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Frases de Kleber Mendonça Filho

O produtor, roteirista, diretor e crítico de cinema, Kleber Mendonça Filho, é um profissional que conquistou o seu espaço na cena brasileira e vem ganhando cada vez mais destaque no mundo inteiro. "O som ao Redor" e "Aquarios", são filmes de Kleber que foram incluídos na lista do The New York Times como melhores do ano, em 2016. Em 2019, o cineasta lançou o longa-metragem "Bacurau", que conquistou os olhares de muitas pessoas e lhe concedeu o Prêmio do Júri no Festival de Cannes que ocorreu no mesmo ano. Além disso, Kleber foi mencionado em um jornal britânico em 2013 como um dos 25 brasileiros que merecem receber os olhares do mundo. Conheça um pouco mais sobre esse cineasta premiado!

22/11/1968
Incentivo da mãe Revista Continente

Ir ao cinema era fundamental para a sua infância.

“Era uma infância normal, de ter os amigos na escola, de ir pra casas de amigos, jogar bola, mas ir ao cinema era extremamente importante para mim. Lembro-me de digitar numa máquina de escrever pedidos pra minha mãe me levar pra ver tal filme da programação. Ela sempre estimulou muito.”


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Curador x Cineasta Revista Trip Kleber Mendonça Filho

Kleber comenta que o que move a sua carreira é poder mostrar que o mundo é muito mais complexo do que o mercado quer que acreditemos.

“Este é um momento muito especial, acho. A tecnologia chegou a um nível que é possível você ter na sua casa algo melhor em som e imagem do que muitas salas profissionais de cinema. Hoje a gente também tem uma super disponibilidade de tudo – ou a ilusão de que tem isso. Esses são dois grandes desafios para quem trabalha com a programação de cinema.”


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Título

Kleber Mendonça Filho é diretor, roteirista, produtor e crítico de cinema brasileiro, nascido em Pernambuco, Recife. Formou-se em Jornalismo pela Universidade Federal de Pernambuco, depois de voltar da Inglaterra, onde morou por 5 anos durante o doutorado de sua mãe. Teve seu nome citado como um dos 25 brasileiros que merecem atenção de todo mundo pelo jornal britânico Financial Times, depois de alcançar a fama com o longa ‘O som ao redor’, de 2012. Por este filme, foi amplamente elogiado pela crítica, mas foi com o filme ‘Aquarius’ que ficou internacionalmente conhecido. Ambos os longas lhe renderam Top 10 na lista de melhores filmes do ano para o The New York Times, e mais à frente, conquistou o ‘Prêmio do Júri’ no Festival de Cannes de 2019 e o prêmio de melhor filme no Festival de Berlim com o filme ‘Bacurau’. Atualmente Kleber é também curador de cinema do Instituto Moreira Salles e integra a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos EUA.


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É preciso dialogar Revista Trip

Ele comenta sobre o momento em que o Brasil atravessa, sobre o risco de a Ancine censurar algum de seus filmes.

“Claro que acredito em diálogo, mas dentro da ideia de uma sociedade democrática. Não acho que tenho que argumentar, em 2019, em um país que é uma democracia e onde a Constituição aboliu a censura em 1988, que o meu filme precisa ter uma cena ou outra… Imagine se eu, como artista, visse que o novo governo quer acabar com a indústria farmacêutica brasileira, por exemplo, porque não gosta de remédio. É difícil de compreender como é possível existir uma política de destruição desse tipo de trabalho.”


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Possível parceria Metrópoles Kleber Mendonça Filho sentado dando entrevista

Sobre uma possível parceria com o Netflix, Kleber comenta se seria agradável trabalhar com projetos de streaming.

“Me agradaria muito se eu me envolvesse em um projeto que eu já soubesse que é streaming. Não sei se eu conseguiria pensar em capítulos. Eu acho que eu faria um filme de 14 horas e aí acharia os pontos interessantes pra dividir e transformar em episódios.”


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Depende de cada um Revista Trip

Kleber responde quando perguntado se séries são elementos de diversão e se filmes são um espaço para a reflexão.

“Acredito que uma série pode te deixar com a sensação de que acabou de ver um grande filme e um filme visto no cinema pode te deixar com a sensação que você acabou de ver um programa de televisão horroroso.”


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'Bacurau' Veja

Kleber expõe os motivos que o fizeram querer dirigir o filme Bacurau, lançado em 2019, ganhador de um prêmio no Festival de Cannes.

“O desejo de fazer um filme de gênero, que na nossa filmografia não é tão comum. E a minha geração tem e continua tendo uma inclinação para isso. Meus outros filmes sugeriam alguma coisa nesse sentido. Mas desta vez, com a ajuda de Juliano, pude aloprar e trazer um filme de gênero western, às vezes um filme de horror, às vezes um filme de aventura. E é muito libertário”.

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Diferentes percepções Metrópoles Kleber Mendonça Filho

Kleber conta uma das experiências que teve com pessoas que se acham superiores à maioria do povo brasileiro.

“Eu, como pernambucano e nordestino, também já presenciei umas coisas, até em festivais internacionais de cinema, com brasileiros, onde um brasileiro do Sudeste tenta explicar pro estrangeiro com quem a gente está falando, que ele ou ela vem de outra região que não é a minha, e que a região dela é diferente e é mais rica e que não é como a minha região. Quando na verdade somos todos brasileiros, né?”


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Visões discrepantes Metrópoles

Em suas viagens para fora do Brasil, ele pôde notar que as pessoas de fora realmente enxergam o Brasil de forma diferente do que o país realmente é e do que o povo brasileiro realmente sabe.

“O Brasil é, ou faz parte, do chamado mundo pobre, né? Mesmo que muitos brasileiros acreditem que o Brasil talvez não deveria fazer parte, existe uma discrepância entre o que o Brasil acha e o que o mundo acha.”


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Retrato da vida Veja

O filme ‘Bacurau’ traz temas que são discutidos no mundo inteiro nos dias atuais.

“O filme contém muitos aspectos do Brasil atual porque na verdade nós, brasileiros, infelizmente, estamos presos no Feitiço do Tempo, de coisas que se repetem. Erros que se repetem. A gente vai para a frente, daí volta três casas. Então a gente colocou uma cartela no final do filme explicando que ele impactou 800 pessoas, direta ou indiretamente. E que a cultura é uma coisa importante. É uma indústria.”


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Cineasta Revista Continente Kleber Mendonça Filho

Desde cedo ele sabia o que queria.

“Desde muito cedo, eu tinha uma inclinação muito forte para o cinema, para a ideia de cinema. Não é uma coisa que eu descobri aos 11, 14 anos.”


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O lado mais forte Veja

Kleber acredita que, independentemente da falta de investimento em cultura no nosso país, a força do povo é a voz de Deus.

“Acho uma luta inglória para quem quer tapar a cultura. Eu desejo boa sorte a essas pessoas, porque a cultura é muito mais forte. Nada segura um filme forte. Com Aquarius houve uma tentativa de boicote, e o filme passou por cima feito uma locomotiva fora de controle.”


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Andando para trás Veja

O diretor expõe a sua opinião em relação à reviravolta que o financiamento para a cultura sofreu no novo governo brasileiro.

“A gente está em território virgem, pelo menos na minha vida adulta, quando vi uma construção lenta, gradual, democrática, cheia de discussão, para chegar a alguma coisa ainda imperfeita. Mas era alguma coisa. Agora estou vendo uma destruição de tudo isso, e é preocupante porque para construir é lento, para destruir é muito rápido. Mas eu não sei, a ideia de cultura no Brasil é tão forte, faz tanto parte da vida das pessoas que vai ter uma reação de combate a essa ideia.”

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Cinema de antigamente Revista Trip Kleber Mendonça Filho de braços cruzados

Kleber está preparando um documentário sobre as salas de cinema de Recife que foram extintas, e comenta sobre o assunto.

“Fui a última geração que conseguiu viver ainda o modelo antigo das salas de cinema."


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Um crítico sabe receber críticas? Revista Trip

O ex crítico de filmes brasileiros comenta se os seus anos de experiência como crítico foram suficientes para aprender a receber uma crítica negativa hoje em dia.

“Eu lido bem com a crítica. Se você fizer uma contabilidade do que foi escrito, não só no Brasil, em relação aos meus filmes, em geral eles são bem recebidos. Ainda não tive um filme que foi incompreendido, o que acho que deve gerar uma sensação muito forte de frustração e dor. Você precisa ter uma pele grossa, porque se coloca muito no filme. As duas experiências que tive em Cannes foram maravilhosas, mas como crítico já vi destruições que foram bem duras, imagino, para os realizadores. E isso faz parte do jogo.”


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Observador Twitter

Kleber comenta sobre o desabafo de um avô que perdeu sua neta, Ágatha de 8 anos de idade, vítima de bala perdida durante confronto no morro do Alemão.

“Tem muitas camadas de Brasil, de preconceito e de desigualdade quando o avô de Ágatha grita revoltado no vídeo que eu vi consternado como cidadão brasileiro de que “ela fazia inglês e balé”. Essa frase é complexa, tendo sido dita num país tão racista e tão assassino.”

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Pedido de ajuda IstoÉ Kleber Mendonça Filho mexendo em óculos escuros

Equipe e elenco de ‘Aquarius’ fizeram protesto na escadaria do Palais, em 2016, durante premiação no Festival de Cannes, contra o então governo de Michel Temer no Brasil.

“Que orgulho de ter feito aquele protesto, que foi pacífico, simples e direto. Naquela época, o Brasil estava saindo de um sentido claro de democracia, todos nós apenas observamos isso. E hoje, aquele nosso protesto na escadaria do Palais mostra-se cada vez mais preciso e histórico. E, nesse momento, o povo brasileiro tem que lidar com um País que está correndo para o pior do nosso passado.”


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Emoção não depende de lugar Revista Trip

O cineasta acredita que quando algum filme tem que te tocar, ele vai fazê-lo de qualquer forma, independentemente do lugar ou aparelho que escolha para assistir.

“Há uns quatro anos atrás, assisti a um filme da Bárbara Wagner que teve agora na Bienal de Veneza, o Swingueira. Estava saindo de casa e um amigo meu disse: "Eu queria que você visse isso aqui". Me emocionei em dez minutos de filme, assisti no iPhone, não vi no cinema, num monitor super grande e achei incrível. Dito isso, não quero que vejam Bacurau no iPhone, mas eu acho que sim, o impacto de algo bom pode vir no Kindle ou numa edição especial no papel.”


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Indicado à premiação de Cannes IstoÉ

1999 foi o primeiro ano em que Kleber esteve em Cannes, na época, como comentarista e jornalista do Jornal do Commercio. Após sua volta em 2019, já como diretor e roteirista de 'Bacurau', ele conta qual foi a sensação de revisitar o lugar.

“Eu, Juliano Dornelles, que coescreveu e codirigiu comigo, e toda a equipe nos sentimos orgulhosos de representar o Brasil num palco internacional artístico e de mercado como o Festival de Cannes, num momento em que o Brasil precisa muito de uma representação positiva, através da sua arte e da sua Cultura.”


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Diferenciando Metrópoles Kleber Mendonça Filho

O diretor explica que depois de assistir vários filmes que trazem um mesmo tipo de imagem, apesar de excelentes, preferiu o uso de uma lente de câmera diferente, mais antiga, chamada Panavision, para diversificar um pouco e agregar ao filme Bacurau uma imagem com um certo desfoque que ele classifica como a imperfeição que ele queria.

“A questão principal é que os filmes modernos, os filmes de hoje em dia, usam essencialmente câmeras digitais de altíssima resolução e lentes muito modernas, o que faz com que os filmes tenham uma aparência muito semelhante entre eles. Isso me incomoda um pouco.”


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A mensagem não é pessoal Uol Entretenimento

Kleber explica que deixa as suas opiniões de lado quando o assunto é fazer crítica ou dirigir algum filme.

"Nunca fiz um filme ou crítica, na época em que fui crítico de cinema, de passar qualquer mensagem que seja. Meus filmes trazem conflitos que se anulam. Há uma confusão dentro do filme que acho importante. O filme é reflexo de observações minhas e de quem produziu."


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História do Brasil Metrópoles

Independentemente de não ter a intenção de trazer conflitos externos e específicos para seus filmes, Kleber concorda que o Brasil passa pelos mesmos problemas desde sempre.

“O Brasil, ele fica se repetindo, os problemas. Ele não parece conseguir avançar.”

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Uma hora chega Veja Kleber Mendonça Filho

Retrocesso é a palavra que define ao comentar sobre coisas que foram destruídas e que levaram tanto tempo para serem construídas.

“O Brasil é contraditório, lindo de um ângulo e muito feio de outro. É um país que não tem observado as próprias regras, não tem respeitado sua Constituição. Vamos superar isso, mas vai levar tempo. Dois, três, dez anos, não sei. Não custa lembrar que destruir é muito mais rápido que construir.”


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Sem filtro Metrópoles

Bacurau é um filme que traz a morte de uma criança e de um cachorro, que não são coisas comuns em filmes de terror. Kleber então explica o que tentou retratar ao trazer tais cenas ao filme.

“A guerra, ela não tem regras. E isso eu acho muito duro. Eu acho que dramaticamente quando isso acontece você é colocado num estado de alerta muito forte e muito sério. Eles estavam realmente sendo atacados de maneira muito violenta. Então não é uma questão de gênero, é uma questão de ilustrar a guerra.”


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Instintivo Metrópoles

Kleber explica o processo de escrever um roteiro e dirigir um filme, e afirma que os envolvidos sabem quando o filme finalmente fica pronto depois de meses de trabalho.

“Você sabe que acabou. Você sabe. É um processo parecido com a montagem. Mas, quando você chega no final você tem certeza. Você tem certeza quando você vê o filme pela quadragésima vez e você não vê mais nenhum problema no fluxo que você criou. É a mesma coisa no roteiro. Quando você relê o roteiro e você só tem prazer lendo o roteiro, aí é que chegou ao fim. Mas realmente leva tempo.”


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Experiência como crítico Revista Trip Kleber Mendonça Filho

Kleber explica se os seus anos como crítico de cinema o ajudaram a receber melhor os comentários sobre seus filmes.

“Em primeiro lugar, escrevi durante muitos anos e isso me deu um treinamento para entender a lógica de textos, então tenho um treinamento técnico. Mas tem outra coisa que descobri na época em que eu escrevia, percebi que os [cineastas] mais tristes e raivosos com a crítica eram os mais maltratados.”


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Tudo junto e misturado Revista Trip

Kleber conta que mesmo sua esposa sendo a produtora de seus filmes, sua parceria dentro de casa também funciona muito bem, e que não há limites de não falar sobre trabalho na vida pessoal.

“Estranhamente não, a gente não é tão pragmático. A gente está sempre falando de cinema e, às vezes, muda e fala de outra coisa. Mas a grande questão é que a Emilie é uma cinéfila e uma cinéfila francesa, não quero que pareça algo mais, mas os franceses têm uma relação muito particular com o cinema, sem querer desmerecer as outras cinefilias. Ela é a primeira a ler a sinopse, a primeira a ler as primeiras 15 páginas de um roteiro e me dá uma reação. Tem sido uma parceria muito boa que se mistura com a nossa vida pessoal e tem funcionado bem. Não há uma separação do tipo “até às 16h é cinema e depois...”.


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Mundo crítico Veja

Kleber deixa claro que as críticas não o incomodam.

“Cada um olha o filme como pode, e eu, que também já fui crítico de cinema, aprendi que, no fundo, eles escrevem sobre si mesmos. Como em qualquer área de atuação, há críticos de todos os graus de competência, os que eu admiro e os que desprezo, mas nunca rebati ninguém.”


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Para ser lembrado Veja Kleber Mendonça Filho

Kleber responde quando perguntado se seus filmes não são uma forma de fazer política.

“Filmes podem ser entretenimento, expressões artísticas, mas são também, inevitavelmente, documentos históricos. Das comédias despretensiosas aos documentários mais formais.”


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Democracia Veja

Ele comenta sobre o medo, como cineasta, que a cultura seja cerceada no Brasil.

“Um líder de governo não pode discutir, insinuar nem defender a censura. É inconstitucional.”


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Melhor forma de governo Veja

Para Kleber, o Brasil estava melhor em vários aspectos antes do governo Bolsonaro.

“A ideia da perfeição não se aplica à política — nem à esquerda nem à direita. Dito isso, neste Brasil imperfeito, que ainda paga por seus erros históricos no dia a dia, estávamos, a meu ver, em uma posição melhor. Tínhamos mais liberdade de expressão, mais prestígio no mundo e mais respeito à cultura durante os anos de governo que muitos chamam de “esquerda”.”


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