teremos o arrependimento de pensar para onde os anos se foram, pois o fato de tirar o máximo deles nunca traz lamentação.
O saber é poder no mundo e, por mais que as páginas que lemos tragam uma boa bagagem, de nada vale se não colocado em prática. Quando testamos no mundo conceitos e teorias, aí sim realmente se aprende algo. O certo e errado as vezes é apenas uma questão de perspectiva. O que mais interessa é a experiência passada que traz a real sabedoria capaz de modificar universos.
Chegar a certo ponto da vida e fazer poesias e falar como se fosse detentor da verdade não te faz um sábio. O verdadeiro é aquele que viveu de tudo e muitas formas aprendeu. Esse pode falar com gabarito pois experimentou e criou calos, tratou feridas e carrega com orgulho cicatrizes.
Precisamos valorizar cada pedaço de chão que desponta a nossa frente, para que ele fique guardado na mente e venha a ressurgir sempre que for necessário. O conhecimento adquirido para o uso na realidade de nossas vidas se encontra no caminho que percorremos e todas as situações que devemos passar antes de chegar no destino final, pois encontrar o fim é apenas o detalhe de um recomeço.
Na vida são muitos os desafios e o tempo passa rápido, mas não deixa de ser um bom tempo. Por isso é complicado tirar o maior proveito das situações, crescer e progredir com elas se não paramos em algum momento para entender o que acontece a nossa volta e refletir sobre a estrada que escolhemos para caminhar.
