Tem que ter amor-próprio, sim! Você tem que gostar de si e ser sempre a pessoa mais apaixonada por você mesma! A única pessoa que se vê todo os dias é você mesma, no espelho. Então tem que se amar!
Ninguém além de mim sabe o quanto eu lutei pra chegar aonde estou, quantas lágrimas eu escondi e quanta força eu tive que ter pra sustentar este sorriso. Então eu tenho orgulho, sim, e vou ter pra sempre este sorriso aberto! Ninguém me para!
O fato de eu amar outra mulher além de mim não reduz a minha essência feminina. Minha sexualidade não define meu gênero! Continuo sendo mulher em tudo aquilo que sinto, faço, vejo e amo.
Desde quando me reconheci como uma mulher gorda, os comentários que já fizeram sobre o meu peso deixaram de ser ofensivos. Hoje, eu sou mais forte e vejo beleza em tudo o que existe em mim!
Os nossos corpos são naturalmente cobertos por pelos. Aceitar que eles fazem parte de nós e que não precisam ser removidos me ajudou a amar minha verdadeira imagem.
A minha personalidade e a minha essência são construídas a partir de experiências que só eu tive. A mulher que eu sou não admite o julgamento de outras pessoas sobre como eu deveria ser.
Todos os desafios que tive que enfrentar me fizeram crescer. Se hoje a minha aparência é essa, significa que a minha luta pode ser vista no corpo que me abriga.
Desde pequena, eu aprendi que as mulheres devem deixar o cabelo crescer porque só assim são femininas. Mas sei que, mesmo com os ombros e com a nuca aparecendo, eu continuo sendo linda e, principalmente, livre!
Quando reconheço na dor de outra mulher a minha dor, nos unimos. Dividimos o peso da nossa existência e compartilhamos a nossa leveza: somos mais fortes. Enquanto estivermos juntas, eu sei que tenho em quem me fortalecer.
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Eu sou a única pessoa que pode dizer quem eu sou. A opinião dos outros sobre mim importa só para eles, pois a minha autoconfiança impede que eu dê ouvidos a quem não me faz bem.
Não sou silêncio: a voz que eu tenho diz sobre a minha dor, a minha crença e o meu desejo. Eu não vou me calar até conseguir ser quem eu sou, livre de julgamentos!
A forma como mostro o meu corpo não dá direito a ninguém sobre ele e não diz nada sobre o meu caráter. Independentemente de usar calça, shorts, vestido ou biquíni, quero ser respeitada!
Sim, mulheres, nós podemos!
As conquistas que tive até aqui me fizeram ser uma mulher poderosa, mas a forma como eu me vejo e me sinto, quando aprendi a me enxergar como uma voz a ser ouvida, me fez empoderada.
Quando olho para a história dos meus ancestrais, eu sei que a minha negritude carrega a força de um passado difícil, mas que permitiu que eu fosse livre. O poder que eles não tiveram, atualmente eu tenho e me orgulho disso.
Ainda que pessoas como eu sejam pouco representadas, nós existimos! Não tenho a aparência padrão que aceitam como bela, mas vejo nos meus ancestrais e nos meus iguais a mesma beleza que há em mim. E sou feliz assim!
Não preciso de uma legenda para justificar o óbvio: hoje, eu acordei me sentindo bem comigo mesma e com a aparência que tenho. Eu amo o meu corpo, quem eu sou e consegui tirar uma foto que mostre isso.
É difícil o processo de se conhecer. Olhar para quem eu sou sem qualquer artifício, natural. Mas foi quando me senti confortável na frente de um espelho que reconheci a importância de amar quem somos, independentemente do padrão de beleza que nos é imposto no dia a dia.
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