Se tem uma coisa que a fama é, é ser hilária. Me divirto pensando no que é e o que gera. Não tem como fugir disso, mas não me proponho a ser famoso. Gosto de fazer televisão e tive sorte de poder fazer, mas também não tenho uma visão romântica sobre isso.
Tenho vontade desde cedo de independência. Minha profissão exige muita maturidade, ainda mais que comecei cedo e tive que conjugar escola com trabalho.
Comecei a fazer teatro e me despertou. Foi tudo muito rápido, comecei a fazer teatro e logo em seguida fiz Floribella, na Band, e aí foi tudo rolando.
O amor é uma proposta, você tem que estar à disposição, e achar uma pessoa que queira disputar espaço com uma coisa que ocupa tanto tempo da minha vida é complicado.
Não tenho ainda o distanciamento necessário pra analisar o que significa uma novela como “Meu Pedacinho de Chão”, mas sei que ela significa alguma coisa dentro da história da nossa teledramaturgia. E isso me deixa feliz. O que posso dizer é que, alem de ator, sou um espectador feliz e assíduo da novela, que sempre me encanta muito.
Estou sempre apaixonado.
Hoje é mais fácil parabenizar pelo Facebook do que ligar, se encontrar para um papo, trocar um presente. Fica tudo muito na superfície. As pessoas estão com medo de se relacionar, do olho no olho.
Tinha uma vontade muito grande de experimentar esse lugar do sensual, da virilidade.
Tenho um grande desejo de comunicação e escrevo muito para isso. Se, por conta da exposição, tenho espaço para falar e ser ouvido, procuro aproveitar a oportunidade.
Encaro essa coisa de galanteador mais como uma função na dramaturgia. Não carrego isso para a minha vida, não acho que eu tenho o perfil clássico de galã.
Acho que, assim como uma pessoa, um personagem pode ser muitas coisas e, portanto, qualquer definição é limitadora. Gosto de pensar através da ótica das possibilidades, que são infinitas.
Eu sou muito novo para recusar trabalho e, mesmo que não fosse, jamais passaria pela minha cabeça não fazer uma novela escrita por Benedito Ruy Barbosa e dirigida por Luiz Fernando Carvalho.
Costumo dizer que sou capricorniano, e dizem que os capricornianos nascem muito velhos e vão rejuvenescendo depois, são mais responsáveis.
Já fiquei horas conversando com pessoas no mercado sobre o personagem, porque é uma abordagem tão sincera. Esse retorno é muito gostoso. Sei que a gente faz a novela com muito carinho e amor, e acho que o público percebe isso e devolve.
Gosto de espontaneidade. Por estar nesse lugar de exposição que a televisão traz, é muito claro para mim quando a menina chega porque tem interesse. Gosto mais quando ela pensa: "E daí que você aparece na televisão?"
O dread pertence a um momento da minha vida, a esse trabalho especifico. Foi uma ruptura em relação a como eu estava me vendo e a como estavam me mostrando na televisão. Gosto do visual, mas dá muito trabalho, quero tirar.
Essa coisa da escrita é algo que me acompanha há muito tempo. A primeira vez que escrevi foi após ter uma decepção amorosa. Pensei: "Vou ter que escrever para tirar isso de mim’" O que dá muito pano para manga é isso, as decepções, as experiências que não se concretizam... Aí elas se concretizam em algum lugar, que é o papel.
Lembro que gostava muito, mas muito mesmo de uma menina no meu colégio. Tive a ideia genial de me declarar no final da aula. Lembro que ela olhou para mim, não falou nada e foi embora.
Sobre os meus personagens anteriores, costumo dizer que, independentemente do lugar de mocinho, o que me interessa é sair do lugar onde eu estava há muito tempo e, assim, poder não só me testar como também provar que eu posso fazer outras coisas. Mas acho que a luta continua. Ela sempre continua.
Sou feliz por fazer parte de uma obra que opta pela poesia.
Não tenho isso de ficar pensando que personagem gostaria de fazer. Penso que sempre vou gostar do que estiver fazendo no momento e rezando para que o próximo trabalho seja um desafio ainda maior.
Ele queria um dread delicado, romântico, pra casar com o personagem. Foram três dias, dez horas cada dia de testes.
Para mim, um ator não é mais especial do que qualquer outra pessoa. A diferença é que nosso material de trabalho somos nós mesmos e que, em maior ou menor grau, estamos expostos ao público.