Não tenho ídolos, acho que isso é "puxar o saco", mas admiro muitas pessoas destas décadas, como Elvis Presley, Beatles, os punks Sex Pistols e David Bowie. Também gosto muito da música brasileira desta época, principalmente dos trabalhos de Chico Buarque, Vinícius de Moraes e Tom Jobim.
Infelizmente, eu não posso falar tudo o que eu penso de política.
Ser punk é pegar uma coisa simples e transformá-la. Sou punk da minha butique, do jeito que eu quero me expressar. Punk pode ser diversão e política. Meu pai é totalmente punk porque ele quer mudar as coisas, ele luta pra isso. Tem gente que coloca umas tachinhas na roupa e diz que é anarco-punk, mas não faz nada pra mudar as coisas.
Não é legal viver do passado, devemos pensar no futuro, e principalmente olhar para o presente, prestar atenção nas coisas boas que estão acontecendo agora.
Só aconteceram coisas positivas, conheci boas pessoas, mostrei um lado diferente da minha personalidade e ainda consegui um bom retorno financeiro.
Sobre Alexandre Frota
Supla
O Frota é engraçado, apesar do jeito que ele tem de tratar as mulheres. Eu gosto do jeito dele de se expressar, é popular.
Não me envolvo com política, é preciso saber separar as atividades da minha família da minha carreira musical.
Mesmo com estes casos atuais de corrupção, não devemos desperdiçar nossa chance de votar, de ajudar o país. Acho que, apesar de tudo, o Lula fez um bom governo, e é por isso que ele tem um grande número de intenções de voto neste ano - porque ajudou as pessoas carentes.
Se alguém quiser fazer minha biografia, vou levar na homenagem. Se ela vier sacana, vou falar publicamente que ela é sacana. Não processaria. Não fico encanado com isso. Depois, quando lançar a minha, explico.
Apartamento na República
Supla
Eu amo aqui. Tem empresário, puta, travesti, punk, gótico, rapper, secretária. Eu saio e ouço: ‘Porra, o que você acha disso ou daquilo politicamente? E esse seu programa?’ Você sabe imediatamente: é o coração da cidade.
Me diverti muito. É entretenimento, mistura ficção e realidade. E participar mexe com você!
Eu sei levar uma piada. Quando vêm essas coisas, eu acho que é de carinho. Tudo bem, lógico que eu falo: ‘C’mon, Champs!’ Porque acho que é uma forma de você inventar um negócio, fazer um branding que eu acho legal. Agora, é importante eu chegar numa entrevista e ter coisas a dizer.
Se eu fosse presidente falaria o seguinte para as empreiteiras: ‘Vai construir o estádio? Beleza. Mas ao mesmo tempo vai pôr linhas de transporte, hospitais... Tem que aproveitar isso, é uma coisa boa para nosso país. Também valeria colocar na internet quanto custou, quanto as empresas lucraram. Deixar às claras. É difícil fazer isso?
Tento não passar do limite.
Sobre as manifestações
Supla
Na semana passada, estourou perto da minha casa [no centro de São Paulo]. Quando eu estava chegando, vieram umas pessoas com tiro de borracha no olho. Acho que protestos são bem-vindos, mas questionei aquela violência. Eles falaram: ‘se não cair na violência não acontece nada’. E eu entendi, veio um gás em cima de mim mesmo, por sinal. Mas não sou a favor da violência, prefiro os métodos de Gandhi e Martin Luther King. Violência só gera violência. A polícia chega ‘descendo o pau’, vira um ciclo vicioso. É ruim, cara.
Ele segue muito o partido. Eu já teria mandado todos para aquele lugar. Eu conheço esses caras desde pequeno. O único por quem eu boto a mão no fogo é o meu pai, que tem três ternos e dirige um Ford Ká.
Inventaram até que eu bati no Favre. O que é isso? Sou louco, mas não sou idiota.
Não tenho saco para a Casa dos Artistas. Não aprendo nada com aquilo. Não me interessa como as pessoas comem ou fazem cocô.
Sua mãe tá firmezíssima
Supla
Já me disseram na rua: Supla, sua mãe tá firmezíssima!
Sobre o programa Ídolos
Supla
Você acha que o Bob Dylan teria participado de um programa desses? Você acha que o Criolo teria participado de um programa desses? O Emicida? Cada um tem sua trajetória na vida.
Criança gosta de roupa de caveira.
A night de São Paulo não tem igual... Pode ir pro Rio ou pra Portugal!
Vamos lá, vamos melhorar, fazer de Sampa o melhor lugar.
Eu adoro bossa nova.
Sobre a Bárbara Paz
Supla
A gente se ajudou. Depois que a gente ficou junto eu falei pra ela: não é a vida real o que a gente tá passando. Nós aqui estamos sendo umas cobaias loucas. Lá fora a gente vai ver.
Não é fácil. Nunca quis esse trabalho de prefeito.
Gostei muito quando vi o Silvio Santos com aquela mãozinha de esmalte e anel no dedo segurando meu CD. Eu pensei: vem coisa boa. É o homem do baú que está segurando.
Sobre Roberto Carlos
Supla
Aquela música "Jesus Cristo" é legal. Ele tem várias músicas bonitas. Eu fui no show dele e, no final, eu falei para ele que dessa parte religiosa bastava "Jesus Cristo".
Faça o seu trabalho
Supla
Just do a fucking good job.
(Sobre a sua opinião da atual presidência).
Definitivamente a música "Green Hair" não é brega, pelo contrário, gente que eu conheço em todos os cantos do mundo dizem que ela é muito rock´n´roll. O estilo cafona é diferente, está relacionado com o ritmo de Sidney Magal, ou com a lambada, mas também não em um sentido pejorativo.
Imagine se a minha mãe posasse para a Playboy? Ia ser cabuloso, a prefeita de São Paulo de quatro na revista.
Para entrar na política você tem que querer ajudar as pessoas. Não pode ser visto como mais um emprego. No momento eu não tenho tempo pra isso.
Eu quero saber qual artista brasileiro conhecido tem a moral de chegar lá fora e carregar bateria pra fazer o show. Porque acaba o show, sabe o que a gente faz? Eu, junto com o roadie, tiro a batera imediatamente, e o João já está na banca vendendo camisetas. E isso paga nossa viagem. Vende tudo. Porque os caras gostam do show. Aí voltamos dirigindo, paramos para dormir umas poucas horas e seguir dirigindo até o próximo show. É um trabalho árduo.