Eu sou o cara mais mal-humorado do mundo. Sou tímido, chato e ranzinza. Não gosto que me achem engraçado na rua. As pessoas olham para mim, começam a rir e eu fico furioso.
Durante muito tempo eu fiz paródias de temas de As Mil e uma Noites. Depois tiveram outras coisas como o Saltimbancos. Mas este do Romeu e Julieta foi modificado porque o filme tem um drama muito forte. Então eu coloquei o Didi como um conhecedor de ervas e que tem, entre elas, um remédio para catalepsia. Tirei o veneno do filme e coloquei um remédio para dormir. Assim a história fica bem feliz.
Seja qual for o caminho escolhido, mesmo o de palhaço, a pessoa tem que estudar muito.
Entretenimento
Renato Aragão
Eu quero levar entretenimento, ser um cúmplice das crianças nas férias e não um professor. As crianças não querem professor nos períodos de férias, elas querem se divertir. Levo entretenimento e, quando dá, coloco alguma coisa assim, educativa.
Eu não busco bilheteria. Eu quero fazer filmes que deixem as crianças felizes. Desejo é não decepcionar. Se a bilheteria vier junto, aí é ótimo, mas não é minha principal preocupação.
Dos 42 filmes que eu fiz, quarenta eu tive grande participação no roteiro. Acho que metade deles eu escrevi todo. Mas depois entrego na mão do diretor e aí é ele quem decide.
Família e profissão
Renato Aragão
Não queria vê-la trabalhando nisso. Não agora. Quero que a Lívian estude e depois decida o que quer fazer. Para ser sincero, gostaria que a minha família fosse qualquer outra coisa. Sei lá, paleontóloga.
A primeira vez em que cantei no coro da igreja, metade dos fiéis mudou de religião.
Eu não sei fazer outra coisa.
Levei dez dias andando na chuva, no sol. Mas não importa, mesmo com as mudanças de temperatura eu que tinha que seguir.
(Sobre o Caminho de Santiago de Compostela)
Em vez de tomar comprimidos geriátricos, tenho a minha esposa, Lilian. Com ela, eu não preciso saber para que serve a pílula azul.
Pessoa séria
Renato Aragão
Sou uma pessoa séria, tímida. Quando menino, demorava mais de um ano para fazer um amiguinho.
Bussunda tinha um jeito que atraía as pessoas.
Eu chamava o Mussum de negão. Chamavam-me de Paraíba. Hoje fico até constrangido em chamar alguém de velho ou baixinho.
Jamais demiti motorista por ter me chamado de Didi. Absurdo.
Ô psit! Ô da poltrona!
Humor e religião
Renato Aragão
Eu nunca passei por esse temor de fazer piada sobre religião, não precisa usar a religião para fazer humor. Eu acho que até agride, coisa que agride é você criticar uma religião, muçulmana, católica, evangélica, tudo.
Sou o fã numero um dela. Sentava na poltrona com pipoca para assistir à novela. Sabia tudo sobre 'Flor do Caribe'. Mesmo no capitulo em que ela não entrava, eu assistia com muita alegria.
(Sobre a participação de sua filha na novela Flor do Caribe)
Fiz o Caminho de Santiago de Compostela, mas não todo a pé, pois assim você leva um mês quase para completar.
À moda antiga
Renato Aragão
O moleque é legal, seguiu as regras antigas. Resisti ao máximo e continuo com ciúme, mas sabia que um dia não conseguiria ir contra as leis da natureza e joguei a toalha. Mas eles só saem com a gente ou amigos. Ela vive algo saudável como toda menina da idade dela.
(Sobre o namorado de sua filha)
Na televisão, Os Trapalhões e a Luz Azul deu mais índice do que todos os outros. Se o filme fosse ruim, aquém dos outros, não teria dado um índice tão alto. Então, gato escaldado tem medo de água fria né? Com este novo filme estou fazendo diferente.
Para o próximo ano, tenho mais três telefilmes. No terceiro ano, [em 2015] é que vou entrar com um seriado.