Juízes no Antigo Testamento da Bíblia

Nas páginas a seguir, leia o conteúdo integral do Livro dos Juízes. Este é um dos livros históricos do Velho Testamento.

Não existe um único autor para este livro, que foi compilado a partir de textos de épocas distintas. Acredita-se que a compilação se deu por volta dos séculos VII e VI a.C. As histórias contidas no livro falam de um período posterior à morte do profeta Josué. Nesse momento, os israelitas encerraram seus períodos de conquista e habitam a Terra Prometida. Porém, de quando em quando, o povo novamente vira as costas a Deus e passa a adorar deuses falsos. Abandonados pelo Senhor, os israelitas são atacados por nações inimigas e, quando se arrependem e tornam a Deus, Ele os envia um campeão para libertar o povo: estes são os Juízes a que se refere o título do livro. Eles eram líderes militares, governantes ou guerreiros. Dentre os juízes mencionados, os principais são Otoniel, Eúde, Débora, Baraque, Jefté e Sansão.

Outros juízes menores também aparecem na narrativa, mas não eram campeões do povo, e sim juízes de direito. Estes eventos ocorrem antes do início da monarquia, num período que durou cerca de três séculos, e se repetem de maneira cíclica. Os inimigos a serem combatidos pelos campeões escolhidos por Deus ganhavam poder sempre que o povo abandonava os preceitos divinos transmitidos por Moisés.

No livro revela-se que a aliança com Deus é a mais importante missão do povo de Israel. Mesmo que não houvesse reis, seria possível a cada tribo manter-se fiel a ela. Mas como a população eventualmente ignorava tal fato, acabava por sofrer com a justiça divina.

A narrativa do livro é triste, pois nela os humanos sempre se voltam novamente ao pecado. Ao final de Juízes, o povo de Israel está fragilizado, mesmo depois de serem tantas vezes salvos por Deus. Reflita com essa leitura histórica.