Junior Lima

Desde criança via meu pai sair arrumado para trabalhar e eu lembro que quando ele colocava a roupa eu o chamava de Xororó, tinha um negócio meio de super-herói, tirou a roupa do Clark Kent e está indo trampar, saca?

Jamais deixaremos de atender a um pedido de autógrafo ou de foto.

Quando eu era moleque, diziam que eu era a sombra da minha irmã, mas eu tinha consciência de que era a segunda voz, enfim, dane-se, não estou nem aí!

A pior fase foi aos 13 pros 14 anos, quando minha voz estava mudando e eu desafinava à toa. Daí, fiz fonoaudiologia, aula de canto e agora está tudo bem.

Não vou só pela beleza. Pra namorar, tem uma série de coisas que contam. É preciso ver se existem afinidades. Nem sempre as mais recatadas são as mais agradáveis.

Sou romântico e não tenho a mínima vergonha de mostrar que sou assim. Não sou o tipo que só quer ficar com a menina um dia e depois ir embora...

Sou privilegiado por fazer o que gosto!

Toco um pouco de guitarra e violão. Aprendo sozinho e rápido.

Fui muito mais aceito pelo público da música eletrônica do que pelo do rock. Na época do Nove Mil Anjos, eu tinha que me esforçar o triplo para conseguir provar o meu valor como baterista.

Ter a oportunidade de dar esse passo atrás e continuar vivendo de música, fazendo um monte de shows, foi a melhor coisa que podia ter acontecido.

Quando tinha 3 anos ia ao show do meu pai e grudava no baterista. Ficava do lado dele, durante os shows, atrapalhando. Filho do cantor, né? Ele devia odiar.

As pessoas ainda me abordam, mas é uma abordagem mais tranquila, eu consigo caminhar sem ter de ficar parando a cada passo que dou.

Mas olha que bizarro: eu sentia falta de fazer supermercado. Eu tinha uma vida maluca, irreal. Hoje em dia sou bem menos refém do meu nome. Vivo mais à vontade.

Gosto de fotografar coisas cotidianas, enxergar beleza onde as pessoas geralmente não enxergam.

Minha noiva é modelo e também é apaixonada por fotografia, inclusive foi uma das coisas que aproximaram a gente. Foi nosso primeiro elo.

O único que consome sertanejo na minha família é o meu pai.

Tenho uma coleção de vinis, que comecei faz dois anos. Devo ter quase uns 300 discos, variados

Chegaram a falar da minha sexualidade...

Se eu disser que sou o melhor partido que tem na praça, é metidez. Se eu disser que não, estou mentindo.

Tenho orgulho da maneira como eu e a Sandy fomos criados. Eu sempre conto com os conselhos dos meus pais...

As pessoas têm de entender que fazer a segunda voz é tão difícil quanto a primeira!

Pretendo fazer uma exposição esse ano e aí as coisas vão ficar mais profissionais. Tenho uma modelo em casa. Ela deu sorte e ganhou um fotógrafo.

A fama vicia. Eu ainda, graças a Deus, não sei o que é fracasso...

Para mim, a garota ideal tem que ver as coisas pelo lado bom, sempre. E ser simples, porque eu sou assim!

Desde pequeno, eu encostava a orelha na caixa de som para escutar a voz do meu tio, Chitãozinho, e aprender a fazer a segunda voz...

Para namorar não tenho muito tempo, mas vivo arrumando paqueras.

As coisas mudaram muito, antes você passava pela imprensa para poder chegar nas pessoas. Tudo tem seu lado bom e ruim, tinham aquelas manchetes sensacionalistas com um repórter mais malandrão, com uma maldade e malícia que nem eu e nem a minha irmã tinham. A gente pagou caro por isso muitas vezes.

Quando falam que sou gay, eu dou risada. Deixa falar, enquanto isso eu estou curtindo a vida...

Lembro que o meu pai me falou do perigo de uma entrevista mal interpretada, de ter cuidado com o que expor. Por uma lado foi ótimo, por outro foi ruim porque fiquei meio preso. Tentava dar uma entrevista mais concisa possível.

É legal tentar se virar sozinho agora mesmo, o quanto antes… É claro que somos muito jovens para decidir tudo, por isso conto muito com o conselho dos meus pais.

Em cada gênero estive representando um papel diferente como músico. No pop eu era vocalista. No rock, baterista. Então, é difícil comparar.

Fiquei quatro anos em turnê com a banda Dexter, fazendo shows de música eletrônica, mas demos uma parada.

Uma vez um fã pediu para tirar foto comigo e disse: "Vem aqui Sandy e Júnior". Olhou para Sandy e disse: "Vem você também, Sandy e Júnior". Isso me marcou.