Sokar
Um dos deuses mais antigos do panteão egípcio, foi adorado desde o período pré-dinástico, Sokar, também conhecido como Seker ou Sokaris, é um deus funerário da mitologia egípcia venerado na região de Mênfis, em especial em Sakara, a necrópole que atendia a cidade.
Deus funerárioO deus Sokar, também conhecido como Seker ou Sokaris, é um deus funerário da mitologia egípcia. Sokar era venerado na região de Mênfis, em especial em Sakara, a necrópole que atendia a cidade. Sokar é um dos deuses mais antigos do panteão egípcio, sendo adorado desde o período pré-dinástico. Seu domínio era o submundo e a vida após a morte. Assim como Osíris, outro deus relacionado à morte e ao submundo, Sokar também possuia aspectos ligados à agricultura e à fertilidade.
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CultoAlém de seu principal centro de adoração, em Mênfis, Sokar também era homenageado em Tebas, onde um grande festival ocorria todo ano. Nessa cidade, Sokar era visto como uma reencarnação de Osíris.
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Osíris
Outra possibilidade para o nome de Sokar é que essa palavra soaria como o grito de ajuda que Osíris lançou à Irís durante sua aflição. Isso relacionaria Sokar de forma mais intensa a um dos mais importantes deuses egípcios, que representava tanto os ritos funerários, quanto o renascimento.
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Império AntigoDurante esse período, Sokar for associado ao principal deus da região de Mênfis, Ptah. Tal relação fortaleceu seu aspecto de trabalho: Sokar era visto como o deus patrono dos artesãos e dos trabalhadores que construíam a necrópole e os artefatos usados na mumificação. Sua relação com a agricultura era demonstrada em representações do deus construindo canais e valas.
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Esposa
Quando na forma de Ptah-Sokar, o deus tinha como esposa a deusa Sekhmet, deusa da vingança e da medicina. Sekhmet era uma deusa feroz, que foi enviada à Terra por Rá para punir os humanos pecadores. Sua fúria era tão grande, que foi preciso embebedá-la com vinho para que ela não acabasse por destruir toda a humanidade.
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Império NovoO Império Novo foi quando a maioria das representações de Sokar foi encontrada. Também neste período, o sincretismo de Sokar com outros deuses foi mais intenso. No Egito, era comum a fusão de diferentes divindades num só deus. Sokar, que já era fortemente relacionado a Ptah e Osíris, passou a ser cultuado como o deus triplo Ptah-Sokar-Osíris. Esse deus representava três dos principais aspectos do universo: criação, estabilidade e morte.
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Mênfis
A cidade na qual o culto a Sokar existiu com mais força, foi, durante muito tempo, um dos principais centros religiosos e comerciais do Egito, além de ter sido capital do Alto Egito durante o Império Antigo. Um dos maiores edifícios da cidade era o templo de Ptah. Mênfis era presidida por três divindades: Ptah, o criador, Sokar, o deus do submundo e protetor da necrópole, e Nefertum, o deus do Sol.
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SubmundoExistem diferentes explicações para o nome de Sokar. Uma é “aquele que está encerrado”, devido à sua associação ao túmulo e seu papel de guardião das portas do submundo. Textos funerários apontam, ainda, que seu nome significa “limpeza da boca”, que era uma referência a um dos rituais funerários.
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Festival
Em Mênfis, acontecia anualmente um festival em homenagem a Sokar. Uma representação do deus era colocada numa barca, carregada por sacerdotes. Os que carregavam a barca eram vistos como afortunados, tendo sorte na outra vida. Os fiéis usavam colares de cebola, que representavam tanto o lado agricultor do deus, quanto seu aspecto funerário, pois cebolas eram usadas no embalsamento.
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RepresentaçãoSokar foi representado de diferentes formas ao longo dos anos. Acredita-se que sua representação original era a de um falcão sentado numa pedra. A mais comum era a de um homem mumificado com cabeça de falcão, podendo ter um coroa ou não. Outras, incluem Sokar emergindo de um montículo de terra.
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