Foi a melhor coisa que aconteceu comigo, parece estranho, mas eu sinto como se isso fosse um presente. Tive que parar por meses para descansar e ter uma rotina normal de novo. Foi muito bom para mim voltar a realidade em que sempre vivi.
É incrível ver como minha vida mudou, e em alguns aspectos, ela piorou. Muitas coisas foram tiradas de mim, é bem cansativo, bem difícil.
Eu escrevi músicas sobre alguém que me pegou de jeito. E tenho certeza que muita gente que ouve minhas músicas já passou por isso. Música é isso, é terapia.
Eu canto, realmente, durante os meus shows. Eu tento pensar que é fácil, mas não é. Meu “set” exige muito de mim. Eu canto canções em que tenho que alcançar notas femininas e masculinas, sempre estou cantando notas altas.
A comida é o mais difícil para mim, toda hora estou viajando, mas eu amo comida (risadas), eu ainda amo e sempre vou amar pelo resto da minha vida!
Eu posso parecer muito duro nesse disco quando eu falo dele (o cara que Sam se apaixonou e o inspirou a compor o álbum de estreia), mas na verdade ele salvou a minha vida de alguma forma.
É muito bom ter esse momento com amigos e me perguntar “por que eu estou aqui?” “o que eu estou fazendo?”
Mas eu sinto que quando eu tenho algum conceito, eu tenho que realizá-lo fisicamente, assim podendo escrever músicas sobre ele.
Eu tinha uns 9, 10 anos. Mas eu não tinha noção se cantava bem ou não. Uns amigos dos meus pais falavam que sim, mas eu não acreditava. Quando outras pessoas passaram a falar que eu era bom comecei a pensar: talvez eu possa ter uma carreira.
Eu preciso te falar, acho super engraçado ver as pessoas falando disso, eu recebi muitas mensagens, eu não vou fazer, mas eu adoraria.
Ainda estou em choque. Não acredito que isso aconteceu. Eu não acredito, quatro Grammys! O melhor de tudo é que minha família estava lá, minha equipe também, foi uma celebração muito bonita.
Eu sou apaixonado por abacate, eu poderia abrir uma companhia de abacate!
Pude ver minha mãe, meu pai, minhas irmãs, lembrei como é bom rir e conversar sobre a vida deles e não sobre a minha toda hora. Chegou ao ponto de meus pais não poderem me ver ao final dos meus shows, isso não é normal.
Pessoas Terríveis
Sam Smith
Eu conheci pessoas terríveis nos anos que se passaram, não sentia algo amigável nelas, não digo em termos visuais e sim que nos rodeiam, todo o trabalho que nos rodeia o tempo todo.
Quando escrevemos “Latch”, eu estava trabalhando em um bar e faltei um dia do trabalho só para ir ao estúdio e escrever a canção. Tudo o que eu queria fazer era cantar, o máximo que eu podia.
Escrever a canção e ir ao estúdio cantar meio que trouxe a paixão de fazer música de volta.
Eu lembro de ter ouvido Latch e eu nem sabia se era bom ou não, porque eu não costumava ouvir música eletrônica ou músicas dançantes. Eu simplesmente não estava familiarizado com isso.
Não é a horrível dieta que me mata, mas sim, quando quero comer algo que não é saudável, eu como. Mas eu preciso estar no controle, o que é um saco. Eu amo frango frito e queijos.
Foi horrível. Foi tão ruim. Mas eu tenho que agradecer a todos por terem sido incríveis comigo. Eu só fui para cantar e algo não estava certo, algo estava doendo em minha garganta. Eu tive hemorragias em minhas cordas. Eu tinha acabado de cantar muito forte por muito tempo.
Quando eu era criança eu gostava de cantar Nora Jones, Frank Sinatra, Beyoncé, Britney Spears. Eu imitava a Britney.
Eu vou parar por um tempo por que eu quero me recuperar. Porém eu já estou escrevendo músicas e acho que já tenho o título para ele [álbum], o conceito.
Eu preciso entrar de férias, preciso de uma enorme pausa no fim ano. Eu quero voltar a me reunir em um estúdio. Estou escrevendo novas canções e até já tenho o título do meu próximo álbum e o conceito de como ele será.
Eu trabalho em cima de conceitos, quando eu o tenho, escrevo tudo baseado nele. Quando eu soube que o meu álbum se chamaria “In The Lonely Hour”, eu simplesmente o contextualizei sendo solitário. É triste, não?
Tenho sido sincero sobre minha sexualidade desde os 10 anos de idade. Eu nunca escondi. Quis falar publicamente porque as pessoas estavam comentando e não quis que imaginassem que eu estivesse mentindo. Eu tenho orgulho de ser gay.
Veja os outros artistas. Lady Gaga, Beyoncé, Katy Perry. Elas nunca tiveram que ficar falando nas entrevistas que são heterossexuais. Eu só quis ser tratado com igualdade, como qualquer outro.