Para mim é um orgulho imenso não só de representar meu país, mas ser capitão pela primeira vez. É uma coisa que não tem preço. Trabalho minha vida para desfrutar destes momentos. Estou muito feliz.
É engraçado o que a gente lembra da vida. Eu não me recordo muito bem de assistir ao Brasil ganhar a final… Mas eu tenho uma lembrança de ver uma foto específica na primeira página do jornal do Rio. A Seleção Brasileira tinha acabado de chegar no Brasil e o Romário estava literalmente curtindo na janela da frente, na cabine do piloto, balançando uma bandeira gigante do Brasil, como se ele estivesse acabado de conquistar o mundo para gente. Eu me lembro de ver aquela foto e sentir que meu coração ia explodir de orgulho. Eu pensei: meu Deus, eu preciso fazer isso um dia.
Todo mundo tem mérito
Marcelo
Sou o décimo jogador a ocupar o posto de capitão. Tenho o meu papel de líder aqui dentro, mas não muda muita coisa. Todos tem sua parcela de importância na Seleção.
O professor Tite foi muito claro passando o que ele queria. Estamos fazendo um bom trabalho aqui na Seleção. Ainda não tem nada ganho e precisamos levar o Brasil ao lugar mais alto sempre. É pouco tempo para treinar, mas a gente se dedica muito. Sempre muita responsabilidade.
Fico feliz por ter vencido a Liga dos Campeões, mas aqui também vendo meu povo feliz, a família sorrindo e isso não tem preço. Vale mais que o título.
O caminho é largo, duro e queremos colocar a Seleção no lugar que merece. Às vezes precisamos sofrer, mas sempre para ver o Brasil.
Ele deixou o trabalho dele para poder pegar esse dinheiro para me ajudar a realizar o meu sonho, que era ser jogador de futebol. Acho que eu não preciso falar mais nada.
Até os 16 anos de idade, eu nem mesmo sabia que existia uma Champions League. Eu lembro disso exatamente – eu estava sentado na sala do clube em Xerém, e alguns caras assistiam a um jogo na TV. Era Porto x Mônaco. Mas na verdade o jogo parecia diferente. Era noite, com todas as luzes brilhando, com todos os torcedores, e o campo era tão bonito e sem buracos…era simplesmente incrível. No Brasil, pelo menos naquela época, as luzes não eram tão brilhantes. A grama não era tão verde.
A camisa nos motiva a vencer e levar o nome da Seleção ao lugar mais alto possível. Tentamos a cada convocação estar unidos e dar alegria para o povo brasileiro.
Quando ele aceitou ser técnico da Seleção, ele me ligou e disse: ‘eu não estou prometendo a você que eu vou te convocar, mas se eu fizer isso, você ainda estaria disposto a jogar pela Seleção Brasileira?… Aquele telefonema foi tudo para mim. Foi a primeira vez que eu recebi um telefonema de um técnico do Brasil e olha que faz 10 anos que eu jogo pela Seleção. Eu mataria pelo Tite e vou fazer de tudo que eu posso para colocar um troféu de ouro na estante do meu avô.
A motivação a gente tem todos os dias. Bom ter saúde para representar nosso país, bem no clube também. Aqui todo mundo feliz por encontrar os amigos. Eu corro pelo Neymar, ele por mim.
Inspiração no futebol
Marcelo
Eu me inspirei muito no Roberto Carlos dentro de campo também. Roberto Carlos ia pra cima e pra baixo como uma animal na ala esquerda. Se você me ama ou me odeia, você sabe do que sou capaz quando estou lá. Eu adoro atacar. Não, é atacar como todos os laterais fazem. É A-ta-car como se eu fosse um ponta mesmo, entende?
É no Rio, de onde vêm os melhores jogadores de futebol.
Eu tenho muito orgulho de ele ter me visto levantar o troféu da Champions League. Foi por causa dele que eu chegue naquele pódio.