Relação com os irmãos
Gil Coelho
Perdi minha mãe há dez anos e meus irmãos viraram meus alicerces. Eles são meus parceiros.
Pensei em fazer uma no calcanhar. No estúdio, escolhi o desenho, sentei e desisti. Não sei se foi medo. Até paguei, mas o tatuador me devolveu o dinheiro.
Sou um cara que curte todo tipo de arte: do vaso de argila ao cinema francês. Aprecio muito o trabalho do artista inglês Banksy, que faz ilustrações sobre dilemas da sociedade.
Lidando com egos
Gil Coelho
Vi pessoas maltratando outras por ego. A vida dá tantas voltas! Já aconteceu de eu ser destratado por alguém e lá na frente essa pessoa precisar ser minha amiga.
Peço tudo ao universo. Também agradeço todas as coisas a ele.
Em 2011, fiz um mochilão com um amigo pelo Atacama, deserto no norte do Chile até a fronteira com o Peru. Foram 15 dias. Tive que controlar a ansiedade, racionar comida... Amadureci muito.
Oficina de Atores
Gil Coelho
Na Oficina de Atores da TV Globo, em 2008, comecei a ser lapidado. Por nove meses, tive aula com os melhores professores. É de graça, mas é preciso passar por uma bateria de testes.
Meu pai é advogado e minha mãe também era. Eu fazia faculdade de direito e, ao mesmo tempo, teatro amador. No terceiro período, passei em um teste para um comercial e meu pai me apoiou a seguir carreira artística.
Fiz curso livre de arte, meditação e respiração. Me sentia tão bem que pensava: Como posso encaixar essa sensação boa no dia a dia?. Me encontrei na poesia. Escrevi uma sobre borboletas com a minha mãe. Quero publicar um livro.
Cresci na Vila da Penha, subúrbio do Rio. Agradeço por ter visto a vida sem maquiagem. Soltei pipa, joguei bola, comi churrasco de rua. Aprendi a ser honesto, a não levar desaforo para casa.
Além do meu nome ser igual ao do meu pai, nasci no mesmo dia em que ele. Sinto orgulho de ser chamado de Gildo.
O que leva para a vida
Gil Coelho
Eu vivo muito o hoje. Meu lema é carpe diem, que significa ‘colha o dia’ ou ‘aproveite o momento’. Ame hoje. Comece hoje. Cuide-se hoje.
Comida preferida
Gil Coelho
Comida japonesa é a minha preferida. Um salmão mergulhado no shoyo é uma das coisas mais gostosas do mundo! É meu vício.
A oportunidade de fazer I Love Paraisópolis apareceu no momento certo. Eu estava seguro para experimentar coisas e poder me divertir em cena.
Minha mãe, é quem cismou que eu deveria ser ator. Ela assistiu à minha primeira peça. Mas faleceu de câncer aos 46 anos. Cumpriu o papel dela.
Faculdade de cinema
Gil Coelho
Aos 21 anos, eu fazia faculdade de cinema. Ao longo do curso, participei de curtas. Operei áudio, editei, cuidei da luz. Essa experiência me deu a certeza do que gostava de fazer.
Aprendendo a dizer não
Gil Coelho
Às vezes, na vida, a gente tem que saber falar não. Já aconteceu muita coisa chata comigo por eu não saber dizer isso. Mas, hoje, amadureci.
Influências do pai
Gil Coelho
Meu pai gostava de filmes de faroeste e eu assistia com ele. Depois eu queria comprar estrela e arma de espoleta. Me sentia um xerife.
220 Volts foi minha grande peça teatral. É uma megaprodução, com palco monstruoso. Paulo Gustavo é muito generoso.
Não tem muito, não. Tem a minha cara, o meu corpo, mas somos temperamentos diferentes. Ele é nerd, tímido. Não sabe o que fazer com aquele mulherão. A Anita (diretora) me pedia para pegar e beijar desajeitado. Foi divertido fazer, mas, cara, se fosse eu, ia ser mais guerreiro.
Tomo melatonina, hormônio natural que ativa o sono. No final de semana chego a dormir 22 horas seguidas! Acordo na segunda zerado.
Temos a mesma idade e eu não sou nenhuma criança, mas a Isis já fez tanta coisa. Tenho a maior admiração. Só espero que o público entre na nossa, no filme.