Tem muita gente se aproveitando e querendo se promover às custas do Chorão. Só peço para vocês prestarem bastante atenção em quem fechava com ele e quem não. Tem muita gente que ele nem curtia e falava mal dele.
O pessoal tinha preconceito ou não acreditava na gente, inclusive dentro da minha própria família. É normal em qualquer carreira, mas foi difícil. Eu nunca fui de jogar na cara nem nada disso. Mas eu sei que hoje eles olham e falam: 'Ele conseguiu'.
Deixar de morar com os pais, comprar uma casa… tudo isso eu consegui com o NX.
Minha superação foi com ajuda da banda.
O meu ídolo na música é o Herbert Vianna. Uma pessoa muito talentosa por quem tenho profunda admiração.
A relação com os fãs
Diego Ferrero
Muito próximo, conversamos com todos. As pessoas pensam que de alguma forma podemos ser arrogantes ou metidos, mas quando conversam conosco, percebem que somos pessoas simples, que estamos abertos para todos.
Estou ouvindo muito Sandra de Sá, que eu não conhecia. Ela chamou a gente pra fazer algumas coisas e a gente ficou muito empolgado. E muitas coisas dos anos 80 também. Como sou de 1985, a minha época era mais do Rappa, do Charlie Brown, Raimundos. Eu parei para ouvir muita coisa direito, Ultraje a Rigor, Capital Inicial, Legião Urbana, Barão Vermelho. Em casa, não tenho ouvido muito rock, apesar de fazer rock. Estou indo atrás de uns compositores antigos como Adoniran Barbosa, Cartola. Acho feio não conhecer esses caras.
Os mais velhos
Diego Ferrero
Uma galera mais velha está indo aos shows, no começo eram só meninas mesmo. Não que seja ruim, com muita gente foi assim, com os Beatles foi assim. A gente vai crescendo, os fãs querem alguma coisa nova.
Todas as idades
Diego Ferrero
Tem um público novo se identificando com as músicas.
Atitude não tem nada a ver com drogas.
Pra mim são opostos, sempre foi!
Outro emprego
Diego Ferrero
Nunca tive uma outra profissão.
Nunca nem me passou pela cabeça...
Nessa cena independente que a gente falou, os fãs que iam no show, tinham ciúme daquilo virar uma coisa grande.
E a gente ir nos programas de TV, é como se fosse só pra eles, aquilo! Tinha um público assim.
Eu tenho orgulho do meu pai até hoje, por ele fazer isso e é um grande exemplo pra mim...
Cedo demais
Diego Ferrero
O trauma que eu tive foi porque a gente começou a tocar cedo: aos 16 anos já tocava no NX. Por esse motivo, eu deixei de sair, de curtir muita balada e festas com amigos.
Quando você namora tem que ser fiel, porque se não for assim nem vale a pena ficar com uma pessoa, namorar, casar. E na amizade a fidelidade também é fundamental.
Emoção
Sobre o Rock in Rio
Nem sei dizer o que aconteceu. Ainda nem acredito que tocamos naquele palco enorme!
Fico feliz demais em imaginar que isso possa acontecer, pois procuramos fazer o melhor para os fãs e se pudermos os inspirar de alguma forma, será muito gratificante.
Influências
Diego Ferrero
Gosto de vários sons, entre eles, Silverchair, Incubus, U2, John Mayer, Racionais, Adoniran Barbosa, Paralamas do Sucesso.
Os adolescentes adoraram esse disco! Esse amadurecimento!
Meus pais trabalhavam num templo ecumênico e foi quando eu comecei a cantar, aos 7 anos!
Tinha uma cena acontecendo em São Paulo, independente que não dependia de TV, de rádio, de nada!
A gente estava fazendo uma 'parada', e eu fico tão feliz quando falo disso, que depois vieram rotular isso de 'emo' e era uma coisa tão legal no começo... E depois quando virou uma coisa da imprensa e tal, virou uma coisa negativa.
Mas no começo eram todas as bandas juntas, ai começou a levar mil pessoas, duas mil pessoas nos shows e cada um emprestando instrumento pro outro e tal.
Composições
Diego Ferrero
Em todos os outros discos e nas outras músicas, eu precisava viver alguma coisa para escrever sobre aquilo. Nesse álbum, já existem histórias que eu inventei ou ouvi de alguém algo que me chamou a atenção.
(Sobre o álbum "Em comum")
Esqueça todos os álbuns do NX Zero. Só feche os olhos e ouça.
Projeto Paralelo
Diego Ferrero
Em "Projeto Paralelo", eu pude ver outros artistas gravando e ver como eles fazem as músicas. Fazer música com eles influencia muito. É como um curso, uma faculdade que você vai fazendo.
Eu não sou de família rica, mas meus pais apostaram em mim muito!
Acho que não era maduro o suficiente pra escrever e agora, depois de dez anos, eu consegui começar a fazer isso, porque não fico preso a temas e posso ir além.