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Biografia de Hugo Chávez

Hugo Chávez Frías foi um político e militar venezuelano, tendo sido presidente da Venezuela. Líder da Revolução Bolivariana, Chávez advogava a doutrina bolivarianista, promovendo o que denominava de socialismo do século XXI. Conheça-o!

28/07/1954 05/03/2013
Sinopse

Hugo Rafael Chávez Frías GColIH (Sabaneta, 28 de julho de 1954) é um político e militar venezuelano. É o 56º e atual presidente da Venezuela. Como líder da Revolução Bolivariana, Chávez advoga a doutrina bolivarianista, promovendo o que denomina de socialismo do século XXI. Ele é também um crítico do neoliberalismo e das relações exteriores dos Estados Unidos.
Um oficial militar de carreira, Chávez fundou o Movimento Quinta República, da esquerda política, depois de capitanear um golpe de estado mal-sucedido contra o governo de Carlos Andrés Pérez. Chávez foi eleito presidente em 1998, encerrando o Pacto de Punto Fijo, que perdurara por quarenta anos, com uma campanha centrada em promessas de ajudar a maioria pobre da Venezuela. Com o respaldo de numerosos referendos e eleições, Chávez logrou a possibilidade de se reeleger, vencendo os pleitos de 2000 e 2006.
Na Venezuela, Chávez estruturou as missões bolivarianas, cerne de sua política assistencial, cujo objetivo é combater as doenças, o analfabetismo, a desnutrição, a pobreza e outros problemas sociais. Obtendo enorme popularidade, fundiu vários partidos de esquerda venezuelanos no PSUV, centralizou o poder e controla a Assembleia Nacional, o Tribunal Supremo de Justiça, o Banco Central da Venezuela e a indústria petrolífera. Chávez promoveu internacionalmente o antiamericanismo e o anticapitalismo, apoiou a autossuficiência econômica, e defendeu a cooperação entre as nações pobres do mundo, especialmente aquelas da América Latina. Sua atuação na região incluiu a criação da ALBA e o apoio financeiro e logístico a países aliados.
As políticas de Chávez têm evocado controvérsias na Venezuela e no exterior, polarizando opiniões de analistas. O governo dos Estados Unidos afirma que Chávez é uma ameaça à democracia na América Latina. Observadores internacionais, como Jimmy Carter e a ONG Human Rights Watch, criticam o "autoritarismo" de Chávez e o "amplo espectro de políticas que minaram os direitos humanos" no país, durante seu governo. Por outro lado, muitos outros governos simpatizam com sua ideologia e/ou agradecem as trocas bilaterais e os acordos de ajuda mútua. Em 2005 e 2006 ele foi nomeado uma das 100 pessoas mais influentes pela revista Time.


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Atividade política - Parte I

No dia 4 de fevereiro de 1992, o então tenente-coronel Hugo Chávez, comandando cerca de 300 efetivos, protagonizou um golpe de Estado contra o presidente Carlos Andrés Pérez, da Acción Democrática (1974-1979 e 1989-1993).
Os partidários de Chávez justificam essa ruptura constitucional como uma reação à crise econômica venezuelana, marcada por inflação e desemprego decorrentes de medidas econômicas adotadas por Pérez, logo após a sua posse, face à grave situação econômica que o país estava passando.
De fato, violentas manifestações populares já há tempo vinham ocorrendo. A maior delas foi o chamado "Caracazo", uma revolta espontânea motivada pelo aumento do preço das passagens de ônibus, que ocorreu em 27 de fevereiro de 1989, em Caracas.
Durante o "Caracazo", ônibus eram apedrejados e queimados em todo o país, e lojas, supermercados, shopping centers, pequenos comércios, nada escaparia aos saques de uma turbulência em que já não se podia discernir o que eram trabalhadores em protesto ou simples miseráveis famintos. Gangues urbanas se juntaram à confusão para promover vandalismo, roubos e invasões de estabelecimentos".
Embora fracassada, a tentativa de golpe em 1992 serviu para catapultar Hugo Chávez ao cenário nacional, depois de amargar dois anos de cadeia. Após o fim do mandato de Carlos Andrés Pérez, graças a uma anistia do novo presidente, Rafael Caldera Rodríguez, Chávez abandona a vida militar e passa a se dedicar à política. O agravamento da crise social e o crescente descrédito nas instituições políticas tradicionais o favorecem.
Em 1997, fundou o Movimiento V República (MVR) e, nas eleições presidenciais de 6 de dezembro de 1998, apoiado por uma coligação de esquerda e centro-esquerda - o Polo Patriótico - organizada em torno do MVR, Chávez foi eleito com 56% dos votos.


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Atividade política - Parte II

Assumiu a presidência da Venezuela em 1999, para um mandato inicialmente previsto de cinco anos, pondo fim a quatro décadas de domínio dos chamados partidos tradicionais - Acción Democrática (AD) e Comité de Organización Política Electoral Independiente (COPEI).
Ao tomar posse, em 2 de fevereiro de 1999, decretou a realização de um referendo sobre a convocação de uma nova Assembléia Constituinte. Em 25 de abril de 1999, atendendo ao plebiscito, 70% dos venezuelanos manifestam-se favoráveis à instalação da Constituinte.
Nas eleições para a Constituinte, realizadas em julho de 1999, os apoiadores de Chávez - a coligação Pólo Patriótico - conquistam 120 dos 131 lugares. A nova constituição foi redigida e, após submetida a plebiscito, é aprovada por 71,21% dos eleitores.
Do ponto de vista da estrutura de poder político, a Constituição da Quinta República (mais tarde denominada República Bolivariana de Venezuela) outorgou maiores poderes ao presidente, ampliando as prerrogativas do executivo em detrimento dos demais poderes. O parlamento torna-se unicameral, com a extinção do Senado. A nova Constituição também aumentou o espaço de intervenção do Estado. Houve também avanços no tocante ao reconhecimento de direitos culturais e lingüísticos das comunidades indígenas.
Em razão da nova ordem constitucional, foram realizadas novas eleições presidenciais e legislativas em 30 de julho de 2000, nas quais Chávez foi reeleito presidente da República, com 59,7% dos votos e o Polo Patriótico conquistou a maioria dos lugares na Assembleia Nacional.


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Tentativa de golpe de Estado

No dia 11 de abril um grupo de manifestantes fez uma marcha, para pedir a demissão de Chávez,. A marcha no entanto teve seu trajeto alterado durante o evento, por seus organizadores, para o Palácio de Miraflores. Onde se encontrava uma contra-manifestação de apoio ao presidente. Quinze pessoas acabariam mortas e mais de 100 feridas em resultado de confrontos entre as duas facções. Não é ainda claro quem foram os responsáveis pelos acontecimentos, circulando diferentes versões em torno dos mesmos. Entretanto, em meio ao golpe, Chávez para as transmissões das televisões privadas e as altas patentes militares pedem a demissão do presidente.

No dia 12 de abril o general Lucas Rincón, chefe das Forças Armadas, anunciou que Chávez se tinha demitido, tendo o presidente da Fedecámaras, Pedro Carmona, assumido a presidência da República. Na meia noite de sábado para domingo Hugo Chávez conseguiu enviar uma mensagem dizendo: "No he renunciado al poder legítimo que el pueblo me dio. Por siempre Hugo Chávez".
Carmona dissolveu a Assembleia, os poderes judiciais e atribuiu-se a si próprio poderes extraordinários. Carmona declarou publicamente que no prazo de um ano se celebrariam novas eleições presidenciais e legislativas. Os eventos geraram levantamentos populares nas ruas de Caracas protagonizados por apoiantes do presidente deposto.
Soldados leais a Chávez, reagindo aos acontecimentos, após se darem conta do tremendo clamor e apoio popular a Chávez, organizam um contra golpe de Estado e retomaram o Palácio de Miraflores. Diosdado Cabello, vice-presidente de Chávez - que tinha permanecido fiel ao regime - assumiu a liderança temporária do país e declarou que: "a ordem Constitucional estava plenamente restabelecida e que as autoridades legítimas exerciam suas funções".
Nas horas seguintes Chávez foi libertado da prisão na ilha de La Orchila e regressa a Caracas - onde foi recebido por uma multidão que gritava: "Chávez, Chávez..", "Chávez te queremos" - para retomar a chefia do estado
Logo após a reversão do golpe de estado, intentado contra Chávez, a imprensa venezuelana mostrou-se dividida quanto à sua interpretação e às suas conseqüências. Segundo a BBC, a maioria da imprensa demostrou "menosprezo" em relação à tentativa de golpe.
Vários integrantes do governo dos Estados Unidos haviam mantido freqüentes contatos com diversos líderes golpistas, nos meses e, principalmente, nas semanas anteriores ao golpe. Entretanto o governo americano negou, por diversas vezes, que estivesse patrocinando, ou sequer apoiando, qualquer solução não-democrática para a Venezuela: Os Estados Unidos não sabiam que haveria essa tentativa de derrubar ou de tirar de Hugo Chávez do poder, declarou um alto oficial do governo americano (Newsday, 11/24/2004). O governo de Chávez alegou, meses depois do golpe, que os Estados Unidos apoiaram o golpe de estado, afirmando que nos dias do golpe os radares do país detectaram a presença de navios e aviões militares americanos em território venezuelano.
Em 2008 as suspeitas de que os Estados Unidos estiveram "envolvidos" no golpe de Estado de 2002 contra o presidente venezuelano, Hugo Chávez foram confirmadas, conforme denunciou a ONG americana National Security Archive.
Em 4 de junho de 2002 a Assembléia Geral da Organização dos Estados Americanos aprovou uma Declaração Sobre a Democracia Na Venezuela, condenando o golpe de estado ocorrido em 11 de abril daquele ano.


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Política social

A política social foi uma das principais propagandas do governo Chávez. Os ganhos com o petróleo não resolvem os problemas de infra-estrutura. Segundo o Instituto Nacional de Estatísticas, a pobreza ainda atinge 60,1% da população. Por causa das missões bolivarianas, a Venezuela foi declarada pela UNESCO, livre do analfabetismo, por ter uma taxa de analfabetismo inferior a 4%.


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Política externa

Chávez buscou alianças com governos de esquerda da América Latina, culminando na formação da ALBA. Entre seus principais apoiadores na região, encontram-se os presidentes da Bolívia e do Equador, Evo Morales e Rafael Correa. Chávez também defendeu numerosas vezes o governo do presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad, além de ter se aproximado da Rússia.
A política externa do governo Chávez antagonizou o governo colombiano, na figura do presidente Álvaro Uribe Vélez, a ponto de gerar uma crise diplomática em 2008. Chávez se opôs às ações militares de Israel no Oriente Médio e ao governo de George W. Bush, nos Estados Unidos.


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Vida pessoal

Chávez é o segundo de seis filhos de Hugo de los Reyes Chávez e de Elena Frías de Chávez, ambos professores de carreira. Hugo e o seu irmão mais velho foram viver com a avó paterna Rosa Inés a pedido do pai, ainda durante a infância.
Frequentou a escola primária no Grupo Escolar Julián Pino, em Sabaneta. O ensino secundário foi cursado no Liceu Daniel Florencio O Leary, na cidade de Barinas. Desde a sua juventude, Chávez é um apreciador de atividades esportivas, em particular do baseball.
Aos dezessete anos, Chávez ingressou na Academia Militar da Venezuela, graduando-se, em 1975, em Ciências e Artes Militares, ramo de Engenharia. Prosseguiu na carreira militar, atingido o posto de tenente-coronel.
Chávez casou-se duas vezes: a primeira com Nancy Colmenares, com quem teve três filhos (Rosa Virginia, María Gabriela e Hugo Rafael) e a segunda com a jornalista Marisabel Rodríguez, de quem se separou em 2003 e com quem teve uma filha, Rosinés. Além disso, Chávez também manteve uma relação amorosa por cerca de dez anos com a historiadora Herma Marksman enquanto era casado com a sua primeira esposa.
Os sítios de notícia o dão como responsável pelo cancelamento de concessoes de funcionamento a canais de televisão e rádios do setor privado. Ainda há aqueles que denunciam o seu governo como uma ditadura, que persegue os adversários políticos.
Lado outro, autores diversos afirmam que Chaves não é ditador, pois ( foi eleito) e o povo venezuelano tem manifestado o poder por meio de referendos e plebiscitos.


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Governo Chávez Parte I

Em novembro de 2000, a Assembléia Nacional tinha aprovado a denominada Ley Habilitante, por meio da qual o presidente poderia governar por decreto durante o período de um ano, sem necessitar da Assembléia Nacional para aprovar leis. A medida foi muito criticada alegando-se que os poderes extraordinários concedidos a Chávez seriam ditatoriais.
Entre esse mês e novembro do ano seguinte, Chávez promulgou um total de 49 decretos. Entre esses encontravam-se a Lei de Hidrocarbonetos, que fixava a participação do Estado no setor petrolífero em 51%, e a Lei de Terras e Desenvolvimento Agrário, prevendo a expropriação de terras latifundiárias. As novas leis estariam na origem de contestação social, oriunda principalmente dos sectores empresariais, mas que em breve se estendeu aos sindicatos, aos setores conservadores da Igreja Católica (a Igreja Católica, oficialmente, não endossa nenhum partido político) e televisões privadas, que acusavam o presidente de querer tornar a Venezuela um país comunista.
Entretanto, Chávez dedicou parte do ano de 2001 a uma série de périplos internacionais, visitando Portugal, onde manteve uma audiência com o presidente Jorge Sampaio, que o agraciou com o Grande-Colar da Ordem do Infante D. Henrique a 8 de Novembro. Aproveitou ainda para se deslocar à ilha da Madeira, de onde é oriunda uma importante comunidade emigrante residente na Venezuela, tendo sido recebido pelo presidente do governo regional Alberto João Jardim.


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Governo Chávez Parte II

No dia 10 de dezembro de 2001, a Federación de Cámaras, de Comércio y Producción (Fedecámaras), que agrupa os setores empresariais do país, e a Confederación de Trabajadores de Venezuela (CTV, Confederação de Trabalhadores da Venezuela) convocaram uma greve de 12 horas em protesto pelas medidas governamentais. Classificada de sucesso pelos organizadores, a greve não conseguiu no entanto revogar as leis aprovadas.
No final de fevereiro de 2002, Chávez decidiu demitir os gestores da companhia estatal Petróleos da Venezuela (PDVSA) e substitui-los por pessoas da sua confiança, o que gerou profundas críticas. Em protesto, e para tentar forçar a saída do presidente, seus opositores se apoderaram do controle sobre os poços de petróleo. A PDVSA controla 95% da produção venezuelana, operando 14.800 poços de petróleo. Metade deles foi paralisada devido à greve dos trabalhadores da empresa. O descontentamento com a liderança de Chávez começa a atingir alguns sectores do exército e antigos apoiantes o abandonam, como Luis Miquilena (um dos fundadores do partido Movimiento V República).
Face aos acontecimentos, a Confederação de Trabalhadores (CTV) decidiu convocar uma nova greve em solidariedade com os gestores e outros trabalhadores afastados da PDVSA. A greve foi convocada para o dia 9 de abril de 2002 e deveria ter a duração de dois dias, mas acabou por se prolongar.


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Greve de 2002 e referendos

Em outubro de 2002 uma nova greve paralisou o país durante 9 semanas.
A Coordenadora Democrática (uma coligação de partidos de direita e de esquerda, liderados pela Súmate, ONG contra o governo chavista), organizou no final de novembro de 2003 uma recolha de assinaturas cujo propósito era convocar uma consulta popular na qual os venezuelanos se pronunciariam sobre a permanência ou não de Hugo Chávez no poder.
O referendo teve lugar no dia 15 de Agosto de 2004; 58,25% dos votantes apoiaram a permanência de Chávez na presidência até ao fim do mandato, que ocorreria nos próximos dois anos e meio.
A oposição alegou que tinha sido cometida fraude, mas os observadores internacionais presentes durante o processo (entre os quais se encontravam o antigo primeiro-ministro português António Guterres e Jimmy Carter) consideraram que o referendo ocorreu dentro da normalidade e legalidade. A vitória de Chávez foi reconhecida como legítima, com algum atraso, pelos Estados Unidos.
O Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos aprovou, em 16 de dezembro de 2002, a Resolução CP/RES. 833 (1349/02), na qual demonstrou preocupação com certas ações da Coordenadora Democrática - inconformada com sua derrota no plebiscito - e a exortou a encontrar uma solução democrática para suas pretensões.
Nas eleições presidenciais da Venezuela de 2006, Hugo Chávez Frias foi reeleito com 62.9% dos votos, derrotando Manuel Rosales, que teve 36.9%. Pouco depois Chávez anunciou que iria unir os 23 integrantes de sua coalizão em um único partido, o "Partido Socialista Unido da Venezuela", sob seu controle direto, para acelerar a revolução socialista.
Reconduzido ao poder em 2007, sem oposição no Congresso (a oposição boicotou as últimas eleições legislativas), Chávez ganha em janeiro de 2007 poderes amplos para governar por 18 meses através de decretos-lei em 11 áreas do país, através da Lei Habilitante.
Em 2 de dezembro de 2007 a reforma à constituição da Venezuela, proposta por Chávez, foi submetida ao veredicto do povo da Venezuela, num plebiscito, que foi acompanhado por observadores de 39 países. O povo teve a opção de aprová-la, votando "Sí", ou de rejeitá-la, votando "No".
Após uma agitada campanha, em que cada lado defendeu seus pontos de vista, o povo venezuelano rejeitou as propostas de emendas à constituição da Venezuela, por pouco mais de 50% dos votos, o que confirmou as previsões das últimas pesquisas de opinião feitas por órgãos independentes. O comparecimento às urnas foi de 55,1% e a abstenção de 44,9%.
O presidente Hugo Chávez reconheceu a vitória de seus opositores e os parabenizou publicamente:
"Parabenizo os meus adversários por esta vitória. Com o coração digo a vocês que por horas estive em um dilema. Saí do dilema e já estou tranqüilo, espero que o venezuelanos também".
"Deste momento em diante, vamos manter a calma" (…) "Não há ditadura aqui (…)"
A Assembléia Nacional Venezuelana propôs, a 9 de dezembro de 2008, formalmente, a realização de uma emenda à Constituição Nacional para permitir a reeleição presidencial indefinida de Hugo Chávez, tal como este tinha pedido. A formalização da proposta foi transmitida em simultâneo e obrigatoriamente pelas rádios e televisões do país.
A Fedecámaras condenou aqueles que estão propalando boatos dando conta de que Hugo Chávez tentaria impor ao país as reformas, derrotadas no plebiscito: "Si alguien dijo que hay que oír al pueblo fue el presidente y sabemos que el honrará sus palabras"
O ano de 2009 se inicia quando, por ordem de Chávez, a Venezuela expulsa o embaixador e delegação de Israel, em represália à intervenção militar israelense na Faixa de Gaza, em 6 de janeiro.


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Economia da Venezuela no governo Chávez

De acordo com o CIA World Factbook, a economia venezuelana melhorou entre 2004 e 2007. Seu PIB real, ajustado para a paridade de poder aquisitivo, cresceu 18% em 2004 - recuperando o crescimento negativo dos anos anteriores - 11% em 2005 e 9% em 2006, e as estimativas para 2007 variavam entre 7 e 8%. A inflação, que atingiu uma taxa pico de 30% a.a. em março de 2004, recuou para menos de 10% a.a. em março de 2005 e ficou acima de 30% em 2008 (estimada).
De acordo com a CEPAL o número de venezuelanos abaixo da linha de pobreza caiu de 49.9% em 1999, quando Chávez assumiu, para 37,1% em 2005, e o poder aquisitivo das classes D e E aumentou 150% no período. Isso provocou uma enorme demanda no setor de produtos alimentares, que se vê pressionado e, muitas vezes, é incapaz de atendê-la. Tradicionalmente - desde 1930, quando a Venezuela, ao invés de desvalorizar a moeda para proteger sua agricultura, optou por importar tudo o que consome, usando para isso suas receitas do petróleo - o país produz muito poucos alimentos.
Em 2009, o país entra numa profunda crise, resultante da questionável política econômica centralizadora do governo Chávez. O presidente chegou a propor que os venezuelanos tomassem menos banho para economizar água e energia.Não obstante, procedeu à nacionalização de todos os bancos que se recusassem a oferecer mais crédito aos correntistas.
O petróleo é a maior riqueza da Venezuela, e responde por 90% de suas exportações, 50% de sua arrecadação federal em impostos, e 30% do seu PIB. Os maiores importadores de petróleo venezuelano foram, em 2006, Bermuda 49.5% (paraíso fiscal, presumíveis re-exportações.), Estados Unidos 23.6%, e Antilhas Holandesas 6,9% (paraíso fiscal, presumíveis re-exportações.).
Apesar das riquezas geradas pelo petróleo, 37.9% da população venezuelana vive abaixo da linha de pobreza (final de 2005, est.); seu coeficiente de Gini foi estimado pela ONU em 48.2 (2003), um dos trinta piores resultados no planeta. Países que possuem produção petrolífera muito acima de seu consumo, e baseiam sua economia nisso, costumam experimentar a doença holandesa — têm sua riqueza extremamente mal distribuída (geralmente concentrada nas mãos de uma pequena elite), e não desenvolvem outros potenciais econômicos pela facilidade demasiada que a extração de petróleo proporciona, e a Venezuela não é exceção.


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