Meus casamentos foram ótimos, me dou muito bem com meus ex-maridos. E amo as meninas do Paulo, é como se fossem minhas filhas.
Tenho vontade do amor como um descanso, aquela hora em que você encontra a pessoa para repousar no sentimento, na alegria daquele encontro.
Boa forma aos 60
Zezé Polessa
Sempre fui magra, mas quero que meu corpo fique bem, tenha flexibilidade, que eu não sinta dor. Então, três vezes por semana, costumo correr meia hora na esteira em casa. Também faço ioga há mais de dez anos e adoro caminhar.
Adolescente, vi a montagem de Galileu Galilei do Teatro Oficina e fiquei louca. Queria estar no palco com aquelas pessoas, ser parte daquele mundo. Com 17 anos, fiz medicina para resolver a miséria do Brasil e salvar vidas e, também, porque eu tinha um tio, José Maria, que era cirurgião e operou minha mãe. Ele era um deus para mim.
Tenho medo de perder meus amigos, meu filho. Morro de medo.
Não como nada com glúten há uns seis anos. Nunca tive problemas com a balança, mas tinha um excesso aqui que só saiu quando cortei o glúten.
Experiência de ser mãe
Zezé Polessa
A maternidade é um exercício para exercitar o altruísmo, o deixar você de lado para cuidar do outro. Eu não era muito consciente de que viveria isso, apesar de ter vivido.
Sim, e estou me sentindo tão bem. Mas é comum achar que estou vivendo a melhor fase da minha vida sempre. Estou começando uma novela, vou a São Paulo ver o roteiro de um filme, moro sozinha, tenho a minha casa do jeitinho que gosto, tenho minha família.
Há cidades onde doador de sangue paga meia e menor de 20 anos não paga nada.
Sociedade preconceituosa
Zezé Polessa
Isso é absurdo. Por mim, só namorava homem jovem, é mais gostoso. Mas é louco. Para o homem, isso o valoriza. Para a mulher, a esculhamba. Ao mesmo tempo, com a experiência que tenho, não é saudável que esses romances se prolonguem. O mais jovem vai ser arrastado pela estrada do mais velho. Tem uma tendência a virar uma relação neurótica.
Gostaria que todos vivessem nus. Na praia, na rua, no metrô.
Trabalhar com familiares
Zezé Polessa
O que conta é que a gente é da família, trabalha junto, mas porque um gosta do trabalho do outro, não só porque um gosta do outro. Apesar disso, um excesso de intimidade familiar às vezes atrapalha, vem uma coisa um pouco misturada, tem discussão em que você fala “isto aqui partiu do trabalho, mas isso é outro assunto, desacopla.
Cada um no seu quadrado
Zezé Polessa
Morar junto não é a minha praia. Gosto do meu canto.
Pretendente ideal
Zezé Polessa
Cada vez entendo menos o amor e os encontros, tem vezes que é astral, outras é química, tem hora que passa alguém e o cheiro te pega. Não tem idade nem situação. Já namorei pessoas tão diferentes! Sinto vontade de ter alguém, mas não é uma coisa que você decida “hoje vou sair e arrumar um namorado”.
Me senti em uma corda bamba. Tinha que me equilibrar numa situação que nem eu mesma entendia.
Sou a favor da vida, dos casais terem seus filhos. Mas acho também que não pode ser um crime. Sou a favor da descriminalização e do apoio do Estado, principalmente em casos em que são mais do que recomendados, como agora com essa epidemia de zika. Sobre as coisas do corpo cada pessoa é que deveria decidir o que fazer.
Magnólia, de Império
Zezé Polessa
Quem me ajudou a achar o tom certo da personagem foi meu ex-marido, Daniel Dantas. Eu cheguei pra ele e falei: “Tô fazendo uma coisa muito difícil!” Em uma só frase ele me ajudou a dar a volta por cima: “Ela não sabe que é escrota, é sem noção, bota isso na sua cabeça”, disse ele. Pronto, achei o tom da Magnólia.
Considero a minha primeira peça um Auto de Natal, que fiz aos 7 anos na escola. Eu era a Estrela d’Alva e estava tristíssima, achava que era o pior papel, queria ser Nossa Senhora. Minha mãe depois me falou que eu estava séria. Argumentei que era uma coisa muito séria o nascimento de Jesus.
Despindo-se da vaidade
Zezé Polessa
Estou deixando os fios brancos para a personagem, estou quase uma Bethânia. Mas a gente não é modelo! Não é para ficar mostrando a beleza, e sim a personagem.
Surpresas da vida
Zezé Polessa
A decisão de ter ou não ter marido é uma decisão que não se toma. É algo que acontece. É a vida que nos apresenta as surpresas e os encontros.