O tempo não volta. E é fundamental que a gente viva nosso tempo. Não me arrependo de ter me dedicado ao trabalho na intensidade em que me dediquei. Precisava daquele momento para ser quem sou hoje, uma mulher mais relaxada, menos crítica comigo mesma, que ri de si e, definitivamente, não se leva muito a sério. Acho que as meninas de hoje já são naturalmente mais equilibradas e levam muito em consideração seus momentos de lazer e contato com família e amigos. Elas nos mostrarão o caminho da beleza.
Pedi durante dois anos para sair daquele horário do Jornal da Globo e não fui atendida. Tinha de cuidar da minha vida pessoal, afinal trabalho se arranja, mas marido não.
Eu nunca deixarei de apurar uma informação.
Orgulho-me de ter tornado a economia um assunto mais fácil para o consumidor brasileiro.
Não consigo comer em situação de tensão.
...hoje eu me sinto plena e realizada como pessoa...
As pessoas me diziam: “Nossa, mas sair da Globo?”. Gente, eu adoro a Globo, é uma grande escola, uma empresa que não é machista, que trata bem os funcionários. Tenho um monte de coisa legal para falar da Globo, mas aquele não era o meu momento. Eu estava super infeliz, detestava aquele horário, me sentia isolada do mundo e, com 30 e tantos anos, eu tinha achado a pessoa da minha vida e não me encontrava mais com o cara. A gente se falava por bilhetes porque eu chegava tarde e ele saía cedo. Aí vieram dois anos tentando engravidar, ele me dava as injeções e eu tinha que acordar com ele para ele me dar as injeções. Comecei a dormir mal, estava num grau de desgaste… e eu ia dizendo: “Gente, não tô aguentando, preciso sair, preciso sair”. Mas entendo que a TV e o público achem estranho que você priorize uma coisa pessoal e que isso seja mais importante do que o glamour da profissão. Sei que é difícil de entender, mas desculpa aí, hein. Eu não podia continuar daquele jeito.
A Globo não é a última Coca-Cola gelada no deserto.
Sou tímida. Por isso podem achar que sou esnobe. Não me incomodo que as
pessoas me parem, falem comigo.
Decidi não fazer mais tratamentos para engravidar. São exaustivos e acabam tirando o prazer de um casamento que é bom. Mantenho o sonho de ser mãe, mas talvez tenha passado o meu tempo. Todo mundo carrega uma dor e essa é a minha.
Se a mulher só vive para o tempo da produtividade, que é diferente do tempo de educar uma criança, por exemplo, está pensando errado a vida familiar (...) A vida sem um companheiro, sem alguém para amar, sem filhos e família, é uma vida pobre.
Como doces pra caramba e sou chocólatra.
Sou um poço de insegurança.
A minha busca da maternidade foi limitada pela questão física. Não há nada que eu possa fazer. Tudo o que eu podia fazer, eu fiz.
Sofro cada vez que dou uma palestra ou recebo um prêmio. Fico com a mão fria, nervosa.
Meu marido é a coisa mais importante da minha vida. Não vou envelhecer na
bancada do jornal. Vou envelhecer em casa, com minha família.
Ao pesquisar a voz de mulheres em posição de comando, a conclusão foi a de que mudamos a voz para chegar ao poder.
Gravamos tudo! A forma como eles festejam é totalmente diferente dos
nossos costumes. (Sobre a comemoração dos 60 anos da Fundação do Partido dos Trabalhadores da Coréia.)
Sucesso depende muito do ponto de vista de cada um. A palavra ficou banalizada e é, em geral, associada a fama e dinheiro. Sucesso é muito mais do que exposição. Sucesso é sua realização pessoal dentro das suas próprias expectativas.
Estou trabalhando muito, arduamente, mas o resultado tem me deixado cada vez mais confiante. A credibilidade em nosso conteúdo jornalístico existe e tende a crescer mais e mais. (Sobre sua carreira vitoriosa.)
Até os 16 não usei saia, achava minhas pernas feias. E só vestia camisas de mangas compridas porque achava os braços magros. Até os 15, ninguém olhava pra mim.
Foi algo muito inusitado. Pude conhecer um país totalmente fechado. No total, temos 20 fitas gravadas, que falam das questões econômica e nuclear, da possibilidade da reunificação com a Coréia do Sul e ainda o fator comportamento daquela população.