Mariana Nolasco, mais conhecida como Mari Nolasco, é cantora, atriz e compositora. Tem 22 anos de idade, e é oriunda de Campinas, São Paulo, onde foi criada. Mari iniciou a carreira aos 13 anos de idade, cantando apenas em seu quarto. Criou um canal no Youtube em 2011, no qual apresentava vídeos diversos de covers de diferentes gêneros musicais. Com sua personalidade sensível e delicada, conquistou mais de 2,5 milhões de seguidores. Após alguns anos, atingiu o título de maior canal musical no nicho “versões”, e foi listada no Top 70 da América Latina pela própria plataforma. ‘Poemas que colori’ foi a sua primeira faixa autoral, lançada em 2017, o que a colocou em uma nova fase musical, que garantiu várias participações de outros artistas famosos em seus clipes musicais.
Mariana comentou não ter acreditado quando finalizou a gravação de seu primeiro clipe com música autoral.
“O clipe dessa música foi algo totalmente diferente de qualquer coisa que eu já tenha feito na vida. Eu sempre gravei no meu quarto, onde só tinha eu e minha câmera, e de repente eu me deparei com uma super produção, várias câmeras e um diretor. Foi uma experiência muito diferente.”
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Em 2017, Mari fez sua primeira turnê nacional e contou como foi a experiência.
“Foi muito louco. Eu estava acostumada a gravar vídeos. Se ficava ruim, eu apagava e fazia outro... A resposta do público nos shows foi muito bonita. Eu via as reações na hora. Tinha gente que sorria, tinha gente que chorava”.
Mari se sente inspirada pelas pessoas a sua volta e pelos momentos em que passa na vida, mas garantiu que a sua maior inspiração na hora de compor suas músicas é o amor.
“Acho que rola essa coisa de inspiração para compor, mas não existe uma fórmula específica para mim. O que me inspira mesmo é falar de amor. É lindo.”
A exposição da vida de uma pessoa famosa lhe trouxe estranheza no início de sua visibilidade.
“É muito tensa essa questão. Como os YouTubers e os demais influenciadores digitais estão acostumados a mostrarem tudo da sua vida pessoal, surgiram algumas pessoas com um certo estranhamento a respeito da minha pessoa. Já recebi uma mensagem me perguntando se eu era órfã, justamente por eu não expor os meus familiares”.
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Pedro Pascual, que foi namorado de Mari de 2015 até 2019, ajudou-a muito no projeto de seu primeiro disco lançado, fazendo parte de clipes e de composições. Mesmo após o término, Mari afirmou que eles continuam amigos.
"Ele fez parte do projeto inteiro, a maior parte das músicas é parceria nossa - 'Planeta Borboleta', aliás, é só dele. O legal é que, mesmo depois da separação, nossa amizade permanece".
Ela explicou o que mais a atraiu em poder produzir vídeos para o Youtube.
“Eu acho que essa liberdade de poder me expressar é inexplicável. Fico muito feliz de poder cantar o que eu gosto e quero sem ter ninguém pra me falar o que é melhor, com a exceção, claro, da galera que adora meus vídeos e minha voz! Tento sempre cantar o que eles querem ouvir também.”
Depois de seu primeiro cover postado no Youtube ter atingido 1 milhão de visualizações em 24 horas, Mari entendeu que isso poderia se tornar sua meta de vida.
"Passados uns dois anos desde o primeiro vídeo, comecei a levar a sério. Comprei uma câmera, microfone, comecei a gravar em estúdio e me mudei para São Paulo".
Conforme a sua fama foi aumentando, os seguidores começaram a pedir por músicas autorais.
"As pessoas pediam músicas minhas, mas eu achava tudo que escrevia muito ruim! Além disso, sempre toquei em formato voz e violão e nem imaginava como seriam os arranjos. Comecei a me perguntar do que eu realmente gostava e fui encontrando meu caminho. A primeira canção veio em 2017: 'Poemas Que Colori'"
Em 2016, Mari fez uma versão resposta para a música Baile de Favela, de MC João, e disse como se sentiu antes de divulgá-la em seu canal.
"Eu fiquei um pouco insegura, com medo da reação das pessoas, mas acabei percebendo que o que importa é o que você está sentindo e para o que você está dando atenção."
A compositora contou de onde tirou inspiração para escrever a música ‘Que seja pra ficar’.
“Não dá pra negar que meu namorado acaba sendo uma inspiração muito forte pra mim e nessa música não tinha como ser diferente. No começo do nosso relacionamento foi exatamente como a música fala, do nada ele se tornou o meu grande amor. É aquela história: o amor sempre atinge os desavisados.”
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Uma grande coincidência aconteceu quando Mari pediu para a dupla Mar Aberto, composto por Gabriela Luz e Thiago Mart, fazer uma música para o disco dela.
"Sempre admirei o trabalho deles e temos uma trajetória parecida, com a diferença que eles já começaram autorais. Eu pedi para fazerem uma música para o disco, e eles disseram que já tinham uma que era minha cara: 'Constelação'. Com esse nome, só poderia ser minha!"
Mari disse que nem sonhava em ser cantora profissionalmente, por achar que isso seria muito além da sua realidade.
“Sempre foi uma coisa que eu almejei muito. Nunca sonhei com isso pelo motivo de nunca achar que seria possível! Era uma coisa muito distante da realidade da menininha de 13 anos que morava no interior! Graças ao YouTube e à internet, isso foi possível.”
Após apresentar versões de covers no Youtube, Mari revelou se a recepção dos fãs ao seu trabalho autoral foi como ela esperava.
“A resposta da galera foi muito além do que eu imaginava. É muito diferente lançar um trabalho autoral e lançar um vídeo de alguma versão. A pressão foi muito maior, pois acaba sendo uma coisa muito mais pessoal e totalmente nova. A repercussão está superando minhas expectativas, fico muito feliz que estejam gostando!”
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Ela comentou sobre o sucesso do primeiro cover que postou no Youtube, em 2012, da música ‘Ai meu Deus como é bom ser vida loka’ de MC Rodolfinho.
"Isso não era comum na época, então eu pensei que tivesse bugado! Mas fui vendo que as pessoas estavam compartilhando mesmo.”
A cantora comentou sobre a música que gravou com a participação de Rael, Mar Aberto e Pedro Pascual.
"Eu sempre gostei do Rael e o conheci pessoalmente em um de seus shows. Um dia perguntei se ele não queria fazer uma música comigo. Eu já tinha a primeira parte de 'Sons de amor' e achava que ficaria legal com um rap. Nos encontramos e foi incrível ver o cara escrevendo, dando um sentido a mais em algo que eu tinha escrito!".
Em 2019, Mari se apresentou no Teatro Clara Nunes, localizado no Rio de Janeiro, e comentou sobre seu receio de gravar em um lugar diferente.
“Ano passado toquei no Solar de Botafogo, mas queria agora um local maior. No início tive receio porque a estrutura do Clara Nunes é para peças teatrais, mas cheguei à conclusão que isso não importava. Afinal, a função da arte é levar sensações às pessoas, independente de qual formato! O que importa é a mensagem.”
Mari conta com milhões de seguidores no Instagram, mas garantiu que isso não afeta o seu jeito de ser.
"Isso é só um número, meu dia a dia é igual ao de qualquer pessoa. Falar e fotografar coisas pessoais não faz diferença para mim. Eu faço o que faço por causa do meu fã, então quero ter uma relação de reciprocidade e aproximação com ele".
Após lançar sua versão resposta de Baile de Favela, Mari deixou claro seu posicionamento feminista.
"Às vezes ouço coisas do tipo 'ah, mas é tão banal falar de amor com tantas outras coisas importantes acontecendo'. Mas amor é só o que importa! A gente aprende pelo amor e não pela violência e raiva".
