Meu Deus! Que grave! Não poder deixar o filho com uma babá, é realmente terrível! Vai que ela faz o trabalho certinho, não é mesmo? As pessoas têm cada uma, como se ser mãe fosse sinônimo de estar disponível 24 horas por dia sem poder ao menos tomar banho.
Como assim? Uma das perguntas mais indelicadas que alguém pode fazer a uma mãe é se foi acidente. Caso ela queira contar como engravidou, pode apostar, ela mesma puxará assunto e contará a posição que usou.
O filho é meu e sou eu quem decido se a faço parar ou se deixo como punição! A mãe sabe o que é melhor para o seu filho e não precisa de conselheiros para opinar.
Quando uma criança faz malcriação em público, sempre tem aquela pessoa indelicada para fazer um comentário do mal, do tipo: “Se fosse meu filho”, “Ah, mas meu filho nunca que ia fazer”, “Ainda bem que não é meu filho, senão...”. Isso não só irrita a mãe como não resolve o problema.
As mamães que optam por amamentar por um longo período geralmente recebem uma enxurrada de críticas, como se fosse um absurdo prover do leite materno – o melhor alimento para um bebê – por mais tempo do que as demais.
“Pois é, mas você vai olhar ele para mim? Não, então não opine”. Quem nunca quis responder assim? Não existem mais padrões para mães, elas muitas vezes trabalham, vivem, saem, limpam a casa e mesmo se não fizessem nada disso, qual o problema de colocar o filho na creche? Além de ajudar no aprendizado, ainda dá uma folguinha merecida a ela.
“Quando eu achar necessário, isso é, se eu achar”. Com certeza toda mãe já pensou em dar essa resposta para aqueles intrometidos que acham que deve opinar sobre a família alheia e adoram cutucar para saber se há fofoca.
Cada mãe dá um tipo de educação para o seu filho, visando o que acha melhor a ele e não o que os outros resolvem para ele. Portanto, quem é mãe está careca de ouvir alguém julgando a alimentação do seu filho como se ela fosse péssima por permitir isso ou aquilo outro.
Perguntam se o seu filho está andando, falando, lendo, cantando, e caso a resposta seja negativa para algumas das coisas, lá vem a frase: “Nossa, ele ainda não faz isso?”... Não, meu bem, meu filho não está em uma competição e eu estou feliz com a evolução dele. É cada coisa que mãe tem que ouvir!
De onde vem essa reflexão, meu Deus? Por que essa percepção? O que o meu filho tem que os outros não têm? Era para ser um elogio? Porque assim, se for em questão de beleza eu garanto que não vai ser por isso, não. E claro, nenhuma mãe aguenta mais ouvir essa.
“Nossa, mas isso está errado! Cadê a privacidade? Ele vai crescer chorão”. Mas gente, por que tanta preocupação? Acho que cada um devia cuidar da criação dos seus próprios filhos.
Gente sem noção existe sim e está em todos os lugares. Mães engordam, emagrecem, ganham estrias, noites sem dormir, mas vale muito a pena, e não há palavra de mau gosto que possa pagar o prazer de ver o sorriso de um filho.
Existem mães que optam ou têm a necessidade de fazer cesariana, não fazer parto normal, o que não é nenhum crime, e consequentemente resulta em uma cicatriz na barriga. Mas o que é que tem? Não há mal algum nisso.
Mãe que é solteira está cansada de ouvir essa pergunta, como se fosse coisa de outro mundo criar um filho sem a presença do pai ou indigno. Essas pessoas realmente pararam no tempo.
Há criações e criações, alguns preferem punir uma malcriação com palmadinhas na mão, outros deixam de castigo, outros apenas ignoram, enfim, e mesmo assim todos erram e vão errar um dia. Por isso, quando alguém chega a uma mãe “ensinando” como aplicar uma punição correta, é o fim da picada.