"Minha paixão sempre foi o futebol, mas ficava atrás das coxias e comecei a me interessar. Estou muito feliz com a minha escolha, não me arrependo"
Acho que tudo tem sua hora certa e minha estreia na TV não foi diferente.
É a melhor coisa do mundo. Filho é vida. Filho é luz. Então não tem como ficar triste por isso. É lógico que não era esperado, nem planejado, mas a primeira coisa que fiz ao saber foi agradecer, porque me sinto escolhido por ter um filho com essa idade.
Antes da fama, eu podia ser tímido. Agora há uma exigência para não ser. Isso me incomoda. Acaba fazendo o efeito contrário.
Estou numa correria louca, mas papai do céu só entrega nas nossas mãos aquilo que podemos aguentar. Se ele me deu uma família linda e um trabalho ótimo, só tenho a agradecer e tentar conciliar tudo.
O envolvimento vai te levando a gostar da presença da outra pessoa.
A verdade é que os sonhos se modificam.
Joaquim veio de forma inesperada. Tanto eu quanto a Mariana pensamos que, se há pessoas que tentam engravidar e não conseguem e nós ‘engravidamos’ nessa idade, somos abençoados. Meu filho é impressionante! Não sei como descrever o amor que sinto por ele.
Trocamos figurinhas sobre nossa profissão e sobre a vida. Eles me deram muitas dicas de como lidar com o assédio repentino.
Digo que sou um ser humano em constante revolução, modificando assim meu modo de pensar e de agir com relação à vida. Esse movimento consequentemente amadurece meu lado artístico.
Quem é pai, mãe, sabe que tudo muda. Você não descansa, mas é um amor incondicional. Você está aqui não só para viver sua vida, mas pelo próximo.
O Joaquim é pequeno, mas entende tudo. Quando estou fazendo algum programa ao vivo, por exemplo, ele já fica mais espantado. Agora, quando estou vestido como Jonatas, ele fica mais distante. Como ainda não fala tudo, não consegue se expressar de todas as formas, mas dá para perceber que ele fica encucado.
A família tem como lema manter os pés no chão a qualquer custo. A gente é muito unido, qualquer coisa que aconteça a gente senta na mesa e conversa, troca ideia, opiniões. Acho isso muito importante, principalmente numa família em que todos são atores.
Me inspirei nos garotos que vejo todos os dias nos sinais do Rio de Janeiro e espero estar passando um pouco da realidade deles.
Foi pelo Skype. Ele estava em Los Angeles com a mãe e a avó, e eu no Rio, ainda para a preparação da novela. Quase chorei quando ouvi ‘papai’.
Acho que o desafio para qualquer ator é humanizar o personagem e mostrar que todo mundo tem um coração e que, com um pouco de afeto e cuidado, pode ser tocado.
Aprendi que o futuro a Deus pertence, a gente apenas trabalha e faz por merecer.