Minha vida gira em torno da música desde criança. Eu cresci nesse mundo com a vivência musical. Meu pai e minha mãe tocam, meus irmãos também.
Venho de João Pessoa, uma cidade maravilhosa, banhada pelo mar, tão verde, tão bonita...
Multitalentosa
Lucy Alves
Se eu puder conciliar, eu quero continuar atuando. A música eu não vou largar nunca porque é o trabalho que eu amo.
Adoro essa energia da Luzia, esse ímpeto que ela tem. Adoro a relação que ela tem com a família, que não é 100%, mas é muito bonita. Gosto do brilho que ela tem, é uma mulher que pode mostrar vários lados. Tem hora radiante, hora mais quieta, hora confabulando o que pode fazer para ter o amor de Santo. Gosto muito da energia, ela é uma pessoa muito inquieta. É um papel que qualquer ator gostaria de ter.
Irandhir Santos usava a base rítmica do coco, sem melodia, e punha o texto dele na métrica. Aí eu disse: “Cara, é isso!”. Adotei isso pra mim. E muitas vezes usei o bandolim para encontrar a melodia da minha fala. A música está presente em tudo e me ajudou. No início, fui pegando jeito, hoje memorizo muito rápido.
A influência da música
Lucy Alves
A música hoje é minha vida e carrega muitas memórias, sempre. Desde criancinha fazia parte das minhas brincadeiras, da minha família. Ela que me trouxe aqui e está abrindo portas pra mim. Sinto prazer imenso de poder viver da arte.
A gente é forte e passa por um momento muito delicado que precisa de união, informação, para parar com esse egoísmo. Está cada um no seu quadrado e não é assim. Acho muito bacana esse olhar, essa atenção para a informação do povo brasileiro.
Sempre tive apoio total de 100% da minha família que sempre foi um esteio. Desde o The Voice, sinto como é colher alguns desses frutos que foram plantados lá atrás. Foi um programa bacana que me lançou para o Brasil inteiro. Não tenho o que reclamar da minha vida, não, viu?
Trabalhar em Velho Chico
Lucy Alves
Convivi com os sanfoneiros, com a área mais rural, com a terra, com o cheiro do milho. Muito bonito revelar para o resto do país uma região culturalmente tão rica nas artes todas e na música que me deu um vocabulário imenso. O jeito de falar do nordestino traz essa métrica do coco, do repente, é tão bonito perceber isso. Estou plena. É um trabalho que não vou esquecer nunca! É um presente divino!
Essa parte da novela me consumiu muito e foi uma opção mergulhar de cabeça, quis me doar de corpo e alma. Mas terminou que sacrifiquei um pouco a música, não estou nos palcos como queria. Mas estou trabalhando como formiguinha.
A gente é artista, a gente já lida com esse universo, mas é um outro tipo de linguagem. Eu duvidava muito desse meu lado atriz, fiquei muito assustada no início.
Sem dúvida, me abriu muitas portas. Foi importante para firmar o que eu já sabia, que queria seguir a carreira de cantora. O bacana é que eu pude mostrar minha proposta de música ao Brasil.
Domingos Montagner
Lucy Alves
Ele era uma pessoa alegre, sempre muito generoso e querendo ajudar. Era uma pessoa de luz, extremamente de luz
Sempre cantei e eu nem imaginava que o trabalho como cantora pudesse me trazer ferramentas para ajudar na interpretação. Eu estudo os capítulos cantando. Eu boto o ritmo, coloco as nuances que eu imagino como gostaria que saísse da minha boca e canto as minhas falas. Esse é o meu método de trabalhar.