Homem mais bonito
Maria Bethânia
O Chico Buarque é o homem mais bonito do mundo!
Fernando Pessoa é o poeta da minha vida. Ele sustenta a minha respiração. Segura o ritmo desassossegado do meu coração. Eu leio Pessoa como se eu fosse sua autora, de tanto que ele me traduz!
Quantas guerras terei que vencer por um pouco de paz?
Atualmente, falta um homem como Vinicius de Moraes.
Vida de artista
Maria Bethânia
Eu sabia que ia trabalhar no palco e que ia ser do palco. Ia ser uma vida de artista, sabe... de "holywwodiana".
Gostoso Demais
Maria Bethânia
Tô com saudade de tu, meu desejo
Tô com saudade do beijo e do mel
Do teu olhar carinhoso
Do teu abraço gostoso
De passear no teu céu
É tão difícil ficar sem você
O teu amor é gostoso demais
Teu cheiro me dá prazer
Quando estou com você
Estou nos braços da paz
Pensamento viaja
E vai buscar meu bem-querer
Não posso ser feliz, assim
Tem dó de mim
O que que eu posso fazer
Expressão de Deus
Maria Bethânia
A voz mora em mim, mas não sinto como se fosse minha. É uma expressão de Deus, uma fagulha.
Eu me joguei no colo dessa alma brasileira que me conforta o coração.
A única saída
Maria Bethânia
A única saída para o homem é não perder de vista o amor.
Eu adoro a minha caipirice. É a coisa mais chique que o Brasil tem.
Viu o que aconteceu em Copacabana? E o Brasil decide mandar tropas pro Haiti. Tinha de mandar é para cá. E querem barrar a CPI do Waldomiro. Por mim, mandava uma pizza para o Lula. Pizza neles!
Grito de Alerta
Maria Bethânia
Num jogo de culpa que faz tanto mal
Não quero a razão pois eu sei o quanto estou errada
O quanto já fiz destruir
Só sinto no ar o momento em que o copo está cheio
E que já não dá mais pra engolir
Foi ele quem colocou Fernando Pessoa no meu colo. Ele viu que tinha a ver comigo. Ele me fez aprender, ler, entender e gostar.
Odiar já odiei muito. Uma queima inútil de combustível. Já odiei gente menor. E isso é descer.
Tudo meu é com a Nossa Senhora porque não tenho muita coragem de falar com Deus.
Cartas de Amor
Maria Bethânia
Se choro, quando choro
Minha lágrima cai é pra regar o capim que alimenta a vida
Chorando eu refaço as nascentes que você secou.
Fernando Pessoa me energiza, é meu Red Bull!
Tenho fama de agressiva. Não gostava. Hoje me a viver, é um breve contra os chatos. Quem me interessa sabe que eu sou. Assim, meu tempo fica melhor repartido entre gente querida e queridas gente. Triste mesmo é a solidão.
Minha mãe, minha voz
Maria Bethânia
Todos os trechos que escuto vem dela, pois minha mãe é minha voz, como será que isso era?
A fé, a fé, paixão e fé, a fé, faca amolada.
Meu estado de alma é palpável. Qualquer invasão à minha redoma pode ser fatal.
Eu não suporto axé music, acho um cão. Mas a Daniela tem talento.
Curto meu corpo esguio. Longo até. Gosto da minha pele e do contato de minhas mãos percorrendo seus contornos. Eu me adoro!
Transparência
Maria Bethânia
Minha cabeça tem uma certeza mágica e uma definitiva verdade. Isso seduz. Sou transparente. Meus problemas vazam, se me escapam mesmo em cena.
Haste fina
Maria Bethânia
Sou como a haste fina que qualquer brisa verga mas, nenhuma espada corta.
Louca maneira de amar
Maria Bethânia
Minha cabeça ama loucamente. Louca-mente. Dez minutos ou uma vida, não importa. Adoro minha louca maneira de amar. Me faz bem!
Intérprete
Maria Bethânia
Eu sou intérprete e isso é que me liberta, eu não sou uma cantora perfeita.
Medo silencioso
Maria Bethânia
Vocês talvez não ouçam tiros, mas também acordam com esse medo silencioso de que algo terrível possa acontecer. O mundo ficou louco.
Sorrir para o "não"
Maria Bethânia
A arte de sorrir para cada vez que o mundo diz "não".
E aí no palco eu não tenho medo de nada, o palco é uma coisa estranha para mim até hoje. Eu não sei como é o palco, é uma coisa maluca, sabe... Não é como minha casa, como a rua, não é como nada, é uma coisa louca, eu não sei o que é palco. Entende? É uma... eu não sei, eu não tenho medo, não tenho medo de morrer, não tenho medo de barata, não tenho medo de nada no palco.
Show não é só cantar. As nuances de um dia não são as do outro. É brincar com a platéia, vê-la começar tímida e depois aquela apoteose.