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Resumo do livro O Cortiço

Qual é o resumo do livro "O Cortiço"? Essa obra escrita por Aluísio Azevedo é uma das mais importantes na literatura brasileira. Representante do movimento naturalista, carrega fortes críticas sociais sobre a vida na época em que foi escrita. Mas você conhece a história? Se não, vale a pena conferir o resumo que preparamos e, quem sabe, acabar interessado por desbravar o cortiço mais vivo da literatura. Se conhece, que tal relembrar com os trechos mais importantes, uma análise sobre os personagens e outras informações? Reunimos tudo isso em um conteúdo completo para você saber mais sobre essa obra de suma importância. Leia e aprofunde seu conhecimento sobre a literatura brasileira.

Direto ao ponto

Resumo do livro “O Cortiço”

Personagens principais de “O Cortiço”

Trechos importantes do livro “O Cortiço”

Por que “O Cortiço” é uma obra naturalista?

O que acontece no final de “O Cortiço”

Obras de Aluísio Azevedo

Resumo do livro “O Cortiço”

João Romão tem um objetivo: a riqueza. Para alcançá-la, ele explora seus funcionários e junta-se a Bertoleza, sua amante, a quem escraviza e se apropria de suas economias. Então surge um rival: Miranda, comerciante bem-sucedido, com quem disputa um pedaço de terra.

Em paralelo, correm histórias como a de Rita Baiana, que se envolve com Jerônimo, homem casado. Também surge uma rivalidade de Jerônimo com Firmino, outro caso de Rita. Ao mesmo tempo, acompanhamos Pombinha, moça pura que muda de rumo na prostituição. Todo o enredo vai mostrando como o meio pode ter influência na vida dos moradores do cortiço.

Enquanto isso, a relação de João e Miranda melhora quando este se torna barão. João percebe que, para ascender socialmente, deve se casar com a filha do antigo rival. Mas ele precisa se livrar de Bertoleza, denunciando-a como escrava fugida. Diante da emboscada, Bertoleza se rende à sua única saída: o suicídio. Com tal desfecho, João fica livre para concretizar seus planos.


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Personagens principais de “O Cortiço”

Análise dos personagens

João Romão
Um dos personagens centrais da trama, João Romão é um português muito ambicioso. Dono do cortiço, da Taverna e da pedreira, sua maior meta é a ascensão social e, para isso, ele está disposto a tudo. Sem escrúpulos, amiga-se à Bertoleza e se apropria das economias dela para alcançar seus objetivos. Ele é a representação do capitalista ganancioso e explorador.

Miranda
Sua condição social destoa dos moradores do Cortiço. É um comerciante bem-sucedido que mora na mesma rua do cortiço, em um sobrado de aparência aristocrática. É casado com Estela, por quem já foi traído diversas vezes, mas recusa o divórcio para não perder a riqueza que conquistou. Pai de Zulmira, é também rival declarado de João Romão. Seu personagem mostra a típica subversão de valores da aristocracia, colocando o dinheiro acima de tudo.

Jerônimo
Imigrante português muito influenciado pelos valores europeus, trabalha para João Romão, como administrador de sua pedreira. Morador do cortiço, é casado com Piedade, mas isso não o impede de se envolver com Rita Baiana, personagem importante da trama, que se torna sua amante. Por ela, Jerônimo se separa da esposa. O personagem representa o trabalhador disciplinado.

Bertoleza
Ex-escrava de um senhor cego, vinda de Juiz de Fora (MG), acaba conhecendo João Romão, de quem se torna amiga e por quem é ludibriada. Bertoleza é convencida pelo suposto amigo a lhe confiar suas economias, que eram guardadas para comprar sua carta de alforria. O dinheiro toma outro destino e ela, agora também amante de João, vê-se servindo indiretamente como escrava, até ser descartada por ele. Bertoleza escancara a exploração do povo negro na época.

Estela
Esposa do comerciante Miranda e mãe da jovem Zulmira, representa a mulher branca e nobre que se encontra em posição privilegiada mesmo quando trai o marido com outros homens. Suas traições são conhecidas pelo marido, que as ignora simplesmente para manter seu status quo e suas riquezas intactos. Seu casamento, então, é quase que apenas uma fachada para a sociedade.

Zulmira
Zulmira é uma personagem que não passa muito de um instrumento para os fins de outros personagens. A jovem é filha de Miranda e Estela, casal nobre da rua, e, ao final da história, é entregue em casamento para João Romão, um português ambicioso e dono do cortiço, que tenciona se casar com a filha do rival apenas como meio de ascensão social, visto que somente o dinheiro não o levou aonde queria.

Rita Baiana
Mulher sensual, atrai os olhares de todos no cortiço e desperta comentários. É uma lavadeira de espírito alegre, que costuma organizar os pagodes adorados pelos moradores do cortiço. Tem um caso com Jerônimo, homem casado que também mora no cortiço. Rita Baiana representa a brasileira como é vista por olhos estrangeiros, muitas vezes como uma figura sexualizada.

Piedade
Esposa de Jerônimo, a personagem representa a típica mulher europeia da época. Vivendo no cortiço com o marido, envolve-se com a cultura brasileira, mas acaba tendo um destino infeliz. Depois de descobrir a traição de Jerônimo com Rita Baiana, Piedade se envolve com o alcoolismo e a ele se rende, desgraçando sua vida por causa disso.

Firmino
Firmino, ou Capoeira Firmo, como também é conhecido, é um homem negro trabalhador. Praticante de capoeira, apresenta um físico magro e bastante ágil. Além disso, carrega a representação da malandragem carioca. Firmino tem um breve caso com Rita Baiana, o que o leva a um fim trágico: é assassinado pelo português Jerônimo, que também tem um caso com a moça.

Pombinha
Pombinha é uma jovem moça muito bonita, de presença discreta e comportamento educado. Ela representa a pureza que se corrompe com as vivências. Inicialmente, é a esperança de sua mãe, Isabel, que vê nela a chance de sair do cortiço por meio de um casamento da filha. Influenciada pela prostituta Léonie, porém, Pombinha também começa a se prostituir e vê sua vida mudar.

Libório
O personagem vivia solitário e sem farturas, como se fosse um mendigo, esmolando entre os moradores, apesar de esconder uma pequena fortuna em sua casa, no cortiço. No fim das contas, então, não se tratava de um homem miserável, mas da representação daqueles cujo espírito é pão-duro. Após sua morte, a fortuna escondida é tomada pelo ganancioso João Romão.


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Trechos importantes do livro “O Cortiço”

'A liberdade feminina se expandiu bastante nos últimos tempos. Se por um lado ainda é muito comum ver mulheres sujeitas à violência, ao machismo, presas a homens que não as valorizam, por outro também vemos mulheres que inspiram as outras com sua liberdade. São mulheres que abraçam [...]

"Eram cinco horas da manhã e o cortiço acordava, abrindo, não os olhos, mas a sua infinidade de portas e janelas alinhadas."

Às vezes, o local onde moramos pode ser tão significativo que deixa de ser apenas um espaço físico e se personifica. Era o caso do cortiço, que vivia junto com seus moradores, despertando e dormindo como eles, não só vendo os dias passarem, como também atuando neles com sua força vital simbólica. O cortiço era mais que um cortiço, pois ele abrigava e exalava a vida que existia em si.

“Não era a inteligência nem a razão o que lhe apontava o perigo, mas o instinto, o faro sutil e desconfiado de toda fêmea pelas outras, quando sente seu ninho exposto”.

Muita gente acredita no famoso sexto sentido feminino. Se de fato ele existe, não sabemos, mas os fatos são inegáveis: nem sempre é com a razão que uma mulher descobre ou se atenta a algo. Às vezes, basta o sentir. É passar por um local e sentir que não é seguro permanecer ali, é olhar para uma pessoa e sentir que representa perigo, mesmo que ainda não se saiba qual. Seja o que for esse sentir, merece toda a atenção.

"Confio nos meus dentes, e esses mesmo me mordem a língua."

Confiança é um terreno um tanto escorregadio e sinuoso. Em algum momento da vida, todos confiamos em alguém, por mais desconfiados que sejamos. Só é preciso ter em mente que, se até nós mesmos podemos nos trair, que dirá os outros. Assim, a confiança não deve ser cega, mas pautada na racionalidade que reconhece que todos estão suscetíveis a errar, inclusive nós.

“Mas, ninguém como a Rita; só ela, aquele demônio, tinha o mágico segredo daqueles movimentos de cobra amaldiçoada; aqueles requebros que não podiam ser sem o cheiro que a mulata soltava de si e sem aquela voz doce, quebrada, harmoniosa, arrogante, meiga e suplicante.”

A visão patriarcal sobre uma mulher é deturpada. A mulher é facilmente colocada em posição negativa, como se seu modo de ser fosse usado como cilada para outros. A comparação entre uma mulher e uma cobra é um bom exemplo disso. Mulheres muitas vezes são vistas como seres ardilosos, que sorrateiramente se aproximam, encantam e dão o bote. Mas essa perspectiva é errônea. Não seria, na verdade, essa sensação deturpada do outro o cerne do problema?

“Enfim, só o que afianço é que esta não está sujeita, como a Leocádia e outras, a pontapés e cachações de um bruto de marido! É dona de suas ações! Livre como o lindo amor! Senhora do seu corpinho, que ela só entrega a quem muito bem lhe der na veneta!”

A liberdade feminina se expandiu bastante nos últimos tempos. Se por um lado ainda é muito comum ver mulheres sujeitas à violência, ao machismo, presas a homens que não as valorizam, por outro também vemos mulheres que inspiram as outras com sua liberdade. São mulheres que abraçam seus direitos assim que podem, que tentam se manter longe das prisões que a misoginia impõe, que afirmam a todo momento que são donas de si e do próprio destino.

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Frases de livros marcantes

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Frases de “Diário de uma Paixão”

O suicídio de Bertoleza

Depois de anos servindo João Romão numa vida de escrava "extraoficial", a negra Bertoleza tira a própria vida rasgando sua barriga com uma faca, em uma cena sangrenta. Ela sabia que João Romão planejava se livrar dela para se casar, pois ela não teria mais utilidade para ele. Mas o motivo do suicídio vai além da mágoa de ser enxotada do lugar que trabalhou tanto para construir: foi um ato de insubmissão. Era comum escravos se suicidarem para escapar à escravidão. Bertoleza retrata essa cruel realidade.


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Filme: “O Cortiço” Pôster de divulgação do filme.

Lançado em 1978 e dirigido por Francisco Ramalho Jr., o filme é uma adaptação da obra homônima de Aluísio Azevedo. O filme é bastante fiel à sua versão literária e foca nos personagens João Romão, interpretado por Armando Bógus, e Rita Baiana, vivida por Betty Faria. Do gênero drama, a história retrata a vida popular no Brasil do século XIX em um cortiço simples localizado no Rio de Janeiro. Entre romances, intrigas e uma pitada de comédia, desenrola-se a vida dos moradores locais.


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Por que “O Cortiço” é uma obra naturalista?

Entre as características do movimento naturalista está a animalização dos personagens, destacando as ações movidas por instintos básicos, como o de sobrevivência e o sexual. Esses são aspectos de destaque na história de “O Cortiço”. Além do mais, a obra também traz a importância do meio nas ações humanas quando personifica o cortiço, tornando-o um personagem crucial da história. Não à toa essa obra é considerada a melhor representante naturalista.

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O que acontece no final de “O Cortiço”

O final do livro é trágico. João Romão encontra uma forma de manter a paz com seu antigo rival, Miranda, e ainda ascender à nata da sociedade carioca: casando-se com a filha do rival, Zulmira. Mas, para isso, precisa se livrar da companheira Bertoleza, o que tenta fazer de forma indireta, denunciando a ex-escrava fugida. Ao ser encurralada na cozinha de casa, chocada com a situação, Bertoleza se suicida na frente dos algozes.


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Obras de Aluísio Azevedo

Capas dos livros O Cortiço, O mulato e Casa de pensão.

Entre livros e peças teatrais, o autor produziu muito. Confira:

“Os Doidos” (1879)
“Uma Lágrima de Mulher” (1880)
“O Mulato” (1881)
“Flor de Lis” (1881)
“Memórias de um Condenado ou A Condessa Vésper” (1882)
“Casa de Orates” (1882)
“Filomena Borges” (1884)
“O Japão” (1984)
“Caboclo” (1886)
“Venenos que Curam” (1886)
“O Homem” (1887)
“O Coruja” (1889)
“O Cortiço” (1890)
“Casa de Pensão” (1890)
“República” (1890)
“Em Flagrante” (1891)
“Um Caso de Adultério” (1891)
“A Mortalha de Alzira” (1892)
“Demônios” (1893)
“O Livro de uma Sogra” (1895)
“Mistério da Tijuca ou Girândola de Amores” (1900)
“O Touro Negro” (1961)

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Aluísio Azevedo

Aluísio Tancredo Gonçalves de Azevedo nasceu em 14 de abril de 1857, em São Luís (MA). Além de escritor, era jornalista, caricaturista e diplomata. Publicou diversos livros, entre romances, crônicas e contos, além de escrever peças teatrais. Conhecido principalmente pela obra “O Cortiço”, também foi representante do romance naturalista. Suas obras começaram a ser publicadas em 1879, sendo a última, “O Touro Negro”, uma publicação póstuma. O autor faleceu na Argentina, em 21 de janeiro de 1913.

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HQ “O Cortiço” Livro ilustrado de O Cortiço

A história de “O Cortiço” também foi adaptada para HQ, o popular formato de história em quadrinhos. Publicada pela editora Ática, já em sua 2ª edição, lançada em 2019, essa versão traz roteiro de Ivan Jaf e ilustrações de Rodrigo Rosa. A história se mantém fiel à original, de Aluísio Azevedo, pois foi roteirizada para os quadrinhos por um especialista em adaptações de clássicos da literatura brasileira.


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