Por que eu sou o único machucado?
Você olha para os lados e vê pessoas aparentemente felizes, sem problema nenhum, enquanto você se sente no fundo do poço? Calma! Que tal fazer uma profunda reflexão para tentar mudar esse cenário? Acredite que você também pode alcançar a felicidade!
Compreensão alheia
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É preciso, para a nossa própria dor, que a gente comece a compreender a alheia. Se ela não aparece para o outro como insistiu em chegar por nosso íntimo, que nós sigamos com a nossa própria e aprendamos a lidar com ela da melhor forma possível. Ela vai chegar sem pedir licença, mas a nós é que vai caber a decisão de, então, hospedá-la ou não deixá-la em nossas vidas. Quer um conselho? Nesse momento, a visita dela é importante. É bom que a gente consiga sentir que, apesar de todas as felicidades que esperamos que nos aconteçam — inclusive de forma permanente — temos que saber conviver com momentos complicados, difíceis, incômodos e dolorosos. A dor também serve para fazer parte e é, de forma muito verdadeira, um dos estágios para que a superação chegue com toda a força que precisa.
Feliz entendimento
É dessa forma que a gente entender os porquês de sair machucado de tantas histórias. Tantos recomeços são sinceros e tantos finais não acontecem como a gente desejou que fosse. E, quando é assim, só o que resta é perguntar: por quê? Por que será? Em parte, eu passei a entender que é, basicamente, porque a gente deixa de entender que o fim pode chegar. É claro que a gente deve sim fazer de tudo para que ele dure, que se fixe em nosso coração e tenha motivos para permanecer em seu lugar no mundo pelo tempo que a gente desejar que fique. O problema não mora em quando a gente sonha com a eternidade, mas quando exigimos que ela aconteça sem sequer pensar ou cogitar outras maneiras para ser. Não vai ser eterno se a gente não se esforçar para cultivar e para entender que, assim como a gente se machuca, é preciso entender que há várias formas de sentir a dor — e que a nossa não é exclusiva e nem necessariamente a que vai acontecer com quem a gente ama e se decepciona. Nem sempre é assim.
Hora de melhorias
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Depois, a gente consegue, dessa forma, analisar melhor tudo o que é preciso. É nesse exato momento que torna-se possível responder a todas as perguntas que a alma faz perante à dor e que, quando estamos somente a senti-la sem poder nos concentrar em outras coisas, porque ela se faz tão presente a ponto de nos consumir. Mas, se reorganizarmos tudo e respeitarmos o ritmo que a vida pede que seja posto, vai ficar tudo bem. E isso não significa, de forma alguma, que tudo vai passar de uma hora para outra. Não vai, inclusive porque nunca passa, mas vai poder ser muito mais esclarecedor passar por isso de uma forma nova, que possa nos ajudar a prosseguir.
Um passo de cada vez
O primeiro passo é desacelerar. O desespero, no momento em que a dor chega, machuca ainda mais porque não nos deixa ver sequer uma possibilidade em nosso caminho para que possamos resolver aquela determinada situação. Por isso, mesmo em meio à dor que machuca a gente nesse momento, tente respirar com mais calma e esperar alguns segundos, minutos ou, enfim, o tempo que você julgar necessário para conseguir pensar numa boa decisão que seja realizável, porque também não vai adiantar que essa ideia fique só no papel. Se for assim, sem vivência, também não vai ser útil para você mesmo. Pense nisso e aja — é sempre bom, inclusive porque a gente nunca sabe de todas as coisas que podem acontecer.
Outro olhar sob a mesma coisa
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De alguma forma, a gente pode sim olhar sob outra ótica o fato de nos decepcionarmos com um amor. A gente pode aproveitar esse tempo de maneiras mais proveitosas, que façam com que a vida valha mais a pena quando, enfim, pararmos um pouco para pensar no que, efetivamente, ela tiver sido. O que podemos avaliar? Inúmeros pontos: o que aprendemos? Como aproveitamos a oportunidade de evoluir? Quantas novidades conhecemos? Como passamos esse tempo? O que sentimos depois de tudo isso? Cada pergunta é fundamental para ir muito além da dor e procurá-la no cerne, para curá-la com cuidado e toda compreensão que se faz necessária nesse momento.
Encontros e desencontros
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O que acontece de verdade é que às vezes a gente encontra o amor, mas ele mesmo tem radares falhos, procuras próximas ou longas demais, sempre nos extremos. E é aí que falha: não nos encontra para solicitar qualquer reciprocidade e assim segue seu caminho a procurar alguém que esteja disposto a dividi-lo. Sei que é complicado para os dois lados, que todos sentem a dor chegar e, dependendo do que se quer e de como se recebe a notícia ou se hospeda essa visitante incômoda, o tempo se arrasta ou é mais bondoso conosco, deixando que parta mais rápido, mas nunca antes do tempo de aprender o que era preciso e absorver todo o conhecimento necessário.
Uma única resposta
Eu só queria entender por que é que a dor tem me feito companhia tão frequentemente. De toda forma, não tenha adiantado muito essa vontade que me chega, porque peço aflita e ansiosa por cada resposta, mas, no fundo, sei que nem se elas chegassem a tempo que eu pudesse considerar hábil para me fazerem feliz apenas pela velocidade com que regressam. Eu não estaria em condição alguma de recebê-las nesse atual momento, quando o meu coração dói muito intensamente. Mesmo assim, tenho procurado seguir em frente — sei que é um santo remédio para esses casos em que a gente se decepciona amorosamente.
Faça diferente
O ser humano é diferenciado um do outro exatamente pelo que faz e por onde emprega a sua capacidade de viver bem e escolher os bons caminhos. Basta agradecer e agir sempre em prol do bem e das boas iniciativas, das felicidades que são diariamente endereçadas ao mundo, que os recebe sorridente, de coração aberto, sabendo como é bom poder contar com pessoas que se preocupam com os sentimentos alheios. Não se preocupe, martirize ou machuque: se importar é bom sinal. Espero que você nunca acredite quando disserem — e vão dizer, fique alerta a isso — que é algo ruim. Sentir nos torna pessoas melhores.
Fuga de confiança
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Tudo aquilo que foge da nossa alçada deve nos fazer entender que na verdade somos livres — não aprisionados pela culpa, como sempre pensamos. Nesse agora, ela nem sequer existe. Não se culpe por ter se apaixonado, por ter confiado, por ter acreditado nas boas palavras e boas ações: são atitudes de boas pessoas, que sempre, de alguma forma, fazem com que o mundo se diferencie e se distancie de sua má fama para a maioria das pessoas.
Curados em segredo
Sabe qual é o verdadeiro segredo? Amor-próprio. É a melhor cura para qualquer decepção ou tristeza que nos acometa. É que, nesses momentos, surgem todos os motivos do mundo para que a gente ache que todos os erros são nossos e que toda a culpa tem plena razão de recair sobre nossas costas. Mas é justamente nessa hora que o mais saudável que podemos fazer é balancear tudo o que sentimos. No sentido literal mesmo: o de pôr na balança da vida para pesar o quanto vale cada coisa, quanto temos de participação em tudo aquilo que machuca. Se tivermos, de verdade, vale muito a pena consertar esse erro de alguma forma, para aliviar o peso. Mas e se constatarmos que não temos culpa? Como fazemos para nos livrar dela? Mesmo sabendo que ela não nos pertence, parece que não contamos isso à nossa mente, que a todo momento desvia o nosso pensamento para o erro cometido e do qual, vale até ressaltar uma vez mais, nós não temos culpa.
Encontro de dentro
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Que a gente consiga acreditar mais no nosso potencial de superação. Que a gente possa ver que plano nenhum permeia a vida em sua totalidade e faz com que ela dependa de alguma concretização. Viver é uma ação que começa por dentro — alcança o coração para bater mais forte pela ideia de mudança positiva, os pulmões para um respirar mais livre e compassado, os olhos para se fecharem e conseguirem imaginar um novo futuro, a boca para proferir coisas mais positivas sempre que sentir que seja necessário, os braços e pernas para trabalhar arduamente em cada objetivo, o estômago para receber as borboletas que são características das novidades que se aproximam de nossas vidas.
A tantas mãos
Pode pedir ajuda se estiver difícil demais? Claro, desde que a decisão final parta do nosso coração e que ele diga a verdade: que quer mudar e assuma que precisa, porque o primeiro passo para qualquer alteração de vida é sempre a aceitação da atualidade e os planos para que tudo se modifique após o seu "sim" definitivo.
Poder absoluto
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A gente sempre ainda acha que não pode, que não vai superar, que não é o momento de tornar o pensamento leve… De uma vez por todas, quero estar afastado das lembranças que não tomam cuidado algum quando a intenção é só afligir. A gente não precisa sair machucado de lugar nenhum se não quiser, mas precisa tomar essa decisão.
Dependência própria
É real e muito verdadeiro: só depende da gente querer ir além do lugar escuro e comum que é ficar sentindo dor. Agora você já sabe os motivos pelos quais está doendo e, no fundo, sempre soube como enfrentá-los. Sempre soube como dizer a eles que não pertenceriam a você por muito tempo, apenas o suficiente para te fazer não pular uma etapa importante da vida, vivendo-a por inteiro. A luz que ilumina os pensamentos, o coração e os novos passos para que a gente siga também sob um novo traçado, novo rumo e novas metas é também nossa responsabilidade. Seria muito ousado se dissesse que o interruptor para acendê-la fica dentro do nosso coração? Ele é, ainda, automático: é movido pelo "sim" interior que a gente tanto reluta em dizer na maioria das vezes. Quer saber? Chegou a hora certa de dizer sim para as boas mudanças que anseiam em chegar. Chegou a hora de aceitá-las, cuidá-las com carinho e deixar que elas floresçam no jardim fértil que é o nosso próprio coração.
A normalidade da esperança
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Quando a gente espera demais por alguma coisa e as expectativas não são realizadas de acordo com os sonhos, é normal que a dor acometa por algum tempo. Mas é preciso entender que realmente nem tudo acontece como queremos e que, mesmo assim, mesmo que estejamos num estágio doloroso para passar e em que tudo lembra o desejo que tínhamos de que desse certo, é muito necessário que a gente não desista por causa desse pequeno passo em falso, por culpa desse deslize que, às vezes, faz parecer que os propósitos da vida vieram à ruína e que nada mais pode ser posto como inteiro ou sólido. Mas o que é preciso saber é que pode, sim. Pode ser inteiro, pode ser verdadeiro, pode fazer sorrir e batalhar de novo por quaisquer outros sonhos que a gente tenha, mas depende da nossa vontade própria para que o “clique” aconteça e as coisas se tornem gradativamente mais reais.