Primeiro: desacreditar as testemunhas. Segundo: apresentar um novo suspeito. Terceiro: enterrar a prova. Damos tantas informações, que o júri vai deliberar com uma única sensação: dúvida. É assim que você se safa de homicídio.
Apenas gosto de deixar os outros desconfortáveis.
Eu sou quem eu sou. Se você não gosta, eu não ligo.
Reflita. Tudo agora vai moldar sua carreira e sua vida. Numa empresa, entre contratos e assistentes gordas, antes de se matar com um tiro na boca ou comigo, para ser alguém que agrade você. Decida. Quer o emprego ou não?
Olhem em volta. A garota quieta com quem divide anotações, o cara bonito de quem gosta, aquela garota tagarela e perguntem se sabem mesmo quem são essas pessoas. Melhor terem bons instintos ou escolherão a pessoa errada para trabalhar em grupo, para dormir ou até se casar.
Fazer a testemunha confessar é a coisa mais difícil e divertida de ser advogada de tribunal. Comecem com bolas leves. Falem da vida pessoal, suas famílias, qualquer coisa para aquecê-los. Não são mais advogados. São detetives interrogando. Não pergunte a verdade. Tem que arrancar deles incansavelmente, atrás da resposta que quer. É claro que tem que mentir.
Deixe eu adivinhar, mandaram eu parar de envergonhar a polícia no tribunal.
Rezar é para os fracos, eu prefiro acabar com você no tribunal.
A pergunta mais frequente que faço como advogada de defesa é se posso dizer se meu cliente é inocente ou culpado. Minha resposta é sempre igual: não me importo. Não é por ser insensível, porém a questão está aberta, mas porque meus clientes como todos aqui dentro, mentem.
Promotores falam de tudo. Nem sempre é verdade. É sempre bom ler provas que estão à sua frente.
O que já cansei de repetir? Não tem verdade no tribunal. Só tem sua versão contra a dos outros. A justiça é assim. Não tem certo, nem justo. É só a versão mais convincente.
Vi quem você era. Reconheci você. Você é zangada, retruca, usa as pessoas. É que não sabe outro modo. Está só há tanto tempo, que não sabe como é amar alguém.
Bom dia. Não sei que coisas horríveis vocês já fizeram, mas se vão fazer a minha aula, tem alguma coisa errada. Sou a professora Annalise Keating, de Direito Penal ou, como prefiro dizer: Como se livrar de um homicídio.
Diga. Diga e será verdade.
Não somos monstros. Não amarramos as pessoas e a prendemos contra a vontade.
Sério? Saiu com tantos rapazes desde que teve o coração partido que não lembra o nome deles?
O importante é que lembram o meu.